Modelo de Memoriais de Defesa Requerendo Absolvição por Insuficiência de Provas em Ação Penal de Homicídio no Tribunal do Júri

Publicado em: 16/04/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
Modelo de memoriais defensivos apresentados ao Juízo da Vara do Tribunal do Júri, visando a absolvição do acusado de homicídio qualificado, com fundamento na ausência de provas suficientes para a condenação. O documento descreve os fatos investigados, a análise detalhada das provas (laudo pericial inconclusivo, álibi comprovado, testemunhos indiretos), ressalta a aplicação dos princípios constitucionais do devido processo legal, presunção de inocência e in dubio pro reo, além de citar jurisprudência relevante. O pedido principal é a absolvição com base no CPP, art. 386, VII, destacando a insuficiência de elementos probatórios para imputar a autoria ao réu.
1. ENDEREÇAMENTO

AO JUÍZO DA VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE [CIDADE/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Processo nº: [número do processo]
Acusado: A. M. dos S. (nome fictício, conforme instrução de abreviação)
Defensor: [Nome do Advogado], OAB/[UF] [número]
Endereço eletrônico do advogado: [e-mail do advogado]
Endereço do acusado: [endereço completo do acusado]
Estado civil: [estado civil]
Profissão: [profissão]
CPF: [CPF do acusado]
Domicílio e residência: [endereço completo do acusado]

3. SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de ação penal instaurada para apurar a morte do empresário A. M. dos S., ocorrido em sua mansão situada em local isolado. A investigação policial apontou como principais suspeitos: o herdeiro, J. F. dos S.; a governanta, M. C. da S.; e o amante, L. A. dos S. O laudo pericial indicou causa da morte indeterminada, presença de substâncias estranhas no organismo da vítima e marcas de violência no corpo. Testemunhas relataram gritos e movimentação estranha na noite do crime. Foram coletados documentos, mensagens, registros bancários e provas materiais, como arma branca, drogas, joias, impressões digitais e DNA dos três suspeitos.

Durante a audiência de instrução, as testemunhas de acusação apenas relataram sons e movimentações, sem presenciar os fatos. A defesa do amante apresentou álibi consistente, comprovado por fotos e contrato de trabalho. O laudo pericial não foi conclusivo quanto à autoria, pois o DNA de todos os suspeitos foi encontrado na cena, sem que se pudesse determinar quem desferiu os golpes fatais.

Em suma, o conjunto probatório não permite afirmar, com segurança, a autoria do crime por parte do acusado L. A. dos S., ora defendido nestes memoriais.

4. DOS ELEMENTOS PROBATÓRIOS

A análise dos autos revela que a materialidade do crime está comprovada pelo laudo pericial, que atestou a morte violenta da vítima, embora sem determinar a causa exata do óbito (CP, art. 121). Foram identificadas substâncias estranhas no organismo da vítima, bem como marcas de violência, compatíveis com luta corporal.

No tocante à autoria, os elementos colhidos são insuficientes para imputação segura a qualquer dos suspeitos. O laudo de DNA apontou a presença de material genético dos três investigados, sem individualizar a conduta de cada um. As impressões digitais e demais objetos encontrados na cena do crime apenas confirmam que todos frequentavam o local, o que é compatível com suas rotinas e relações com a vítima.

Os depoimentos das testemunhas de acusação foram indiretos, limitando-se a relatar sons e movimentações, sem presenciar o crime. Já a testemunha de defesa do amante, L. A. dos S., apresentou provas documentais (fotos e contrato) que comprovam sua presença em sessão de fotos no horário do crime, corroborando seu álibi.

Ressalte-se que, conforme o princípio do in dubio pro reo, a dúvida quanto à autoria deve favorecer o acusado (CF/88, art. 5º, LVII).

5. DO DIREITO

O presente caso exige a aplicação rigorosa dos princípios constitucionais do devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV), da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) e do contraditório e ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV).

No âmbito do Tribunal do Júri, a soberania dos veredictos é garantida pela CF/88, art. 5º, XXXVIII, sendo que a condenação somente pode ocorrer quando houver prova robusta e inequívoca da autoria e materialidade do crime (CPP, art. 413).

