Modelo de Recurso Especial para Garantir Execução Menos Gravosa e Preservação da Atividade Empresarial

Publicado em: 25/11/2024 Processo CivilEmpresa
Este recurso especial visa reformar decisão que determinou a penhora de ativos financeiros pelo sistema "teimosinha" durante 30 dias consecutivos, em processo de execução extrajudicial. A recorrente argumenta que a medida é desproporcional e compromete a continuidade da atividade empresarial, afetando não apenas a empresa, mas também seus colaboradores e fornecedores. O pedido busca que a execução ocorra de forma menos gravosa, em conformidade com os princípios da função social da empresa e da propriedade, preservando a estabilidade financeira e operacional do negócio.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) MINISTRO(A) PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Processo nº: ___________
Recorrente: Empresa XYZ Ltda.
Recorrido: ___________
Endereço Eletrônico (Recorrente): [email protected]

RECURSO ESPECIAL

EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

I - DOS FATOS

Trata-se de execução extrajudicial em que foi determinada a busca de ativos financeiros da recorrente por meio do sistema "teimosinha" pelo período de 30 dias consecutivos. A medida foi determinada de forma a reiterar bloqueios em contas bancárias da empresa recorrente, com o intuito de garantir o cumprimento da obrigação exequenda.

A recorrente, Empresa XYZ Ltda., interpôs agravo de instrumento, alegando que a ordem de bloqueio reiterado de ativos bancários deveria ser utilizada somente em casos extremos e após esgotadas todas as outras formas de localização de bens para garantia da execução, uma vez que tal medida traria graves consequências à atividade empresarial, colocando em risco a sua existência e comprometendo o pagamento de seus colaboradores e credores. A recorrente argumentou que tal bloqueio de ativos traria impactos profundos, comprometendo não apenas a manutenção de suas operações regulares, mas também afetando diretamente sua reputação e relação com fornecedores, parceiros e funcionários. A penhora contínua durante um período tão extenso compromete toda a estrutura empresarial, levando à paralisação de atividades e inviabilizando a continuidade do negócio.

Além disso, a empresa recorrente alegou que, durante o período de penhora, ficaria impossibilitada de realizar pagamentos essenciais para manter sua atividade operacional, incluindo o pagamento de salários, tributos e compromissos contratuais assumidos com terceiros. Ressaltou ainda que o bloqueio de todos os recebíveis por um período de 30 dias consecutivos poderia gerar um efeito dominó de inadimplência, levando ao descumprimento de outras obrigações contratuais, o que poderia culminar em um processo de insolvência e, por conseguinte, na falência da empresa.

No entanto, o agravo foi julgado improcedente, mantendo-se a decisão que determinou a penhora de ativos pelo período de 30 dias consecutivos, sem qualquer avaliação dos impactos que tal medida poderia causar na continuidade das atividades empresariais da recorrente. Tal decisão foi proferida sem considerar adequadamente os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, princípios esses que deveriam nortear a execução e garantir que o devedor não fosse submetido a um sacrifício desproporcional e inviável para a manutenção de sua atividade econômica.

II - DO DIREITO

A decisão impugnada contraria dispositivos legais que visam garantir que a execução se dê de forma menos gravosa ao devedor, preservando a atividade empresarial e respeitando os princípios da função social da propriedade e da empresa, conforme disposto no CPC/2015, art. 805 e art. 866.

O CPC/2015, art. 805 estabelece que o juiz deverá determinar que a execução seja realizada da forma menos gravosa para o devedor. Nesse sentido, a penhora de 100% dos recebíveis da empresa recorrente pelo período de 30 dias consecutivos é claramente desproporcional e contrária ao espírito do dispositivo legal, pois inviabiliza a continuidade das atividades empresariais, comprometendo a saúde financeira da empresa e colocando em risco não apenas a recorrente, mas também seus colaboradores e demais credores. Ressalte-se que a atividade empresarial é essencial não apenas para a recorrente, mas também para toda a comunidade de trabalhadores, fornecedores e clientes que dela dependem, sendo necessário que a execução busque o equilíbrio entre a satisfação do credor e a manutenção da atividade econômica do devedor.

