Modelo de Impugnação à Contestação – Falha na Prestação de Serviços pelo Mercado Livre

Publicado em: 26/09/2024 Processo CivilConsumidor
Modelo de impugnação à contestação apresentada pelo Mercado Livre, argumentando que a empresa deve ser responsabilizada pelos danos materiais e morais causados pela falha na prestação do serviço. A peça aborda a responsabilidade objetiva prevista no Código de Defesa do Consumidor e impugna as alegações de ilegitimidade passiva.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do 9º Juizado Especial Cível da Comarca de Aracaju – SE.

Processo nº: 202441002342
Requerente: N. A. de V. F.
Requerido: Mercado Livre / EBAZAR.COM.BR LTDA.

N. A. de V. F., já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 350, apresentar a presente

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO,

pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

I. DAS ALEGAÇÕES DA PARTE RÉ

A Requerida, em sua contestação, tenta eximir-se de responsabilidade pelo pagamento não efetuado através de sua plataforma, alegando que a transação foi realizada por fora do sistema de segurança do Mercado Livre. Ainda, argui ilegitimidade passiva, sustentando que os serviços oferecidos estão limitados à intermediação virtual entre compradores e vendedores, sem participação nas transações realizadas fora da plataforma. Alega, também, ausência de responsabilidade quanto ao dano material e moral alegado pela Requerente.

Contudo, tais alegações não merecem prosperar, conforme será demonstrado a seguir.

1. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO MERCADO LIVRE

A Requerida, Mercado Livre, atua como fornecedor de serviços e deve responder objetivamente pelos danos causados ao consumidor, conforme preceitua o CDC, art. 14. Ao permitir que vendedores utilizem sua plataforma para realizar vendas e ao fornecer meios de pagamento e logística (Mercado Pago e Mercado Envios), a Requerida assume uma responsabilidade objetiva pela segurança e lisura das transações realizadas em seu ambiente virtual.

No presente caso, ainda que o pagamento do frete tenha sido realizado via PIX, o Mercado Livre não pode se eximir de responsabilidade, pois sua plataforma serve de base para a concretização das transações. A Requerida tem o dever de assegurar que todos os aspectos das negociações realizadas dentro da plataforma estejam resguardados por suas regras e políticas de segurança, as quais incluem o Programa Compra Garantida, garantindo a devolução dos valores quando não há entrega de produto ou há problemas com o pagamento.

Portanto, a alegação de que o pagamento foi realizado por fora da plataforma não exime a responsabilidade da Requerida, uma vez que a própria transação de compra ocorreu no âmbito do Mercado Livre, sendo esta a plataforma que intermediou o contato entre as partes.

2. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA ALEGADA PELA RÉ

A Requerida afirma que a responsabilidade pelos problemas na transação seria exclusivamente do vendedor, GPP, e que a ação deveria ser extinta em razão da sua ilegitimidade passiva (CPC/2015, art. 485, VI). Tal alegação, no entanto, não prospera.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 7º, parágrafo único) determina que todos os fornecedores envolvidos na cadeia de fornecimento do produto ou serviço são solidariamente responsáveis pelos danos causados ao consumidor. No presente caso, o Mercado Livre é o intermediador que possibilitou a realização da transação e, portanto, responde solidariamente pelos problemas relacionados à compra, independentemente da responsabilidade individual do vendedor.

Ademais, a simples alegação de que outra empresa do grupo EBAZAR.COM.BR LTDA. seria a responsável pelo marketplace não tem o condão de afastar a responsabilidade solidária do Mercado Livre.

3. DA FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO

A Requerida alega que a transação foi feita fora da plataforma e que, por isso, não teria como garantir a segurança do pagamento. Contudo, o CDC, art. 14 estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor por falhas na prestação do serviço, sendo desnecessária a demonstração de culpa.

