Modelo de Contrarrazões de Apelação em Ação de Reintegração de Posse - Improcedência do Pedido

Publicado em: 07/10/2024 CivelProcesso Civil
Modelo de contrarrazões de apelação em ação de reintegração de posse, visando manter a sentença que reconheceu o direito da apelada de se manter na posse do imóvel, julgando improcedente o pedido da apelante. Fundamentação baseada nos princípios da função social da propriedade, proteção possessória e boa-fé.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) RELATOR(A) DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ____________

 

PROCESSO Nº: ____________
APELANTE: ____________
APELADA: ____________

EGRÉGIO TRIBUNAL,

, já qualificada nos autos da Ação de Reintegração de Posse proposta por ____________, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO, nos termos do CPC/2015, art. 1.010, § 1º, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

1. Dos Fatos

A apelante ajuizou a presente ação de reintegração de posse em face da apelada, alegando que teve sua posse indevidamente turbada. A apelada, no entanto, sempre exerceu a posse do imóvel de forma mansa, pacífica e contínua, desde ____________, com o devido conhecimento da apelante e sem qualquer oposição. Na sentença de primeira instância, o juízo a quo reconheceu o direito da apelada de se manter na posse do imóvel, julgando improcedente o pedido de reintegração de posse formulado pela apelante.

A apelante, inconformada com a decisão, interpôs recurso de apelação, alegando que possui melhor direito à posse e requerendo a reforma da sentença. Contudo, conforme será demonstrado, a decisão recorrida deve ser mantida, pois está devidamente amparada em fatos e fundamentos jurídicos sólidos que garantem o direito da apelada à manutenção da posse.

2. Do Direito

A sentença de primeiro grau deve ser mantida, uma vez que a apelada comprovou, de forma inequívoca, o exercício da posse mansa, pacífica e ininterrupta do imóvel, nos termos do CPC/2015, art. 561. Os elementos de prova constantes nos autos demonstram que a apelada detém a posse do imóvel de maneira legítima, atendendo a todos os requisitos legais para a proteção possessória.

Além disso, o CCB/2002, art. 1.210 assegura ao possuidor o direito de se manter na posse, salvo em casos de esbulho ou turbação comprovados, o que não ocorreu no presente c"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narração de Fato e Direito

No presente caso, a apelada exerce a posse do imóvel de forma mansa, pacífica e contínua desde ____________, sem qualquer oposição da apelante. A ação de reintegração de posse foi ajuizada pela apelante sob a alegação de esbulho possessório, porém, não foram apresentados elementos suficientes para comprovar tal alegação. Durante a instrução processual, ficou demonstrado que a apelada sempre exerceu a posse com o conhecimento da apelante e sem qualquer ato de turbação ou esbulho que justificasse a propositura da ação.

A sentença de primeira instância, ao julgar improcedente o pedido de reintegração de posse, reconheceu o direito da apelada de se manter na posse do imóvel, com base nos princípios da proteção possessória e da função social da propriedade. A apelante, ao interpor o recurso de apelação, não trouxe novos elementos que pudessem reformar a decisão, motivo pelo qual se requer a manutenção da sentença.

Conceitos e Definições

  • Reintegração de Posse: Ação judicial que visa restabelecer a posse ao possuidor que foi injustamente privado de seu bem, conforme CPC/2015, art. 560.

  • Esbulho Possessório: Ato pelo qual alguém, sem autorização, retira de outrem a posse de um bem, ensejando a propositura de ação de reintegração de posse.

  • Função Social da Propriedade: Princípio constitucional que determina que a propriedade deve atender a uma função social, conforme CF/88, art. 5º, XXIII.

Considerações Finais

A presente ação de reintegração de posse foi ajuizada de forma indevida, sem que houvesse qualquer demonstração de esbulho possessório por parte da apelada. A sentença de primeira instância, ao reconhecer o direito da apelada de se manter na posse do imóvel, foi proferida em conformidade com os princípios constitucionais e legais que regem o instituto da posse. Dessa forma, a manutenção da sentença é medida que se impõe, garantindo a proteção possessória e a função social da propriedade.

 

TÍTULO:
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO EM AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE



 

1. Introdução

As contrarrazões de apelação têm por objetivo manter a sentença que julgou improcedente o pedido da apelante em ação de reintegração de posse, reconhecendo o direito da apelada de permanecer na posse do imóvel. A fundamentação da sentença baseou-se nos princípios constitucionais da função social da propriedade, da proteção possessória e da boa-fé da possuidora. O reconhecimento da manutenção da posse é a medida que mais atende aos interesses da justiça e à consolidação da estabilidade jurídica da posse.

A decisão recorrida deve ser mantida, pois reconheceu corretamente os direitos da apelada, que exerce a posse do imóvel de forma mansa, pacífica e contínua, preenchendo os requisitos previstos na legislação civil brasileira.

