Modelo de Pedido de Indenização por Bloqueio Indevido de Conta de Motorista Parceiro na Uber por Alegação Inexistente de Antecedentes Criminais
Publicado em: 18/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidorPETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________
Nome completo do autor: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, motorista de aplicativo, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________.
Nome completo do réu: Uber do Brasil Tecnologia Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________.
Valor da causa: R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
PREÂMBULO
O autor, por meio de seu advogado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS, com pedido de tutela de urgência, em face de Uber do Brasil Tecnologia Ltda., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O autor atuava como motorista parceiro da plataforma Uber, sendo esta sua principal fonte de renda. Contudo, foi surpreendido com o bloqueio de sua conta na plataforma, sob a alegação de que possuía antecedentes criminais. Tal afirmação é inverídica, conforme comprova o atestado de antecedentes criminais anexado, que demonstra a inexistência de qualquer registro em seu nome.
Após análise, constatou-se que o bloqueio decorreu de um erro da plataforma, que confundiu o autor com um homônimo condenado criminalmente. A empresa não tomou as devidas precauções para verificar a veracidade das informações antes de proceder ao desligamento, causando prejuízos materiais e morais ao autor.
O autor foi exposto a constrangimentos e teve sua reputação abalada, além de sofrer prejuízos financeiros, pois ficou impossibilitado de exercer sua atividade profissional e garantir o sustento de sua família.
DO DIREITO
O presente caso envolve a responsabilidade civil da ré, nos termos do CCB/2002, art. 186, que dispõe: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito".
Além disso, o CCB/2002, art. 927, estabelece que "aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo". No caso em tela, a conduta negligente da ré ao não verificar adequadamente as informações antes de proceder ao bloqueio da conta do autor configura ato ilícito, ensejando o dever de reparação.
O bloqueio unilateral da conta, sem aviso prévio ou oportunidade de defesa, viola o princípio do contraditório e da ampla defesa, consagrado no CF/88, art. 5º, LV. Ademais, a liberdade de contratar, prevista no CF/88, art. 170, não é absoluta e deve ser exercida em conformidade com os princípios da boa-fé e da função social do contrato.
Conforme a doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, "a responsabilidade civil tem como pressup"'>...