Modelo de Contestação com Reconhecimento de União Estável Post Mortem e Observância de Direitos Sucessórios

Publicado em: 16/10/2024 Civel Familia
Contestação apresentada pelos pais do falecido em uma Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem, com reconhecimento da relação afetiva contínua, pública e duradoura entre a autora e o falecido. O documento destaca a boa-fé processual das partes contestantes, o respeito aos direitos patrimoniais e sucessórios dos herdeiros, e os fundamentos jurídicos, como o art. 1.723 do Código Civil e o art. 226 da Constituição Federal. Inclui jurisprudências relevantes e pedidos específicos, como o reconhecimento da união estável e a observância da ordem de vocação hereditária.

CONTESTAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ____________ – Tribunal de Justiça do Estado ____________.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S. e M. F. de S. L., já qualificados nos autos da Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem, que lhes move C. E. da S., também já qualificada, por seus advogados infra-assinados (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, Cidade ____________, Estado ____________, endereço eletrônico: ____________, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar

CONTESTAÇÃO

à ação proposta, com fundamento no CPC/2015, art. 335 e seguintes, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

3. SÍNTESE DOS FATOS

A autora ajuizou a presente demanda com o objetivo de obter o reconhecimento de união estável post mortem com o falecido R. A. da S., filho dos ora contestantes, alegando que conviveram como companheiros até a data do falecimento deste, ocorrido em ___/___/____.

Os réus, pais do falecido, não se opõem ao pedido formulado pela autora, reconhecendo a existência da união estável entre ela e seu filho, desde que observados os requisitos legais e respeitados os direitos de todos os herdeiros eventualmente envolvidos.

4. PRELIMINARES

Não há preliminares a serem arguidas, uma vez que os réus reconhecem a existência da união estável alegada, inexistindo vícios processuais ou matérias prejudiciais ao mérito.

5. DO MÉRITO

Os réus reconhecem que a autora manteve relacionamento afetivo, público, contínuo e duradouro com seu filho, com o objetivo de constituição de família, nos moldes do CCB/2002, art. 1.723.

Embora tenham ocorrido eventuais desentendimentos entre o casal, inclusive registrados em boletim de ocorrência, os pais do falecido têm ciência de que houve reconciliação entre ambos, e que o relacionamento perdurou até o falecimento de R. A. da S..

Assim, não há oposição ao reconhecimento da união estável post mortem, desde que respeitados os direitos sucessórios e patrimoniais dos demais herdeiros, conforme a legislação civil pertinente.

6. DO DIREITO

A união estável é reconhecida como entidade familiar pela CF/88, art. 226, §3º, sendo regulamentada pelo CCB/2002, art. 1.723, que exige convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família.

A jurisprudência pátria tem reiteradamente reconhecido a possibilidade de se declarar a existência de união estável post mortem, desde que comprovados os seus requisitos essenciais, o que se verifica no presente caso.

A manifestação dos réus, ora contestantes, no sentido de reconhecer a existência da união estável, reforça a veracidade das alegações da autora e demonstra a boa-fé processual dos mesmos, em consonância com o princípio da cooperação previsto no CPC/2015, art. 6º.

7. JURISPRUDÊNCIAS

A jurisprudência do Tribunal de Justiç"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem ajuizada por C. E. da S., em face dos pais do falecido R. A. da S., A. J. dos S. e M. F. de S. L.. A autora afirma ter mantido com o falecido uma convivência pública, contínua e duradoura, com intuito de constituir família, até o falecimento deste.

Os réus, em contestação, não se opuseram ao pedido, reconhecendo a existência da união estável, desde que observados os direitos dos demais herdeiros no momento oportuno.

II. Fundamentação

1. Do Conhecimento da Demanda

A demanda é tempestiva, está devidamente instruída com a documentação pertinente e não há preliminares que impeçam o julgamento do mérito. Assim, conheço do pedido inicial.

2. Da União Estável Post Mortem

A Constituição Federal, em seu art. 226, §3º, reconhece expressamente a união estável como entidade familiar. Já o art. 1.723 do Código Civil estabelece como requisitos a convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família.

No presente caso, os elementos constantes dos autos e a concordância expressa dos réus revelam que a autora e o falecido mantinham uma relação estável, com as características exigidas legalmente para o reconhecimento da união estável.

A jurisprudência pátria tem reiteradamente firmado o entendimento de que é possível o reconhecimento de união estável post mortem desde que comprovados os requisitos legais, o que se verifica no presente caso, inclusive pela boa-fé e colaboração processual dos réus.

3. Do Princípio da Fundamentação das Decisões Judiciais

Em cumprimento ao art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, esta decisão encontra-se devidamente motivada com base nos elementos fáticos e jurídicos apresentados nos autos.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 226, §3º, no CCB/2002, art. 1.723, e nos princípios da cooperação processual e boa-fé, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para DECLARAR a existência de união estável entre C. E. da S. e o falecido R. A. da S., reconhecendo-a como entidade familiar.

A partilha de bens e os direitos sucessórios deverão ser oportunamente discutidos no inventário, respeitada a ordem de vocação hereditária prevista no art. 1.829 do Código Civil.

IV. Conclusão

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Transitada em julgado, arquivem-se os autos com as anotações de praxe.

Cidade, ___ de ____________ de 2024.

___________________________________________
Magistrado(a)


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