Modelo de Embargos à Execução Fiscal Propostos por Pessoa Jurídica Contra Cobrança Indevida de Taxa Municipal
Publicado em: 08/03/2024 Constitucional TributárioEMBARGOS À EXECUÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.
A. J. dos S., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ____________, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional localizado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 914, propor os presentes
EMBARGOS À EXECUÇÃO
em face do MUNICÍPIO DE ____________, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
A embargante foi surpreendida com a execução fiscal promovida pelo Município de ____________, que visa a cobrança de Taxa de Localização e Funcionamento, instituída por lei municipal, com base na quantidade de equipamentos (máquinas de tear) existentes em seu estabelecimento, independentemente de sua produtividade, estado de conservação ou utilização.
A cobrança, além de desproporcional, desconsidera a fiscalização efetiva pelo órgão público competente, que não verifica se todos os equipamentos estão em funcionamento, se há máquinas danificadas ou fora de uso, ou mesmo se a quantidade de equipamentos varia ao longo do ano. Tal prática viola os princípios constitucionais e legais que regem a instituição de taxas, conforme será demonstrado a seguir.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) estabelece, em seu art. 145, II, que as taxas somente podem ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
No caso em tela, a cobrança da Taxa de Localização e Funcionamento com base na quantidade de equipamentos existentes no estabelecimento da embargante não encontra respaldo constitucional, pois não há o efetivo exercício do poder de polícia. A ausência de fiscalização periódica e efetiva para verificar o número de equipamentos em funcionamento ou sua produtividade demonstra que o Município não exerce o poder de polícia de forma concreta, mas apenas utiliza a taxa como forma de arrecadação, o que é vedado.
Além disso, a cobrança desconsidera a proporcionalidade e a razoabilidade, princípios basilares do ordenamento jurídico brasileiro, previstos no CF/88, art. 5º, LIV e LV. A ausência de critérios objetivos para a fixação do valor da taxa, como a produtividade dos equipame"'>...