Modelo de Pedido de Manutenção de Prisão Preventiva em Caso de Violência Doméstica com Base na Lei 11.340/06 e CPP

Publicado em: 04/12/2024 Consumidor Direito Penal Processo Penal
Peça processual dirigida ao Juízo Criminal solicitando a manutenção da prisão preventiva de acusado em flagrante por violência doméstica, em descumprimento de medidas protetivas, fundamentada na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06, art. 20) e no Código de Processo Penal (CPP, art. 310, II). O documento expõe os fatos, os fundamentos legais, jurisprudências relevantes e faz pedidos específicos para a proteção da vítima e a garantia da ordem pública.

PEÇA PROCESSUAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___

Processo nº: __________

Nome do Requerente: __________

Nome do Requerido: __________

DOS FATOS

O presente caso trata de situação envolvendo o flagrante delito de A. J. dos S. em razão de suposta prática de violência doméstica contra sua companheira, em violação à Lei 11.340/06. O acusado foi detido em flagrante e, posteriormente, submetido à audiência de custódia, na qual foi convertida a prisão em flagrante em prisão preventiva, com fundamento no CPP, art. 310, II, e na Lei 11.340/06, art. 20.

Os fatos narrados indicam que o acusado teria cometido lesões corporais leves e ameaças contra a vítima, configurando grave risco à sua integridade física e psicológica, além de descumprir medidas protetivas anteriormente impostas.

DO DIREITO

A audiência de custódia é um instrumento essencial para assegurar os direitos fundamentais do preso em flagrante, conforme previsto no CPP, art. 310, e no Pacto de San José da Costa Rica, ratificado pelo Brasil. Contudo, no caso em tela, a conversão da prisão em flagrante em preventiva encontra respaldo legal, considerando os elementos apresentados.

Nos termos da Lei 11.340/06, art. 20, é possível a decretação de prisão preventiva para garantir a segurança da vítima em casos de violência doméstica. Além disso, o princípio da especialidade confere prevalência à Lei Maria da Penha sobre normas gerais do CPP, reforçando a necessidade de medidas protetivas e cautelares mais rigorosas.

Ademais, o CPP, art. 319, prevê medidas cautelares diversas da prisão, mas estas se mostram insuficientes no presente caso, dado o histórico de violência e o descumprimento de medidas protetivas por parte do acusado.

JURISPRUDÊNCIAS

1. Habeas Corpus - TJSP (15ª Câmara de Direito Criminal)

Em caso similar, o Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que a conversão de prisão em flagrante em preventiva, de ofício, é válida, especialmente em situ"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato

O presente caso envolve a prática de violência doméstica cometida por A. J. dos S. contra sua companheira, configurada em lesões corporais leves e ameaças, conforme os autos do processo. O acusado foi preso em flagrante e submetido à audiência de custódia, na qual sua prisão foi convertida em preventiva. A medida teve como fundamento o artigo 310, inciso II, do Código de Processo Penal (CPP), combinado com o artigo 20 da Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha).

Os fatos revelam o descumprimento, por parte do acusado, de medidas protetivas anteriormente impostas, expondo a vítima a grave risco à sua integridade física e psicológica. A reincidência e a gravidade da conduta justificaram a decretação da prisão preventiva para garantir a segurança da vítima.

Narrativa de Direito

No âmbito jurídico, a audiência de custódia assegura os direitos fundamentais do preso, conforme o artigo 310 do CPP e o Pacto de San José da Costa Rica, ratificado pelo Brasil. No entanto, a conversão da prisão em flagrante em preventiva foi devidamente respaldada pela legislação, considerando a gravidade dos fatos e a necessidade de proteção da vítima.

A Lei Maria da Penha ( Lei 11.340/06) prevê, em seu artigo 20, a possibilidade de decretação de prisão preventiva em casos de violência doméstica, com o objetivo de garantir a segurança da vítima. Além disso, o artigo 319 do CPP, que dispõe sobre medidas cautelares diversas da prisão, mostra-se insuficiente frente ao histórico de violência e ao descumprimento de ordens judiciais por parte do acusado.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) possui reiterada jurisprudência reforçando a validade da conversão de prisões em preventivas em casos de violência doméstica, quando outras medidas cautelares não são eficazes para garantir a segurança da vítima.

Jurisprudências Relevantes

  • Habeas Corpus - TJSP (15ª Câmara de Direito Criminal): O TJSP validou a conversão de prisão em flagrante em preventiva em razão de violência doméstica, destacando a necessidade de garantir a segurança da vítima e a ordem pública (TJSP, Habeas Corpus Criminal 2107604-49.2024.8.26.0000, Rel. Des. Erika Soares de Azevedo Mascarenhas, J. em 06/06/2024).
  • Descumprimento de Medidas Protetivas - TJSP (4ª Câmara de Direito Criminal): O TJSP reafirmou a gravidade do descumprimento de medidas protetivas, considerando a palavra da vítima suficiente para sustentar a materialidade e autoria do crime (TJSP, Apelação Criminal 1500179-16.2022.8.26.0024, Rel. Des. Luis Soares de Mello, J. em 02/03/2023).
  • Medidas Protetivas de Urgência - TJSP (2ª Câmara de Direito Criminal): A corte destacou que as medidas protetivas possuem natureza preventiva e podem ser aplicadas independentemente de tipificação penal, sendo a prisão preventiva essencial para prevenir novos atos de violência (TJSP, Apelação Criminal 1500311-09.2024.8.26.0540, Rel. Des. Laerte Marrone, J. em 05/06/2024).

Conclusão

Diante da gravidade dos fatos e do descumprimento reiterado de medidas protetivas, a decretação da prisão preventiva do acusado encontra respaldo legal e jurisprudencial, sendo essencial para garantir a segurança da vítima, proteger a ordem pública e assegurar a efetividade das medidas judiciais previstas na Lei Maria da Penha.


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