Modelo de Apresentação de Resposta à Acusação em Processo Criminal de Roubo Majorado com Pedido de Rejeição da Denúncia ou Absolvição Sumária

Publicado em: 26/05/2024 Direito Penal Processo Penal
Documento jurídico que apresenta a resposta à acusação em um processo criminal de roubo majorado, nos termos do art. 396-A do CPP. O acusado argumenta a ausência de provas robustas que vinculem sua autoria ao delito, invocando o princípio da presunção de inocência e a inadmissibilidade de elementos exclusivamente colhidos na investigação. O documento solicita a regularização da representação processual, a rejeição da denúncia por ausência de justa causa, ou, subsidiariamente, a absolvição sumária com base no art. 397, III, do CPP. Além disso, requer a produção de provas, oitiva de testemunhas e eventual designação de audiência de conciliação. Jurisprudências relevantes do STJ e TJSP são citadas para fundamentar os pedidos.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _____________

Processo nº: _____________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº _____________ e inscrito no CPF sob o nº _____________, residente e domiciliado na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 396-A do Código de Processo Penal (CPP), apresentar sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO, nos termos que seguem.

Ademais, considerando a renúncia do patrono anterior, conforme petição protocolada nos autos, requer-se a regularização da representação processual, com a nomeação do novo advogado para o acompanhamento do feito.

DOS FATOS

O acusado foi denunciado pela suposta prática do crime de roubo majorado, previsto no art. 157, §2º, II e V, do Código Penal (CP), sob a alegação de que, no dia ___/___/____, teria subtraído, mediante grave ameaça e emprego de arma de fogo, os pertences da vítima, Sr(a). _____________, no endereço _____________.

Contudo, a denúncia carece de elementos probatórios mínimos que vinculem o acusado à prática do delito, baseando-se exclusivamente em depoimentos indiretos e em elementos colhidos na fase investigativa, os quais não possuem força probatória suficiente para sustentar a acusação.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que, nos termos do art. 155 do CPP, "o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação". Assim, a denúncia não pode prosperar, pois não há provas robustas que demonstrem a autoria do delito.

Ademais, o princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), estabelece que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Nesse sentido, a ausência de provas consistentes deve conduzir à absolvição do acusado, em respeito ao princípio do in dubio pro reo.

No caso em tela, a palavra da vítima, isoladamente, não é suficiente para embasar a condenação, especialmente porque não houve reconhecimento do acusado como autor do delito. Além disso, os depoimentos indiretos ("hearsay testimony") não possuem força probatória para sustentar a imputação, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Preâmbulo

Trata-se de análise judicial quanto à denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o acusado, que responde pela suposta prática de roubo majorado, nos termos do art. 157, §2º, II e V, do Código Penal. O feito segue para apreciação quanto à procedência da denúncia e eventual instauração de ação penal ou absolvição.

Dos Fatos

O acusado, A. J. dos S., foi denunciado pela prática de roubo majorado, com alegação de que teria subtraído, mediante grave ameaça e uso de arma de fogo, pertences da vítima no endereço especificado. Contudo, a denúncia encontra-se baseada predominantemente em depoimentos indiretos e em elementos colhidos na fase investigativa, sem provas concretas que vinculem o acusado à prática delituosa.

A defesa apresentou resposta à acusação, sustentando a ausência de justa causa para a ação penal, invocando o princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, da CF/88) e a insuficiência probatória para sustentar a denúncia.

Da Fundamentação

1. Princípios Constitucionais e Legais

O art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988 determina que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. No caso em questão, cabe observar também o princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da CF/88, que estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

Conforme o art. 155 do Código de Processo Penal (CPP), "o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação". Dessa forma, é vedada a condenação com base apenas em elementos colhidos na fase investigativa.

2. Análise dos Elementos Probatórios

A denúncia apresentada pelo Ministério Público carece de elementos probatórios mínimos que demonstrem a autoria do delito pelo acusado. A palavra da vítima, embora relevante, não está corroborada por outros elementos de prova que vinculem o acusado de forma inequívoca ao crime.

A ausência de reconhecimento formal do acusado pela vítima, bem como a inexistência de provas materiais ou testemunhais consistentes, impede a formação de um juízo seguro de culpa. Assim, em observância ao princípio do in dubio pro reo, a dúvida deve beneficiar o acusado.

3. Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência dos Tribunais Superiores reforça a necessidade de provas robustas para a condenação em crimes de roubo:

  • STJ, AgRg no HC Acórdão/STJ: "A condenação criminal exige prova robusta, clara e segura, sendo vedado o uso exclusivo de elementos colhidos na fase investigativa ou depoimentos indiretos como base para a sentença condenatória."
  • STJ, HC Acórdão/STJ: "O princípio da dúvida protege a presunção de inocência do acusado, exigindo a absolvição em casos de dúvida razoável."

Dispositivo

Diante do exposto, com base nos princípios constitucionais, especialmente o da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII), e no art. 155 do CPP, voto pela improcedência da denúncia apresentada pelo Ministério Público em razão da ausência de justa causa para a ação penal, nos termos do art. 395, III, do CPP.

Declaro, assim, extinto o processo sem resolução de mérito e determino o arquivamento dos autos, ressalvando-se o direito de o Ministério Público apresentar nova denúncia caso surjam elementos probatórios consistentes.

Termos Finais

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Arquive-se.

Local e Data

____________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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