Modelo de Réplica à Contestação – Fraude em Pagamento via PIX em Compra no Mercado Livre

Publicado em: 26/09/2024 Processo CivilConsumidor
Modelo de réplica à contestação apresentada por PagSeguro em ação de restituição de valor pago indevidamente via PIX e pedido de indenização por danos morais. A peça contesta os argumentos do Requerido, baseando-se na responsabilidade objetiva prevista no Código de Defesa do Consumidor e no dever de reparação pelos transtornos causados pela fraude no pagamento.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do 9º Juizado Especial Cível da Comarca de Aracaju – SE.

Processo nº: 2024098741002342
Requerente: N. A. DE V. F.
Requerido: PagSeguro / Mercado Livre / A. F. DE A.

N. A. DE V. F., já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com escritório profissional à Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, CEP __________, onde recebe intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar sua

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

com fundamento no CPC/2015, art. 350, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

I. BREVE RESUMO DOS FATOS

Conforme narrado na petição inicial, o Requerente realizou uma compra no site Mercado Livre no valor de R$ 2.886,90 utilizando seu cartão de crédito da NuBank e pagou o frete de R$ 287,50 via PIX, conforme solicitado pelo vendedor. Posteriormente, constatou que a chave PIX era fraudulenta, e o valor referente ao frete não foi devolvido, apesar de várias tentativas de solução extrajudicial junto ao PagSeguro e ao Mercado Livre.

Embora o Mercado Livre tenha devolvido o valor da compra, o valor referente ao frete permanece sem restituição. Diante disso, o Requerente pleiteia a devolução do valor de R$ 287,50, bem como danos morais no valor de R$ 8.000,00 pela frustração e transtornos sofridos.

II. IMPUGNAÇÃO ÀS ALEGAÇÕES DOS REQUERIDOS

1. Da Ausência de Responsabilidade do PagSeguro

O Requerido PagSeguro alega que não possui responsabilidade pelos fatos narrados, argumentando que o Requerente não utilizou o mecanismo de disputa e que o serviço de intermediação foi prestado sem defeitos.

Tal argumento não merece acolhimento. O Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 14) prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços pelos danos causados aos consumidores por falhas na prestação dos serviços. No presente caso, o PagSeguro atuou como intermediador do pagamento, o que impõe o dever de garantir a segurança e regularidade da transação.

A falha no sistema de pagamento, que permitiu que o valor do frete fosse transferido para uma conta fraudulenta, demonstra que houve um defeito na prestação de serviço, ensejando a responsabilidade do Requerido, que não pode se eximir sob o argumento de que o Requerente não utilizou a ferramenta de disputa.

2. Da Prestação de Serviço sem Defeitos

O PagSeguro alega que o serviço de intermediação de pagamento foi prestado sem defeitos e que não participa da compra e venda propriamente dita. No entanto, ao atuar como intermediador do pagamento, a responsabilidade do PagSeguro não se limita à execução técnica da transação, mas se estende à segurança e eficácia do serviço prestado.

O sistema de intermediação não foi capaz de impedir que uma fraude ocorresse, o que configura falha no serviço e enseja a reparação dos danos causados ao Requerente, conforme preceitua o CDC, art. 14. Assim, é inegável a responsabilidade do PagSeguro no evento danoso.

3. Da Inexistência de Danos Morais

O Requerido sustenta que não há dano moral a ser indenizado, pois o Requerente não comprovou ter sofrido qualquer desdobramento extraordinário que justificasse a reparação.

Esse argumento também não procede. O dano moral no presente caso é caracterizado pela frustração, angústia e tempo perdido pelo Requerente ao tentar resolver a situação sem sucesso. O valor subtraído, embora relativamente pequeno, representa uma lesão à dignidade do consumidor, que foi ludibriado em uma transação comercial e ficou desassistido p"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito sobre Réplica à Contestação

O Requerente, ao realizar uma compra no Mercado Livre, efetuou o pagamento do frete de R$ 287,50 via PIX para uma chave fraudulenta. Embora o valor referente ao produto tenha sido devolvido, o valor do frete não foi restituído. O PagSeguro, responsável pela intermediação do pagamento, alegou ausência de responsabilidade, afirmando que o serviço foi prestado sem defeitos. Contudo, a responsabilidade objetiva do fornecedor, prevista no CDC, art. 14, impõe o dever de reparação dos danos. Além disso, o Requerente pleiteia indenização por danos morais no valor de R$ 8.000,00, pelos transtornos e frustrações causados pela falha do serviço.

TÍTULO:
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO APRESENTADA POR PAGSEGURO EM AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALOR PAGO INDEVIDAMENTE VIA PIX E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS


  1. Introdução

A presente réplica tem por objetivo refutar os argumentos trazidos pelo Requerido PagSeguro, que tenta afastar sua responsabilidade pela fraude ocorrida em transação via PIX, que resultou em prejuízo financeiro ao Autor. Argumenta-se, ainda, o direito à indenização por danos morais, em virtude dos transtornos e da violação dos direitos do consumidor, especialmente a segurança nas transações.

Legislação:

CDC, art. 6º: Estabelece os direitos básicos do consumidor, incluindo a segurança e a reparação de danos.
CPC/2015, art. 336: Disciplina a fase de réplica em resposta à contestação.

Jurisprudência:

Resposta à Contestação em Direito do Consumidor
Fraude em Pagamento - Resposta à Contestação


  1. Réplica à contestação

A defesa do Requerido baseia-se em argumentos que tentam transferir a responsabilidade para terceiros ou para o próprio Autor. No entanto, a responsabilidade objetiva prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) impõe o dever de reparação pela falha na prestação do serviço, independentemente da existência de culpa. A segurança nas transações financeiras é responsabilidade das instituições que intermediam os pagamentos.

