Modelo de Recurso de Apelação em Ação de Reintegração de Posse com Alegação de Esbulho

Publicado em: 17/09/2024 CivelProcesso Civil
Modelo de recurso de apelação em ação de reintegração de posse, com fundamento na ausência de prova de esbulho e na posse legítima do imóvel pela apelante, idosa e vulnerável.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Apelante: [Nome da Requerida]
Apelado: [Nome da Autora]
Processo nº: _______

A Apelante, [Nome da Requerida], devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado ao final assinado, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 1.009, interpor

RECURSO DE APELAÇÃO

em face da sentença que julgou procedente a Ação de Reintegração de Posse movida por [Nome da Autora], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos, requerendo o regular processamento deste recurso e a sua remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça.

1. DOS FATOS

A apelante nunca perdeu a posse legítima do imóvel em questão, o qual foi objeto de uma partilha de divórcio anterior ao falecimento do genitor das autoras, sendo este partilhado 6 anos antes de sua morte. Durante anos, o genitor das autoras impediu a apelante de usufruir de seus direitos sobre o imóvel, mesmo após o divórcio, retendo a posse de maneira indevida, conforme provas colhidas durante o processo.

O falecido genitor das autoras residiu no imóvel em questão até seu falecimento, e, em momento algum, transferiu a posse do imóvel para as autoras, como estas alegam. A apelante, que tinha locatários no imóvel e possuía provas de que o falecido havia prometido retirar suas ferramentas e maquinários, nunca realizou qualquer ato de esbulho, tendo permanecido com a posse do imóvel em questão.

Além disso, o juízo de primeira instância desconsiderou as testemunhas da apelante e os documentos que comprovam a irregularidade na alegação das autoras, que nunca tiveram posse ou convivência com o falecido nos últimos anos de sua vida. A decisão impediu a realização de audiência presencial e negou a gratuidade da justiça à apelante, pessoa idosa e de poucos recursos, condenando-a ao pagamento de sucumbência.

2. DO DIREITO

A decisão de primeira instância deve ser reformada, uma vez que incorreu em erro ao desconsiderar os seguintes pontos:

2.1. Da Posse Legítima da Apelante

A apelante sempre teve a posse legítima do imóvel, que foi partilhado durante o divórcio com o falecido, genitor das autoras, conforme CPC/2015, art. 1.210. O falecido jamais entregou a posse às autoras, tendo, inclusive, prometido à apelante"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO

Este recurso de apelação busca reformar a sentença que julgou procedente a Ação de Reintegração de Posse. A apelante, que sempre manteve a posse legítima do imóvel em questão, foi condenada indevidamente, sem que houvesse prova de esbulho ou qualquer ato que justificasse a reintegração das autoras. A ação discute ainda a condição de vulnerabilidade da apelante, que depende do imóvel para sua subsistência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O recurso visa corrigir erro manifesto da sentença, que ignorou provas relevantes e desconsiderou os direitos da apelante, especialmente no que diz respeito à sua posse legítima e à condição de idosa vulnerável.

TÍTULO:
RECURSO DE APELAÇÃO EM AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE POR AUSÊNCIA DE PROVA DE ESBULHO E POSSE LEGÍTIMA


1. Introdução

O recurso de apelação visa reformar a decisão de primeira instância que determinou a reintegração de posse em favor da parte contrária. A apelante, idosa e em condição de vulnerabilidade, alega que não houve prova suficiente do esbulho. Além disso, destaca-se a sua posse legítima do imóvel há muitos anos, amparada pelo direito de propriedade e pelo princípio da função social da posse, conforme previsto na legislação brasileira. Busca-se com este recurso a revisão da sentença em favor da apelante.

Legislação:

CPC/2015, art. 994 - Recurso de apelação.

CF/88, art. 5º, XXII - Direito à propriedade.

Jurisprudência:

Recurso de Apelação em Reintegração de Posse

Posse Legítima


2. Recurso de Apelação

O recurso de apelação é o meio adequado para revisar a decisão proferida no juízo de primeira instância, onde se busca a reconsideração dos fatos e provas que não foram devidamente apreciados. A apelante, por meio deste recurso, questiona a legalidade da decisão de reintegração de posse, argumentando que não houve comprovação de esbulho. O recurso também fundamenta-se na legitimidade da posse da apelante, que habita o imóvel por longo período.

Legislação:

CPC/2015, art. 1.009 - Cabimento do recurso de apelação.

CPC/2015, art. 1.013 - Efeitos devolutivo e suspensivo da apelação.