Ademais, o CPC/2015, art. 866 prevê que a penhora sobre dinheiro deve observar o princípio da razoabilidade, garantindo que não seja imposto ao devedor um sacrifício desmedido e desnecessário à satisfação do crédito. No caso concreto, a penhora de 100% d"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Fatos: A Empresa XYZ Ltda., recorrente, foi submetida a uma ordem judicial de penhora de seus ativos financeiros pelo sistema "teimosinha", com o bloqueio dos valores por 30 dias consecutivos, como forma de garantir a execução da obrigação que lhe é devida. A empresa alegou que tal medida é excessiva e pode comprometer de forma significativa a continuidade de suas atividades empresariais, colocando em risco o pagamento de colaboradores e compromissos financeiros essenciais – o que, por sua vez, pode levar à insolvência e à falência. A recorrente argumentou que a medida viola princípios como o da proporcionalidade, razão pela qual deve ser substituída por outra menos onerosa, em consonância com os princípios da função social da empresa.

A decisão do tribunal de origem foi desfavorável, mantendo a ordem de penhora por 30 dias, o que levou a Empresa XYZ Ltda. a interpor o presente Recurso Especial ao Superior Tribunal de Justiça. A decisão impugnada não levou em consideração o impacto que o bloqueio de todos os recebíveis pode causar sobre a saúde financeira da empresa e a continuidade de suas atividades operacionais.

Direito: A decisão recorrida afronta dispositivos do CPC/2015, que prevê a necessidade de garantir que a execução se dê de forma menos gravosa ao devedor (art. 805). O artigo 805 está alinhado ao princípio da preservação da atividade empresarial, o qual é amparado pelo princípio constitucional da função social da empresa, conforme CF/88, art. 170, III, e art. 5º, XXII. Esses princípios são essenciais para assegurar a manutenção da atividade econômica, que gera emprego e contribui para o desenvolvimento da sociedade. Ademais, o art. 866 do CPC/2015 impõe que a penhora sobre dinheiro não seja excessiva a ponto de inviabilizar a existência do devedor.

Defesa Oposta pela Parte Contrária: A parte exequente pode argumentar que, como credor, tem direito à satisfação integral de seu crédito, e que as medidas de penhora impostas são necessárias para garantir o adimplemento da dívida. Pode alegar ainda que outros meios de execução não se mostraram eficazes, justificando, portanto, a necessidade de utilizar o bloqueio reiterado de ativos financeiros para a segurança do cumprimento da obrigação. Também pode sustentar que não foram apresentados documentos suficientes para comprovar a alegada inviabilidade financeira da empresa.

Conceitos e Definições:

  1. Execução Menos Gravosa: A execução deve ser realizada de modo a causar o menor impacto possível ao devedor, considerando o princípio da proporcionalidade e a possibilidade de conciliar os interesses do credor com a manutenção das atividades do devedor.

  2. Função Social da Empresa: Princípio previsto na Constituição Federal que visa garantir que a atividade empresarial não seja apenas lucrativa, mas também contribua para o desenvolvimento da sociedade, preservando empregos e movimentando a economia.

  3. Sistema "Teimosinha": Ferramenta utilizada pelo Poder Judiciário para penhorar repetidamente valores encontrados em contas bancárias do devedor, em periódo de tempo determinado, até que o montante da dívida seja atingido.

Considerações Finais: O presente recurso visa a reforma da decisão que impõs a penhora reiterada dos recebíveis da empresa recorrente, a fim de garantir que a execução se dê de maneira equilibrada e proporcional, resguardando a continuidade da atividade empresarial e a função social da empresa. A decisão recorrida não considerou adequadamente os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, expondo a empresa a um risco iminente de falência, o que prejudica não apenas a recorrente, mas também seus colaboradores e fornecedores.


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