Modelo de Ação de Reintegração de Posse com Pedido de Aluguéis por Uso Indevido do Imóvel e Fundamentação no CPC/2015 e Código Civil

Publicado em: 22/07/2024 Civel
Ação judicial de reintegração de posse apresentada pela autora contra a ré, fundamentada no artigo 561 do CPC/2015 e no artigo 1.210 do Código Civil, em razão de esbulho possessório comprovado por documentação e provas. A autora busca a reintegração da posse de imóvel apropriado ilegalmente pela ré, que realizou inventário irregular e alugou o bem de forma oculta. A ação também requer indenização por aluguéis devidos pelo uso indevido do imóvel, com base no artigo 582 do Código Civil. Inclui análise de jurisprudências e detalhamento de pedidos, como condenação da ré em custas processuais e honorários advocatícios.

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________

Processo nº: [inserir número do processo]

Requerente: [Nome completo da autora, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico e endereço físico]

Requerida: [Nome completo da ré, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico e endereço físico]

PREÂMBULO

[Nome da autora], já qualificada nos autos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado, com fundamento no CPC/2015, art. 561 e nos dispositivos legais aplicáveis, apresentar RÉPLICA à contestação apresentada pela ré, nos autos da ação de reintegração de posse, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS

A presente ação de reintegração de posse foi ajuizada pela autora em razão do esbulho praticado pela ré, que se apropriou do imóvel objeto da lide sob a alegação de ser herdeira do genitor falecido. Contudo, o imóvel não pertencia ao genitor da ré há mais de 6 (seis) anos antes de seu falecimento, conforme demonstrado por documentos anexados aos autos.

A ré, de forma simulada e em conluio com seu advogado, realizou inventário ilegal e passou a alugar o imóvel de forma oculta, manipulando a posse e se passando por proprietária. Alega que o genitor teria transferido a posse do imóvel a ela, mas tal afirmação é contraditória, visto que a ré não mantinha contato com o genitor há mais de 30 (trinta) anos.

A autora, por sua vez, apresentou vasta documentação comprovando sua posse legítima e o esbulho praticado pela ré. Diante disso, requereu o julgamento antecipado da lide, o que foi acolhido por este juízo, considerando a suficiência das provas documentais apresentadas.

DO DIREITO

A presente ação encontra fundamento no CPC/2015, art. 561, que estabelece os requisitos para a proteção possessória, quais sejam: a comprovação da posse, o esbulho praticado e a data de sua ocorrência. A autora demonstrou, de forma inequívoca, que:

  • Exercia a posse legítima do imóvel;
  • O esbulho foi praticado pela ré, que se apropriou do imóvel de forma ilegal;
  • O esbulho ocorreu em data específica, devidamente comprovada nos autos.

Ademais, o Código Civil (CCB/2002, art. 1.210) assegura ao possuidor o direito de ser reintegrado na posse do bem, caso tenha sido esbulhado. A ré, ao manipular a posse e se passar por proprietária, violou o direito da autora, configurando o esbulho possessór"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Reintegração de Posse proposta por [Nome completo da autora], devidamente qualificada nos autos, em face de [Nome completo da ré], também qualificada, alegando esbulho possessório sobre um imóvel que a autora afirma ser de sua legítima posse.

A autora demonstrou, por meio de provas documentais, que exercia a posse legítima do imóvel, e que a ré, de forma ilegal, apropriou-se do bem sob a alegação de ser herdeira do genitor falecido, apesar de o imóvel não mais pertencer ao genitor há mais de seis anos antes de sua morte.

A ré, por sua vez, contradiz as alegações, afirmando que detém posse legítima do imóvel, mas não apresentou provas suficientes para corroborar suas alegações. O juízo acolheu o pedido de julgamento antecipado da lide, considerando a suficiência das provas documentais apresentadas.

Fundamentação

O art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988 estabelece que as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e do direito aplicável ao caso.

Nos termos do art. 561 do CPC/2015, para a proteção possessória são exigidos três requisitos: a comprovação da posse, o esbulho praticado e a data de sua ocorrência. A autora demonstrou:

  • Que exercia a posse legítima do imóvel;
  • Que a ré praticou o esbulho ao se apropriar ilegalmente do bem;
  • Que o esbulho ocorreu em data comprovada nos autos.

Adicionalmente, o art. 1.210 do Código Civil assegura ao possuidor o direito à reintegração de posse em caso de esbulho. A conduta da ré, ao manipular a posse e se passar por proprietária, caracteriza violação ao direito da autora e configura o esbulho possessório.

Quanto ao pedido de indenização pelos aluguéis devidos, o art. 582 do Código Civil prevê a obrigação de reparação pelo uso indevido do imóvel. Assim, a ré, ao alugar o imóvel de forma oculta, deve ser condenada ao pagamento dos aluguéis relativos ao período de sua posse irregular.

Jurisprudência

A jurisprudência pátria corrobora a procedência do pedido em casos análogos:

"POSSE - COMODATO VERBAL - ESBULHO - ALUGUERES - RECONVENÇÃO - DANOS MORAIS - I- Autores que lograram provar sua posse, bem como o esbulho praticado pelos réus, preenchendo os requisitos do CPC/2015, art. 561 [...]" (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Salles Vieira, J. em 03/10/2024)

"AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE - Demanda fundada em extinção de comodato verbal [...] - A permanência do réu no imóvel, após o decurso do prazo fixado para desocupação, caracteriza esbulho possessório." (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Plinio Novaes de Andrade Júnior, J. em 30/09/2024)

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento nos arts. 561 e 582 do CPC/2015, e art. 1.210 do Código Civil, julgo procedente o pedido formulado pela autora, para:

  1. Determinar a reintegração da autora na posse do imóvel descrito na inicial;
  2. Condenar a ré ao pagamento de aluguéis pelo período de posse irregular, a serem apurados em liquidação de sentença;
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data].

_______________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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