O CP, art. 121, tipifica o homicídio, exigindo para a condenação a"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto

Cuida-se de ação penal instaurada para apurar a morte do empresário A. M. dos S., cujo processo tramita perante este Juízo da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de [CIDADE/UF], sendo acusado L. A. dos S., devidamente qualificado nos autos.

I - Relatório

Conforme relatado nos autos, a investigação policial indicou como principais suspeitos o herdeiro, a governanta e o amante da vítima, ora acusado. O laudo pericial confirmou a materialidade do delito, atestando a morte violenta, mas sem identificar a causa exata do óbito. A perícia apontou a presença de substâncias estranhas no organismo da vítima, marcas de violência compatíveis com luta corporal e material genético dos três investigados na cena do crime.

Testemunhas de acusação apenas relataram sons e movimentações estranhas, sem testemunhar diretamente o fato. Já a defesa do acusado L. A. dos S. apresentou álibi consistente, com fotos e contrato de trabalho que comprovam sua ausência no local e horário do crime. O laudo pericial não conseguiu individualizar a conduta de nenhum dos suspeitos.

II - Fundamentação

1. Dos Fatos e Elementos Probatórios

A materialidade do crime resta comprovada pelo laudo pericial, nos termos do CP, art. 121. Todavia, a autoria não se encontra suficientemente demonstrada, pois o DNA dos três suspeitos foi encontrado na cena, sem indicação de quem teria desferido os golpes fatais.

Os depoimentos testemunhais de acusação foram indiretos e não presenciaram o crime, enquanto o álibi do acusado foi corroborado documentalmente. Ressalte-se que, em atenção ao princípio do in dubio pro reo (CF/88, art. 5º, LVII), a dúvida quanto à autoria deve beneficiar o acusado.

2. Dos Princípios Constitucionais e Legais

O presente julgamento exige a observância do devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV), da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) e do contraditório e ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV).

A CF/88, art. 93, IX, determina que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, compete a este Juízo expor de forma clara e motivada as razões do presente voto.

No Tribunal do Júri, a soberania dos veredictos (CF/88, art. 5º, XXXVIII) não afasta a necessidade de provas robustas para a condenação (CPP, art. 413). O CPP, art. 386, VII, determina a absolvição do réu quando não houver provas suficientes para a condenação.

A jurisprudência consolidada do STJ e dos Tribunais de Justiça confirma que, diante da dúvida razoável ou da insuficiência de provas, deve prevalecer a absolvição, não sendo possível condenar com base em meras conjecturas ou presunções.

No caso em tela, a ausência de prova direta e a existência de álibi comprovado para o acusado L. A. dos S. impõem sua absolvição.

3. Jurisprudência

Conforme destacado:
TJRJ (Quarta Câmara Criminal) - Apelação Acórdão/TJRJ - RJ: \\\"A decisão dos jurados só pode ser cassada quando manifestamente contrária à prova dos autos, o que não se verifica quando há dúvida razoável ou insuficiência de provas.\\\"

Direito Penal e Processo Penal. Apelação Criminal. Tribunal do Júri: \\\"Apenas a manifesta contrariedade à prova dos autos justifica novo julgamento. A opção dos jurados, lastreada em elementos idôneos, deve ser preservada.\\\"

TJRJ (Terceira Câmara Criminal) - Apelação Acórdão/TJRJ - RJ: \\\"A confissão extrajudicial não confirmada em juízo só pode ser levada em consideração quando corroborada por outros elementos probatórios.\\\"

III - Dispositivo

Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE a pretensão condenatória em relação ao acusado L. A. dos S., ABSOLVENDO-O com fundamento no CPP, art. 386, VII, diante da insuficiência de provas para a condenação, aplicando-se o princípio do in dubio pro reo, em perfeita consonância com os princípios constitucionais do devido processo legal e da presunção de inocência.

Declaro regular o processamento do feito, inexistindo nulidades ou cerceamento de defesa.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

 

[Cidade], [data]

_______________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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