Modelo de Recurso Especial Interposto pelo Ministério Público contra Acórdão que Condenou Réu por Conduta Homofóbica Equiparada a Racismo

Publicado em: 20/03/2025 Constitucional Advogado Direito Penal Processo Penal
Este documento apresenta as razões de um Recurso Especial interposto pelo Ministério Público, com fundamento na CF/88, art. 105, III, \"a\" e \"c\", contra acórdão que reformou a sentença de absolvição do réu J. da S., condenando-o por conduta homofóbica, equiparada ao crime de racismo, conforme jurisprudência do STF. O recurso busca a análise da dosimetria da pena e a fixação de reparação de danos morais coletivos, destacando os limites da liberdade de expressão e a aplicação da jurisprudência consolidada sobre a equiparação da homofobia ao racismo.

RECURSO ESPECIAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO [INSERIR ESTADO]

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Recorrente: Ministério Público

Recorrido: J. da S.

Origem: [INSERIR VARA DE ORIGEM]

PREÂMBULO

O Ministério Público, nos autos da ação penal movida contra J. da S., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO ESPECIAL, com fundamento na CF/88, art. 105, III, "a" e "c", contra o acórdão proferido pela [INSERIR CÂMARA OU TURMA DO TRIBUNAL], que reformou a sentença de absolvição do recorrido, condenando-o pela prática de conduta homofóbica, equiparada ao crime de racismo, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Requer-se a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça, com as razões anexas, para que seja dado provimento ao presente recurso.

Termos em que,

Pede deferimento.

[LOCAL], [DATA]

[NOME DO PROCURADOR]

Procurador de Justiça

RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL

Recorrente: Ministério Público

Recorrido: J. da S.

COLENDA CORTE

1. DOS FATOS

O presente recurso especial decorre de ação penal movida contra J. da S., acusado de praticar, induzir e incitar discriminação e preconceito contra pessoas homossexuais, com base em comentário realizado em matéria publicada no site UOL. A denúncia foi recebida, e o réu apresentou defesa. Durante a instrução processual, o réu foi interrogado e uma testemunha foi ouvida.

Em primeira instância, o juízo absolveu o réu, entendendo que não havia provas suficientes para demonstrar o dolo específico de incitar discriminação ou preconceito contra a comunidade LGBT, considerando a conduta como manifestação de opinião protegida pela liberdade de expressão (CF/88, art. 5º, IV).

O Ministério Público interpôs recurso de apelação, e o Tribunal de Justiça reformou a sentença, condenando o réu por conduta homofóbica, equiparada ao crime de racismo, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (ADO 26 e MI 4733).

2. DO DIREITO

O acórdão recorrido violou dispositivos legais e constitucionais, especialmente no que tange à interpretação e aplicação da liberdade de expressão e à equiparação da homofobia ao crime de racismo.

2.1. DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A liberdade de expressão, garantida pela CF/88, art. 5º, IV, não é absoluta e encontra limites nos direitos fundamentais de terceiros, como a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e a vedação à discriminação (CF/88, art. 3º, IV). A manifestação do recorrido extra"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimos Senhores Desembargadores,

Trata-se de recurso especial interposto pelo Ministério Público contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado [INSERIR ESTADO], que reformou a sentença de absolvição do recorrido, J. da S., condenando-o pela prática de conduta homofóbica, equiparada ao crime de racismo, conforme entendimento consolidado no julgamento da ADO 26 e do MI 4733 pelo Supremo Tribunal Federal.

1. Dos fatos e fundamentos

Os autos narram que o recorrido, J. da S., foi acusado de praticar, induzir e incitar discriminação e preconceito contra pessoas homossexuais, com base em comentário publicado em matéria veiculada no site UOL. Em primeira instância, o juízo absolveu o réu, sob o fundamento de que a conduta estaria protegida pela liberdade de expressão (CF/88, art. 5º, IV), por considerar inexistir dolo específico.

Contudo, em sede de apelação, o Tribunal de Justiça reformou a sentença, reconhecendo o caráter discriminatório da manifestação e condenando o recorrido, aplicando a equiparação da homofobia ao racismo, conforme jurisprudência do STF.

2. Da análise jurídica

Nos termos da CF/88, art. 93, IX, a fundamentação das decisões judiciais é requisito essencial para o exercício da jurisdição, garantindo-se a transparência e a legitimidade do pronunciamento judicial.

2.1. Da liberdade de expressão

A liberdade de expressão, prevista na CF/88, art. 5º, IV, não possui caráter absoluto, encontrando seus limites nos direitos fundamentais de terceiros, como a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e a vedação à discriminação (CF/88, art. 3º, IV). A manifestação do recorrido extrapolou os limites da liberdade de expressão ao configurar discurso de ódio, o qual não é protegido pela ordem constitucional vigente.

2.2. Da equiparação da homofobia ao racismo

Conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal nas ações ADO 26 e MI 4733, as práticas homofóbicas e transfóbicas configuram crime de racismo, nos termos da Lei 7.716/1989. A decisão do Tribunal de Justiça está em consonância com esse entendimento, aplicando corretamente os dispositivos legais e constitucionais ao caso concreto.

2.3. Da dosimetria da pena

Embora o acórdão de segunda instância tenha corretamente condenado o recorrido, faz-se necessária a análise da dosimetria da pena, bem como a fixação de reparação de danos morais coletivos, conforme prevê a Lei 7.716/1989, art. 20, § 2º, em razão do impacto social e coletivo da conduta praticada.

3. Conclusão

Ante o exposto, com fundamento nos princípios da dignidade da pessoa humana, da vedação à discriminação e na jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal, voto pelo conhecimento e provimento do recurso especial, para que:

  • Seja mantida a condenação do recorrido, J. da S., pela prática de conduta homofóbica, equiparada ao crime de racismo;
  • Seja determinada a análise da dosimetria da pena, com eventual agravamento, caso necessário;
  • Seja fixada reparação de danos morais coletivos, conforme prevê a Lei 7.716/1989, art. 20, § 2º.

É como voto.

4. Fundamentação

Em atenção a CF/88, art. 93, IX, esta decisão encontra respaldo nos seguintes dispositivos e precedentes:

5. Termos finais

Diante da relevância do caso e do impacto social da decisão, espera-se que esta Colenda Corte promova a justiça e reafirme os valores fundamentais consagrados pela CF/88.

É como voto.


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