Legislação:


CF/88, art. 5º, XXIII — Função social da propriedade.
CCB/2002, art. 1.210 — Proteção possessória.
CPC/2015, art. 1.010 — Contrarrazões de apelação.

 

Jurisprudência:
Contrarrazões Reintegração de Posse

Função Social da Propriedade

Proteção Possessória

 


 

2. Contrarrazões à Apelação

No mérito, o recurso de apelação interposto pela apelante carece de fundamento jurídico. O pedido de reintegração de posse deve ser julgado improcedente, pois a apelada exerce a posse de boa-fé, conforme se depreende dos autos. A apelante não demonstrou a ocorrência de esbulho possessório, não comprovando de forma inequívoca que tenha sido privada de sua posse de forma ilícita.

Assim, requer-se que seja negado provimento ao recurso, mantendo-se a sentença que reconheceu o direito da apelada à manutenção da posse.

Legislação:


CPC/2015, art. 1.013 — Efeito devolutivo da apelação.
CCB/2002, art. 1.196 — Definição de possuidor de boa-fé.
CCB/2002, art. 1.210 — Proteção contra esbulho possessório.

 

Jurisprudência:
Apelação Improcedente Esbulho

Manutenção de Posse Boa Fé

Contrarrazões Proteção Possessória

 


 

3. Ação de Reintegração de Posse

A ação de reintegração de posse visa restabelecer a posse de alguém que foi esbulhado. No entanto, a apelada exerce a posse do imóvel de maneira legítima, com base no princípio da função social da propriedade. O direito à posse não se restringe ao simples domínio, mas deve atender a uma finalidade social e econômica, o que foi plenamente observado pela apelada, que utiliza o imóvel de forma produtiva e sem oposição há longo tempo.

Portanto, a improcedência da ação é medida necessária e justa.

Legislação:


CPC/2015, art. 560 — Reintegração de posse.
CCB/2002, art. 1.210 — Proteção contra esbulho possessório.
CF/88, art. 5º, XXIII — Função social da propriedade.

 

Jurisprudência:
Esbulho Possessório Reintegração de Posse

Improcedência Reintegração de Posse

Manutenção da Posse

 


 

4. Função Social da Propriedade

O princípio da função social da propriedade é um dos pilares fundamentais do direito civil e deve ser respeitado em todas as situações possessórias. A apelada utiliza o imóvel em conformidade com a sua função social, contribuindo para o desenvolvimento da localidade e respeitando os limites estabelecidos pelo direito. O desrespeito a esse princípio coloca em risco a própria manutenção da ordem social.

A CF/88, no art. 5º, XXIII, consagra a função social da propriedade como um direito e dever inerente ao exercício da posse e da propriedade, sendo a base legal para afastar pedidos infundados de reintegração de posse.

Legislação:


CF/88, art. 5º, XXIII — Função social da propriedade.
CCB/2002, art. 1.228 — Função social da propriedade.
CPC/2015, art. 562 — Procedimento na reintegração de posse.

 

Jurisprudência:
Função Social da Propriedade

Proteção Possessória Função Social

Reintegração de Posse Função Social

 


 

5. Proteção Possessória

A proteção possessória prevista no Código Civil/2002 assegura ao possuidor o direito de permanecer no imóvel quando estiver em conformidade com a boa-fé e quando não houver prova de esbulho. No caso em tela, a apelada exerce a posse sem qualquer oposição há longo tempo, respeitando os preceitos da função social e não existindo qualquer ato ilícito por parte da mesma que configure esbulho possessório.

Logo, deve-se manter a sentença que reconheceu a legalidade da posse e assegurou a manutenção da apelada no imóvel.

Legislação:


CCB/2002, art. 1.210 — Proteção possessória.
CCB/2002, art. 1.228 — Função social e proteção da posse.
CPC/2015, art. 560 — Ação de reintegração de posse.

 

Jurisprudência:
Proteção Possessória Imóvel

Proteção Boa Fé Posse

Proteção Contra Esbulho

 


 

6. Considerações Finais

Diante do exposto, requer-se que o recurso de apelação interposto pela apelante seja integralmente improvido, mantendo-se a sentença que garantiu à apelada o direito de se manter na posse do imóvel, em conformidade com os princípios da função social da propriedade e da proteção possessória. A boa-fé da apelada e a ausência de esbulho devem ser considerados como fatores determinantes para a improcedência do pedido de reintegração de posse.

Por fim, requer-se a condenação da apelante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, em conformidade com o CPC/2015, art. 85.

Legislação:


CPC/2015, art. 85 — Honorários advocatícios.
CCB/2002, art. 1.210 — Proteção possessória.
CF/88, art. 5º, XXIII — Função social da propriedade.

 

Jurisprudência:
Considerações Finais Reintegração de Posse

Esbulho Considerações Finais

Boa Fé Posse Considerações Finais

 


 

 


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