O serviço oferecido pela Requerida não se limita à disponibilização de um espaço virtual, mas inclui o fornecimento de meios seguros de pagamento e programas de garanti"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito sobre Impugnação à Contestação

O presente processo envolve uma transação realizada no Mercado Livre, na qual a Requerente pagou indevidamente um valor de frete por fora da plataforma, devido a instruções do vendedor. O Mercado Livre alega que não tem responsabilidade sobre transações realizadas fora da plataforma e que o pagamento foi feito diretamente ao vendedor. No entanto, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) impõe a responsabilidade objetiva do fornecedor, incluindo o Mercado Livre, pelos danos decorrentes da falha na prestação do serviço. A presente peça visa rebater a contestação, demonstrando que a Requerida é responsável solidária pelos danos materiais e morais sofridos pela Requerente.

TÍTULO:
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO APRESENTADA PELO MERCADO LIVRE - RESPONSABILIDADE OBJETIVA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS


  1. Introdução

A presente impugnação à contestação visa rebater as alegações apresentadas pelo Mercado Livre, empresa responsável pela intermediação de transações comerciais. A peça contesta a defesa apresentada, que se baseia em alegações de ilegitimidade passiva e nega a existência de falha na prestação de serviço. O objetivo desta impugnação é demonstrar que, nos termos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), a responsabilidade objetiva da empresa está configurada, uma vez que houve danos materiais e morais causados ao consumidor, oriundos de uma falha na prestação do serviço.

Legislação:

CDC, art. 14: Estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços pelos danos causados ao consumidor, independentemente de culpa.
CDC, art. 6º: Garante a proteção ao consumidor contra produtos e serviços que possam acarretar riscos à sua saúde e segurança.

Jurisprudência:

Responsabilidade Objetiva do Mercado Livre
Danos Materiais e Morais por Falha na Prestação de Serviços


  1. Impugnação à Contestação

Nesta etapa, refutam-se as alegações de ilegitimidade passiva apresentadas pelo Mercado Livre. A empresa, na condição de fornecedora de serviços, responde objetivamente pelos danos decorrentes de falha no serviço prestado, conforme previsto no CDC, art. 14. O fato de ser uma plataforma intermediadora não exime o Mercado Livre de sua responsabilidade perante o consumidor final. A responsabilidade pelo defeito ou má prestação de serviço é solidária entre todos os envolvidos na cadeia de consumo.

Legislação:

CDC, art. 14: Responsabilidade objetiva dos fornecedores de serviços.
CDC, art. 7º, parágrafo único: Dispõe sobre a responsabilidade solidária na cadeia de consumo.

Jurisprudência:

Ilegitimidade Passiva do Mercado Livre
Responsabilidade Solidária na Cadeia de Consumo


  1. Mercado Livre

O Mercado Livre é uma plataforma digital que facilita o comércio entre terceiros, atuando como intermediadora de transações. Entretanto, essa intermediação não retira sua responsabilidade pelos problemas decorrentes de defeitos ou falhas na prestação de serviços que envolvam a plataforma. Nos termos do CDC, art. 14, a empresa responde pelos danos materiais e morais causados ao consumidor, especialmente quando há falhas evidentes que prejudicam o cliente.

Legislação:

CDC, art. 14: Define a responsabilidade dos fornecedores pelos vícios ou falhas na prestação de serviços.
CDC, art. 17: Equipara o consumidor à vítima de falhas nos serviços prestados, garantindo sua proteção.

Jurisprudência:

Mercado Livre e a Proteção do Consumidor
Responsabilidade do Mercado Livre em Transações Comerciais


  1. Responsabilidade Objetiva

A responsabilidade objetiva do Mercado Livre está claramente estabelecida pelo CDC, art. 14, que não exige a comprovação de culpa para que o fornecedor de serviços seja responsabilizado por danos causados ao consumidor. Basta a comprovação de que houve uma falha no serviço, que resultou em prejuízo ao cliente. A responsabilidade objetiva visa assegurar maior proteção ao consumidor, diante da sua vulnerabilidade frente às grandes empresas.

