Modelo de Queixa-Crime por Lesão Corporal Leve e Vias de Fato com Fundamentação no Código Penal e Constituição Federal

Publicado em: 13/02/2024 Direito Penal
Este documento apresenta uma queixa-crime ajuizada pelo querelante em face do querelado, em razão de agressão física (tapa no rosto) e afronta à integridade física e moral do autor. A peça fundamenta-se nos crimes descritos nos artigos 129 e 21 do Código Penal, bem como na garantia constitucional de integridade física e moral prevista no art. 5º, inciso III, da Constituição Federal. A ação é de iniciativa privada, conforme o artigo 30 do Código de Processo Penal, respeitando os requisitos formais previstos no artigo 44 do CPP e o prazo decadencial de seis meses. Além disso, o documento faz uso de jurisprudências que reforçam a necessidade de observância das formalidades legais para a admissão da queixa-crime. Por fim, solicita a citação do querelado, a designação de audiência de conciliação, e a condenação do mesmo pelos crimes apontados, com aplicação das penas cabíveis.

QUEIXA-CRIME

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de __________.

Querelante: A. J. dos S., brasileiro, proprietário de imóvel, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.

Querelado: M. F. de S. L., brasileiro(a), profissão __________, portador(a) do CPF nº __________, residente e domiciliado(a) na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.

DOS FATOS

No dia ___ de __________ de 20__, por volta das ___ horas, o querelante, proprietário do imóvel alugado ao inquilino Sr(a). __________, dirigiu-se ao local para reclamar sobre o excesso de barulho que perturbava a paz pública, proveniente da parte ideal locada no mesmo imóvel. Durante a tentativa de diálogo, o querelado, que estava presente no local como visitante do inquilino, desferiu um tapa no rosto do querelante, causando-lhe constrangimento, dor e humilhação.

Tal conduta configura agressão física e afronta à honra e à integridade física do querelante, sendo necessária a responsabilização penal do querelado pelos atos praticados.

DO DIREITO

A conduta do querelado caracteriza, em tese, o crime de lesão corporal leve, previsto no CP, art. 129, caput, bem como o crime de vias de fato, conforme o CP, art. 21. Além disso, a agressão física praticada pelo querelado também viola o direito à integridade física e moral do querelante, garantido pelo CF/88, art. 5º, III.

Ressalte-se que a ação penal para os crimes mencionados é de iniciativa privada, conforme o disposto no CPP, art. 30, cabendo ao ofendido, ou a quem tenha qualidade para representá-lo, promover a queixa-crime no prazo decadencial de seis meses, nos termos do CPP, art. 38.

Ademais, a jurisprudência pacífica dos tribunais reforça a necessidade de observância dos requisitos formais da queixa-crime, como a descrição sucinta dos fatos e a regularidade da procuração, conform"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de queixa-crime apresentada por A. J. dos S. em face de M. F. de S. L., na qual se narra que, no dia ___ de __________ de 20__, o querelado desferiu um tapa no rosto do querelante durante uma tentativa de diálogo acerca de barulhos provenientes de parte ideal locada de um imóvel. A conduta do querelado teria causado constrangimento, dor e humilhação ao querelante, configurando, em tese, os crimes de lesão corporal leve e vias de fato.

Fundamentação

Inicialmente, registro que a apreciação desta matéria observa os preceitos estabelecidos pelo art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que determina que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas.

Os fatos narrados na inicial configuram, em tese, a prática de condutas tipificadas no art. 129, caput, do Código Penal (lesão corporal leve) e no art. 21 do mesmo diploma legal (vias de fato). Além disso, a agressão física praticada pelo querelado afronta direitos fundamentais do querelante, como a integridade física e moral, garantidos pelo art. 5º, III, da Constituição Federal.

A ação penal para os crimes mencionados é de iniciativa privada, conforme o art. 30 do Código de Processo Penal, o que exige a apresentação de queixa-crime no prazo de seis meses, nos termos do art. 38 do CPP. No caso em análise, verifica-se que a queixa-crime foi proposta dentro do prazo decadencial, contendo a descrição dos fatos e os elementos essenciais para sua admissibilidade, atendendo ao disposto no art. 44 do CPP.

A jurisprudência dos tribunais reforça a importância do cumprimento dos requisitos formais da queixa-crime e do respeito ao prazo decadencial. Nesse sentido:

  • TJSP (1ª Turma Cível e Criminal) - Apelação Criminal Acórdão/TJSP: "A ausência de referência realizada pelo querelante na procuração quanto ao fato criminoso não cumpre a obrigação estabelecida no CPP, art. 44, revelando-se escorreita a rejeição da queixa-crime."
  • TJSP (1ª Turma Recursal Criminal) - Apelação Criminal / Difamação Acórdão/TJSP: "A mera indicação do artigo de lei como do nomen juris dos crimes no qual incidiu, em tese, o querelado é suficiente para suprir a exigência do CPP, art. 44."
  • TJSP (9ª Câmara de Direito Criminal) - Recurso em Sentido Estrito Acórdão/TJSP: "Para o recebimento da queixa-crime, é indispensável a sua condição de procedibilidade para o exercício da ação penal, devendo ser oferecida dentro do prazo decadencial de 06 meses, conforme o CPP, art. 38."

No caso em questão, a descrição dos fatos é suficiente para a análise preliminar de admissibilidade da ação penal, inexistindo vícios que impeçam o prosseguimento da demanda.

Voto

Diante do exposto, conheço da queixa-crime apresentada por A. J. dos S., por preencher os requisitos legais e estar em conformidade com o prazo decadencial previsto no art. 38 do CPP.

No mérito, reconheço a existência de indícios suficientes da prática dos crimes de lesão corporal leve (art. 129, caput, do CP) e vias de fato (art. 21 do CP), o que justifica o prosseguimento da ação penal privada. Determino o recebimento da queixa-crime e a citação do querelado para responder aos termos da ação penal.

Por fim, determino a designação de audiência de conciliação, nos termos do art. 520 do CPP, a fim de buscar a solução consensual do conflito, se cabível.

Conclusão

Assim, voto pelo recebimento da queixa-crime, com o prosseguimento da ação penal nos termos indicados.

É como voto.

Local e data.

___________________________
Magistrado
Nome completo
Cargo


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