Legislação:

CDC, art. 14: Disciplina a responsabilidade objetiva pelo fato do serviço, sendo irrelevante a demonstração de culpa do fornecedor.
CPC/2015, art. 373: Estabelece o ônus da prova, que, no presente caso, cabe ao Requerido.

Jurisprudência:

Responsabilidade Objetiva - Réplica
Réplica à Contestação - PIX


  1. Fraude PIX

A transação objeto desta ação foi realizada através de PIX, sistema que exige segurança e confiabilidade. O Requerido, como intermediador financeiro, falhou em fornecer a segurança esperada, o que permitiu a ocorrência da fraude. Conforme a responsabilidade objetiva prevista no CDC, cabe ao PagSeguro responder pelos danos causados ao consumidor.

Legislação:

CDC, art. 14, § 1º: Define que o fornecedor de serviços responde pela reparação de danos causados por defeitos relativos à prestação dos serviços.
Lei 12.965/2014, art. 7º: Estabelece que o usuário da internet tem direito à proteção de seus dados pessoais.

Jurisprudência:

Fraude PIX - Responsabilidade Objetiva
Fraude no Sistema de Pagamento PIX


  1. PagSeguro

Como intermediador da transação, o PagSeguro deve garantir a segurança do sistema utilizado para a realização dos pagamentos via PIX. A negligência em prevenir fraudes é motivo suficiente para responsabilizar o Requerido pelos danos sofridos pelo Autor, já que o serviço fornecido não correspondeu às expectativas de segurança e confiabilidade.

Legislação:

CDC, art. 20: Prevê que o fornecedor de serviços responde por vícios de qualidade que tornem o serviço inseguro.
CDC, art. 22: Estabelece a responsabilidade das entidades prestadoras de serviços públicos essenciais pela inadequada prestação do serviço.

Jurisprudência:

Responsabilidade do PagSeguro por Fraude
Segurança em Pagamentos - PagSeguro


  1. Mercado Livre

Embora a presente ação tenha como foco a responsabilidade do PagSeguro, cabe destacar que o Mercado Livre, como plataforma onde a compra foi realizada, também tem papel importante na garantia de segurança. Entretanto, a contestação do PagSeguro tenta afastar a responsabilidade apenas porque o ato final de pagamento ocorreu fora do controle do Mercado Livre, o que não exclui a falha no sistema do intermediador.

Legislação:

CDC, art. 18: Estabelece que todos os fornecedores da cadeia de consumo respondem solidariamente pelos defeitos dos produtos ou serviços.
CDC, art. 34: Impõe a responsabilidade solidária de quem realiza a intermediação de venda e fornecimento de produtos.

Jurisprudência:

Mercado Livre - Responsabilidade Solidária
Fraude em Pagamento - Mercado Livre


  1. Danos morais

A fraude sofrida pelo Autor gerou não apenas prejuízos financeiros, mas também transtornos emocionais que justificam o pedido de indenização por danos morais. O abalo psicológico causado pela insegurança no sistema de pagamento, e a falha do PagSeguro em garantir a segurança necessária, configuram o direito à reparação por danos extrapatrimoniais.

Legislação:

CCB/2002, art. 186: Define a obrigação de reparar o dano causado por ato ilícito.
CDC, art. 6º, VI: Assegura a reparação por danos morais causados ao consumidor.

Jurisprudência:

Danos Morais em Fraude
Danos Morais por Fraude em Pagamento


  1. Restituição de valores

O Autor tem direito à restituição integral do valor pago indevidamente, com base na falha de segurança do sistema oferecido pelo Requerido. A responsabilidade objetiva do PagSeguro impõe o dever de reparação, incluindo a devolução do valor indevidamente debitado da conta do Autor. A restituição deve ser imediata e em sua totalidade, conforme o previsto no Código de Defesa do Consumidor.

Legislação:

CDC, art. 42: Dispõe sobre o direito de restituição em dobro no caso de cobrança indevida.
CDC, art. 18: Estabelece a responsabilidade solidária entre todos os envolvidos na cadeia de fornecimento de serviço.

Jurisprudência:

Restituição de Valor em Fraude PIX
Cobrança Indevida - Restituição de Valores


  1. Responsabilidade objetiva

A responsabilidade objetiva é um dos pilares do Direito do Consumidor, aplicável ao presente caso. O PagSeguro, como prestador de serviços, deve responder pela falha na segurança do sistema, sem necessidade de prova de culpa, já que houve uma evidente falha na prestação do serviço. O sistema de PIX utilizado pelo Requerido apresentou vulnerabilidades que permitiram a ocorrência da fraude, gerando prejuízos ao Autor.

Legislação:

CDC, art. 14: Impõe a responsabilidade objetiva pelo fato do serviço prestado.
CCB/2002, art. 927: Dispõe sobre a responsabilidade objetiva nos casos em que a atividade desenvolvida implica, por sua natureza, riscos para terceiros.

Jurisprudência:

Responsabilidade Objetiva por Falha de Serviço
Responsabilidade Objetiva em Caso de Fraude


  1. Considerações finais

Diante do exposto, restou comprovada a falha na prestação de serviços por parte do PagSeguro, o que justifica a restituição dos valores pagos indevidamente, bem como a indenização por danos morais pelos transtornos causados. A responsabilidade objetiva do Requerido é clara, e o Autor merece ver seus direitos amparados.

Legislação:

CDC, art. 6º: Direitos básicos do consumidor.
CCB/2002, art. 927: Responsabilidade objetiva pela prática de ato ilícito.

Jurisprudência:

Considerações Finais - Responsabilidade Objetiva
Considerações Finais - Danos Morais


 


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