Jurisprudência:

Recurso de Apelação

Apelação em Ações de Posse


3. Reintegração de Posse

A ação de reintegração de posse requer, entre outros requisitos, a comprovação do esbulho, que consiste na retirada forçada da posse legítima do imóvel por terceiros. A apelante contesta a decisão de reintegração, alegando que não houve qualquer conduta ou prova capaz de demonstrar o esbulho possessório por parte da autora da ação, caracterizando a inexistência dos requisitos legais necessários para o deferimento da reintegração.

Legislação:

CCB/2002, art. 1.210 - Definição e proteção da posse.

CPC/2015, art. 560 - Requisitos para a concessão da reintegração de posse.

Jurisprudência:

Reintegração de Posse

Esbulho Possessório


4. Esbulho

O esbulho é um dos requisitos essenciais para a procedência de uma ação de reintegração de posse, consistindo na violação ou retirada forçada da posse legítima de um imóvel. A apelante argumenta que, no caso em questão, não houve esbulho comprovado, uma vez que não foi produzida prova documental ou testemunhal suficiente para justificar a reintegração. A ausência de prova sólida do esbulho implica na improcedência da ação de reintegração de posse.

Legislação:

CCB/2002, art. 1.210 - Esbulho possessório.

CPC/2015, art. 561 - Prova do esbulho em ação possessória.

Jurisprudência:

Prova de Esbulho

Ausência de Esbulho


5. Justiça Gratuita

Diante da situação de vulnerabilidade da apelante, idosa e com insuficiência financeira, requer-se a concessão dos benefícios da justiça gratuita, conforme garantido pelo CPC/2015, art. 98. A concessão da justiça gratuita visa assegurar o acesso da apelante ao Poder Judiciário, garantindo a proteção de seus direitos, sem a imposição de custos processuais que inviabilizariam a defesa de sua posse legítima.

Legislação:

CPC/2015, art. 98 - Concessão da justiça gratuita.

CF/88, art. 5º, LXXIV - Assistência jurídica integral e gratuita.

Jurisprudência:

Justiça Gratuita

Assistência Jurídica Gratuita


6. Posse Legítima

A apelante detém a posse legítima do imóvel há muitos anos, cumprindo a função social da posse, conforme previsto no ordenamento jurídico. A posse de longa data e sem contestação anterior reforça o seu direito de permanência no imóvel. A decisão de reintegração de posse, sem que houvesse esbulho comprovado, é um erro que fere os princípios do direito de posse e propriedade.

Legislação:

CCB/2002, art. 1.196 - Posse legítima.

CF/88, art. 5º, XXIII - Função social da propriedade.

Jurisprudência:

Posse Legítima

Função Social da Posse


7. Direito de Propriedade

O direito de propriedade é protegido pela CF/88, art. 5º, XXII, e a apelante, como legítima possuidora do imóvel, tem esse direito assegurado. A decisão que reintegrou a posse ao autor sem a devida comprovação de esbulho viola o direito de propriedade da apelante, que há anos reside no imóvel e preenche os requisitos para manter a posse. A função social da propriedade também deve ser considerada, uma vez que o imóvel é utilizado para moradia, protegendo os direitos da apelante.

Legislação:

CF/88, art. 5º, XXII - Direito de propriedade.

CCB/2002, art. 1.228 - Direito de propriedade.

Jurisprudência:

Direito de Propriedade

Função Social da Propriedade


8. Vulnerabilidade

A apelante é uma pessoa idosa e em situação de vulnerabilidade, o que reforça a necessidade de proteção de sua posse e moradia. O Estatuto do Idoso ( Lei 10.741/2003) e o CPC/2015 garantem tratamento diferenciado e prioritário para pessoas em condição de vulnerabilidade, especialmente em casos como este, onde está em jogo o direito à moradia. A decisão de reintegração, sem a devida análise da vulnerabilidade da apelante, desconsidera os princípios da dignidade da pessoa humana e da proteção ao idoso.

Legislação:

Lei 10.741/2003, art. 3º - Proteção ao idoso e seus direitos fundamentais.

CF/88, art. 230 - Amparo ao idoso.

Jurisprudência:

Vulnerabilidade do Idoso

Proteção ao Idoso


9. Considerações Finais

Diante dos fundamentos expostos, requer-se que o presente recurso de apelação seja conhecido e provido, reformando-se a decisão de primeira instância que determinou a reintegração de posse em favor do autor. A apelante, como possuidora legítima do imóvel, demonstrou que não houve esbulho comprovado e que a manutenção de sua posse é necessária, considerando sua situação de vulnerabilidade e o exercício do direito de propriedade. Requer-se ainda a concessão da justiça gratuita, em razão de sua insuficiência financeira.

Legislação:

CF/88, art. 5º, XXII e XXIII - Direito de propriedade e função social da propriedade.

CPC/2015, art. 98 - Justiça gratuita.

Jurisprudência:

Apelação em Reintegração de Posse

Posse Legítima em Apelação


 


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