Modelo de Contestação à Reclamação Trabalhista: Exclusão de Ente Público do Polo Passivo e Defesa contra Alegações de Vínculo Empregatício

Publicado em: 25/02/2024 Trabalhista
Contestação apresentada pela empresa A. B. LTDA. em resposta à Reclamação Trabalhista ajuizada por M. F. da S., defendendo a exclusão da Prefeitura Municipal do polo passivo por ausência de vínculo jurídico, além de argumentar pela improcedência dos pedidos do Reclamante devido à falta de provas sobre vínculo empregatício e abandono do trabalho. O documento fundamenta-se no CPC/2015, CLT e jurisprudências pertinentes, solicitando a improcedência da demanda e a condenação do Reclamante ao pagamento de honorários advocatícios.

CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ___ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Processo nº: [número do processo]

Reclamante: [nome do reclamante]

Reclamada: [nome da empresa representada]

A. B. LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número do CNPJ], com sede na [endereço completo], por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do CPC/2015, art. 319, apresentar sua CONTESTAÇÃO à Reclamação Trabalhista ajuizada por M. F. da S., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Reclamante, M. F. da S., alega ter prestado serviços para a Reclamada no período de 1º/06/2023 a 09/06/2023, totalizando apenas 7 (sete) dias de trabalho. Após esse curto período, o Reclamante abandonou o trabalho sem qualquer justificativa ou comunicação formal.

Ademais, o Reclamante incluiu, de forma indevida, a Prefeitura Municipal no polo passivo da presente demanda, sob a alegação de que haveria vínculo contratual entre a Reclamada e o ente público. No entanto, tal alegação é absolutamente infundada, uma vez que não há qualquer contrato ou relação jurídica entre a Reclamada e a Prefeitura Municipal.

DO DIREITO

Inicialmente, é importante destacar que a inclusão da Prefeitura Municipal no polo passivo é descabida, pois inexiste qualquer vínculo jurídico entre a Reclamada e o ente público. A Reclamada é uma empresa privada e não possui contrato de prestação de serviços ou qualquer outra relação com a Prefeitura Municipal, o que afasta qualquer possibilidade de responsabilidade solidária ou subsidiária.

Nos termos do CLT, art. 818 e do CPC/2015, art. 373, incumbe ao Reclamante o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. No presente caso, o Reclamante não apresentou qualquer prova que demonstre a existência de vínculo entre a Reclamada e a Prefeitura Municipal, tampouco comprovou a continuidade da relação de trabalho após o período de 7 (sete) dias.

Ademais, a Súmula 331 do TST, que trata da responsabilidade subsidiária em casos de terceirização, não se aplica à presente demanda, uma vez que não há qualquer relação de terceirização ou prestação de serviços entre a Reclamada e a Prefeitura Municipal. Trata-se de tentativa infundada de responsabilizar um ente público sem qualquer base fática ou jurídica.

Por fim, destaca-se que o abandono do trabalho por parte "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto do Magistrado

I. Relatório

Trata-se de Reclamação Trabalhista ajuizada por M. F. da S. em face de A. B. LTDA. e a inclusão da Prefeitura Municipal no polo passivo. O Reclamante alega vínculo empregatício com a Reclamada, assim como responsabilidade subsidiária da Prefeitura Municipal. A Reclamada apresentou contestação arguindo, de forma preliminar, a exclusão do ente público do polo passivo e, no mérito, pela improcedência dos pedidos do Reclamante.

II. Fundamentação

2.1. Da Exclusão da Prefeitura Municipal do Polo Passivo

Inicialmente, destaca-se que a inclusão da Prefeitura Municipal no polo passivo carece de fundamento jurídico. Conforme os autos, não há qualquer vínculo contratual ou relação jurídica entre a Reclamada e o ente público, afastando-se, assim, a aplicação da Súmula 331 do TST. Ademais, nos termos do CLT, art. 818 e do CPC/2015, art. 373, incumbe ao Reclamante o ônus de comprovar os fatos constitutivos de seu direito, o que não foi realizado.

Assim, a ausência de prova robusta impede qualquer responsabilização da Prefeitura Municipal, razão pela qual acolho o pedido preliminar da Reclamada para exclusão do ente público do polo passivo.

2.2. Do Mérito

No mérito, verifica-se que o Reclamante prestou serviços por apenas 7 (sete) dias, tendo abandonado o trabalho sem justificativa ou comunicação formal. Nos termos do CLT, art. 482, "i", o abandono de emprego constitui motivo legítimo para rescisão por justa causa, demonstrando total desinteresse em manter o vínculo empregatício.

Além disso, o Reclamante não apresentou provas suficientes para sustentar a continuidade da relação de trabalho ou a existência de vínculo entre a Reclamada e a Prefeitura Municipal. A jurisprudência colacionada pela Reclamada reforça que, sem provas robustas, não há como responsabilizar solidária ou subsidiariamente entes públicos ou terceiros.

Logo, os pedidos do Reclamante carecem de fundamento fático e jurídico, devendo ser julgados improcedentes.

2.3. Dos Honorários Advocatícios

Nos termos do CPC/2015, art. 85, §2º, e considerando a improcedência da ação, é cabível a condenação do Reclamante ao pagamento de honorários advocatícios em favor da Reclamada, fixados em 10% sobre o valor atribuído à causa.

III. Dispositivo

Ante o exposto, e com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto no sentido de:

  1. Acolher a preliminar arguida pela Reclamada e excluir a Prefeitura Municipal do polo passivo da presente Reclamação Trabalhista;
  2. No mérito, julgar totalmente improcedentes os pedidos formulados pelo Reclamante;
  3. Condenar o Reclamante ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de 10% sobre o valor da causa, nos termos do CPC/2015, art. 85, §2º;
  4. Determinar o arquivamento do processo, após o trânsito em julgado.

É como voto.

[Localidade], [data].

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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