Modelo de Pedido de Penhora de Bens em Ação de Execução com Base no CPC/2015 e Jurisprudências Pertinentes

Publicado em: 25/06/2024 Processo Civil
A petição trata de um pedido de penhora de bens em uma ação de execução, com fundamento nos artigos 797, 835 e 845 do CPC/2015, em face de devedor que não efetuou o pagamento de débito constante em título executivo extrajudicial. O documento destaca a realização de diligências infrutíferas para localização de bens, solicita a expedição de mandado de penhora e avaliação, inclusive «portas adentro», e embasa o pedido com jurisprudências do TJSP. Além disso, requer a intimação do executado e a condenação em custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCAL]

Processo nº: [Número do Processo]

[NOME DO EXEQUENTE], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na [endereço completo], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da EXECUÇÃO em face de [NOME DO EXECUTADO], inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], requerer a PENHORA DE BENS, com fundamento nos artigos 797, 835 e 845 do CPC/2015, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:

DOS FATOS

O exequente ajuizou a presente ação de execução em face do executado, com base em título executivo extrajudicial, no valor de R$ [valor atualizado], conforme demonstrativo de débito anexo.

Após regularmente citado, o executado deixou transcorrer o prazo legal sem efetuar o pagamento do débito, tampouco indicou bens passíveis de penhora, demonstrando total desinteresse em satisfazer a obrigação.

Foram realizadas diversas diligências para localização de bens do executado, contudo, até o momento, não foram encontrados bens suficientes para a quitação do débito. Assim, faz-se necessária a adoção de medidas mais incisivas para garantir a satisfação do crédito.

DO DIREITO

Nos termos do CPC/2015, art. 797, a execução deve ser realizada no interesse do credor, sendo o executado responsável por responder com todo o seu patrimônio (CPC/2015, art. 789).

O Código de Processo Civil prevê, em seu art. 835, a ordem de preferência para a penhora de bens, sendo possível a constrição de bens móveis, imóveis, veículos e outros ativos pertencentes ao executado. Ademais, o art. 845, §1º, do CPC/2015, autoriza a penhora por termo nos autos, inclusive de veículos automotores, independentemente de sua localização, desde que haja comprovação de sua existência.

O princípio da menor onerosidade ao executado, previsto no CPC/2015, art. 805, não é absoluto, devendo ser ponderado com o direito do credor à satisfação de seu crédito. Nesse sentido, a execução deve ser célere e efetiva, conforme preconizam os princípios da efetividade e da economia processual.

Portanto, considerando a ausência de pagamento voluntário, bem como a inexistência de bens indicados pelo executado, requer-se a penhora de bens móveis, veículos ou quaisquer outros ativos pertencentes ao devedor, conforme permitido pela legislação processual.

JURISPRUDÊNCIAS

1. TJSP (34ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento 2307295-44.2024.8.26.0000

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Aqui está uma simulação de voto de magistrado, formatada em HTML, baseada no documento jurídico fornecido: Simulação de Voto

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de execução ajuizada por [NOME DO EXEQUENTE], com fundamento em título executivo extrajudicial, em face de [NOME DO EXECUTADO]. Alega o exequente que, mesmo após a citação do executado, não houve pagamento do débito, tampouco a indicação de bens passíveis de penhora. Assim, requer a penhora de bens do executado, com fundamento nos artigos 797, 835 e 845 do Código de Processo Civil de 2015.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade". Assim, passo a fundamentar meu voto à luz dos fatos narrados e do ordenamento jurídico aplicável à espécie.

1. Da Obrigação do Executado

Conforme preceitua o art. 789 do Código de Processo Civil, "o devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei". No caso em tela, o executado não realizou o pagamento voluntário da dívida e não indicou bens passíveis de penhora, demonstrando desinteresse em cumprir com a obrigação assumida.

2. Da Ordem de Penhora

O art. 835 do CPC/2015 estabelece a ordem preferencial dos bens a serem penhorados, começando pelo dinheiro, seguido de bens móveis, imóveis, veículos e outros ativos. Ademais, o art. 845, §1º, autoriza a penhora por termo nos autos, inclusive de veículos automotores, independentemente de sua localização, desde que haja prova de sua existência.

Com base no princípio da efetividade da execução, consagrado no art. 797 do CPC, entendo ser cabível a penhora dos bens indicados pelo exequente ou daqueles que possam ser localizados mediante diligências judiciais, inclusive "portas adentro", conforme consolidado em jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo.

3. Da Menor Onerosidade

Embora o art. 805 do CPC estabeleça o princípio da menor onerosidade ao executado, tal princípio não é absoluto, devendo ser ponderado com o direito do credor à satisfação de seu crédito. A execução, portanto, deve ser realizada de forma célere e efetiva, garantindo a observância dos princípios da economia processual e da boa-fé.

4. Da Jurisprudência

Os Tribunais Pátrios têm se posicionado no sentido de que, frustradas as tentativas de localização de bens do executado, é possível a penhora de bens móveis situados em sua residência ou de veículos automotores registrados em seu nome, conforme demonstram os seguintes precedentes:

  • TJSP, 34ª Câmara de Direito Privado - AI nº Acórdão/TJSP: "Frustradas todas as tentativas anteriores de constrição de bens e ativos financeiros do devedor, [...] não há óbice para que se promova a penhora 'portas adentro' [...]".
  • TJSP, 4ª Câmara de Direito Privado - AI nº Acórdão/TJSP: "Nos termos do art. 845, §1º, do CPC, é possível a penhora de automóvel por termo nos autos [...]".
  • TJSP, 15ª Câmara de Direito Privado - AI nº Acórdão/TJSP: "Execução - Diligências infrutíferas - Penhora de bens situados na residência do executado - Possibilidade [...]".

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento nos artigos 789, 797, 835 e 845 do Código de Processo Civil de 2015, bem como no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto no sentido de dar procedência ao pedido, nos seguintes termos:

  1. Determinar a expedição de mandado de penhora e avaliação de bens pertencentes ao executado, incluindo bens móveis, imóveis, veículos automotores ou quaisquer outros ativos localizáveis;
  2. Autorizar, caso necessário, a penhora "portas adentro" para garantir a efetividade da execução;
  3. Intimar o executado para, querendo, manifestar-se sobre a penhora realizada, no prazo legal;
  4. Condenar o executado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC.

É como voto.

[Nome do Magistrado]

Juiz de Direito

Esse voto simulado está fundamentado nos artigos da Constituição Federal e do Código de Processo Civil mencionados no documento fornecido, com análise hermenêutica dos fatos e do direito aplicável. O resultado do julgamento foi dar procedência ao pedido do exequente.

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