Legislação:

CDC, art. 14: Estabelece a responsabilidade objetiva dos fornecedores.
CDC, art. 20: Regula a reparação dos danos sofridos pelo consumidor em razão de falhas nos serviços.

Jurisprudência:

Responsabilidade Objetiva na Prestação de Serviços
Danos Materiais e Morais na Responsabilidade Objetiva


  1. Danos Materiais

Os danos materiais sofridos pelo autor são diretamente decorrentes da falha na prestação do serviço. O Mercado Livre, na qualidade de intermediador da transação, deve ser responsabilizado pela reparação desses danos, conforme estabelece o CDC, art. 14. A restituição dos valores pagos e eventuais prejuízos financeiros devem ser integralmente cobertos pela empresa.

Legislação:

CDC, art. 18: Dispõe sobre a reparação de danos materiais e a substituição do produto ou serviço.
CDC, art. 20: Regula a responsabilidade por danos causados em razão de vícios e defeitos.

Jurisprudência:

Danos Materiais e Responsabilidade do Mercado Livre
Ressarcimento de Danos Materiais


  1. Danos Morais

A falha na prestação do serviço também gerou danos morais ao autor, decorrentes do transtorno e abalo emocional causado pela situação. Nos termos do CDC, art. 6º, o consumidor tem direito à reparação integral dos danos sofridos, sendo o Mercado Livre responsável pela indenização dos danos morais, além dos materiais. O abalo moral pode ser demonstrado pela situação de angústia e frustração decorrente da falha no serviço prestado.

Legislação:

CDC, art. 6º, VI: Garante o direito à reparação de danos morais e materiais.
CCB/2002, art. 186: Dispõe sobre a responsabilidade civil por danos morais.

Jurisprudência:

Danos Morais e o Mercado Livre
Ressarcimento por Danos Morais


  1. Falha na Prestação de Serviços

A falha na prestação de serviços pelo Mercado Livre é evidente no caso em questão, configurando o descumprimento das normas estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor. A empresa, ao não garantir a adequada prestação de serviços ao autor, gerou danos que precisam ser reparados. A impugnação apresentada destaca que a empresa deve responder objetivamente por essa falha.

Legislação:

CDC, art. 14: Responsabilidade por falhas na prestação de serviços.
CDC, art. 20: Determina a obrigatoriedade da reparação dos danos causados pela má prestação de serviços.

Jurisprudência:

Falha na Prestação de Serviços ao Consumidor
Responsabilidade pela Prestação de Serviços


  1. Código de Defesa do Consumidor

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) é claro ao assegurar a proteção ao consumidor em casos de falha na prestação de serviços, como o verificado neste processo. O CDC, art. 14 estabelece a responsabilidade objetiva das empresas, e o CDC, art. 6º garante a reparação integral pelos danos materiais e morais. Esses dispositivos garantem ao autor a reparação completa pelos prejuízos sofridos, impondo ao Mercado Livre o dever de indenizar.

Legislação:

CDC, art. 14: Responsabilidade objetiva na prestação de serviços.
CDC, art. 6º: Direitos básicos do consumidor, incluindo a reparação de danos.

Jurisprudência:

Código de Defesa do Consumidor e o Mercado Livre
Responsabilidade Objetiva no Código de Defesa do Consumidor


  1. Considerações Finais

Diante do exposto, é evidente que as alegações de ilegitimidade passiva apresentadas pelo Mercado Livre não merecem prosperar, uma vez que a empresa, na condição de fornecedora de serviços, deve ser responsabilizada objetivamente pelos danos causados ao autor. A falha na prestação do serviço gerou danos materiais e morais, que precisam ser devidamente reparados, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor.

Legislação:

CDC, art. 14: Responsabilidade objetiva pelos danos causados ao consumidor.
CDC, art. 6º: Garante o direito à reparação integral pelos danos sofridos.

Jurisprudência:

Considerações Finais em Impugnação
Responsabilidade Objetiva e Considerações Finais


 

 


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