Modelo de Contramandado de Prisão e Pedido de Revogação de Mandado de Prisão por Violação ao Devido Processo Legal
Publicado em: 20/02/2025 Direito Penal Processo PenalCONTRAMANDADO DE PRISÃO/PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE MANDADO DE PRISÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da Vara de Execuções Penais da Comarca de [inserir comarca].
Processo nº: [inserir número do processo]
Reeducando: G. A. C.
G. A. C., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal de 1988 (CF/88), art. 118, §2º da Lei de Execuções Penais (LEP) e demais dispositivos aplicáveis, requerer o CONTRAMANDADO DE PRISÃO/PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE MANDADO DE PRISÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O reeducando G. A. C. cumpre pena de 13 anos de reclusão, tendo progredido ao regime semiaberto em outubro de 2022. Em novembro de 2023, passou a ser monitorado eletronicamente por meio de tornozeleira.
Entre dezembro de 2023 e agosto de 2024, foram registradas 184 violações ao monitoramento eletrônico, sem justificativas apresentadas. Além disso, em janeiro de 2024, o reeducando foi condenado por novo crime, recebendo pena adicional de 4 meses e 25 dias de reclusão.
Com base nesses elementos, o Ministério Público requereu a regressão do regime para o fechado, alegando a prática de falta grave. A decisão judicial acolheu o pedido, determinando a regressão sem a realização de audiência de justificação ou procedimento administrativo.
DO DIREITO
Inicialmente, destaca-se que a regressão de regime prisional, conforme o art. 118, §2º da Lei de Execuções Penais (LEP), exige a prévia oitiva do apenado em juízo, garantindo-lhe o contraditório e a ampla defesa. Tal procedimento é imprescindível para assegurar os direitos fundamentais do reeducando, conforme preceitua o art. 5º, LV da CF/88.
No caso em tela, a decisão que determinou a regressão de regime foi proferida sem a realização de audiência de justificação, configurando flagrante violação ao devido processo legal. A ausência de oitiva judicial do reeducando compromete a validade do ato decisório, sendo necessária sua anulação.
Ademais, a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dos Tribunais de Justiça estaduais reforça a imprescindibilidade da oitiva do apenado antes da regressão definitiva de regime, conforme será demonstrado na seção de jurisprudências.
JURISPRUDÊNCIAS
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