Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Cobrança de Valores Indevidos contra AAPEN

Publicado em: 11/10/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
Modelo de réplica à contestação em ação de cobrança de valores indevidos contra a Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN). A peça processual aborda a existência de relação de consumo, a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, o direito à repetição do indébito em dobro, e a necessidade de reparação por danos morais. Traz fundamentação legal, constitucional, princípios jurídicos e defesas possíveis para o caso.

AO JUÍZO DE DIREITO DA 13ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACAJU - SE.

PROCESSO Nº: [número do processo]
AUTOR(A): J. F. A. V.
RÉU: ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS NACIONAL - AAPEN

J. F. A. V., já devidamente qualificado, por intermédio de seu procurador infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar:

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

oferida pela ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS NACIONAL - AAPEN.

I. DOS FATOS E DO DIREITO

Em sede de contestação, a parte ré alega, inicialmente, que não há relação de consumo entre a Associação e o autor, pois a primeira se trata de uma entidade civil sem fins lucrativos, não atuando no mercado de consumo. Ademais, alega que o autor não demonstrou o interesse processual, na medida em que não houve esgotamento das vias administrativas antes do ajuizamento da presente demanda.

Todavia, tais argumentos não merecem prosperar, conforme será demonstrado a seguir.

II. DOS PRINCÍPIOS QUE REGEM O INSTITUTO JURÍDICO EM QUESTÃO

Os princípios que regem o instituto jurídico relacionado à presente demanda são os seguintes:

  1. Princípio da Boa-fé Objetiva: Conforme prevê o CCB/2002, art. 422, todas as partes contratantes devem agir com lealdade e cooperação.

  2. Princípio da Proteção ao Consumidor: O CDC/1990 tem como um de seus principais objetivos proteger o consumidor contra práticas abusivas. Neste caso, aplica-se o CDC/1990, art. 6º, que prevê a possibilidade de repetição do indébito.

  3. Princípio da Função Social dos Contratos: Os contratos devem cumprir sua função social, promovendo a harmonia entre os interesses das partes contratantes (CCB/2002, art. 421).

III. DO INTERESSE DE AGIR

A parte autora tem interesse de agir, uma vez que os descontos indevidos não cessaram e, ao procurar a Associação para resolver admini"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DOS FATOS E DO DIREITO

O presente caso versa sobre descontos indevidos realizados pela Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional - AAPEN, que, sem autorização do autor, efetuou cobranças mensais em seu benefício previdenciário, no valor de R$ 42,57. O autor afirma que não é associado à AAPEN, motivo pelo qual requereu a devolução dos valores descontados indevidamente em dobro, conforme prevê o CDC/1990, art. 42, parágrafo único, bem como danos morais no valor de R$ 10.000,00, pela ofensa ao seu direito patrimonial e à sua dignidade.

Em sua contestação, a ré argumenta a inexistência de relação de consumo, uma vez que se trata de uma entidade civil sem fins lucrativos, não havendo, portanto, aplicação do CDC ao caso. Além disso, alega a ausência de interesse de agir, devido ao não esgotamento das vias administrativas.

Todavia, restou demonstrado que houve uma prestação de serviço pela ré, mediante a cobrança de contribuições, enquadrando-a como fornecedora para os efeitos do CDC/1990. Ademais, a tentativa de solução extrajudicial foi inexitosa, configurando a necessidade do ajuizamento da presente ação.

Portanto, diante dos argumentos apresentados, restou demonstrada a existência de relação de consumo e o direito do autor à devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente, bem como ao recebimento de indenização por danos morais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente réplica demonstra a pertinência dos argumentos autorais frente à tentativa da ré de afastar sua responsabilidade pelas cobranças indevidas. A aplicação do CDC se justifica diante da natureza da relação entre as partes e dos princípios que regem o instituto jurídico, visando garantir o acesso à justiça e a proteção dos direitos do consumidor. Em razão disso, é imprescindível que as ilegalidades praticadas sejam devidamente reparadas, de modo a restabelecer o equilíbrio e a segurança jurídica na relação contratual.



TÍTULO:
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO EM AÇÃO DE COBRANÇA DE VALORES INDEVIDOS CONTRA A ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS NACIONAL (AAPEN)


1. Introdução

A presente réplica à contestação, interposta em face da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN), visa refutar os argumentos apresentados pela ré, reafirmando o direito da parte autora à restituição dos valores indevidamente cobrados, bem como à reparação por danos morais sofridos. Fundamenta-se na existência de uma relação de consumo e na aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC). O autor reforça, ainda, a repetição do indébito em dobro, conforme previsto no CDC, e a necessidade de assegurar a devida compensação pelos prejuízos causados.

Legislação:
CDC, art. 6º, III — Direito à informação e proteção contra práticas abusivas.
CDC, art. 42, parágrafo único — Repetição do indébito em dobro.
CF/88, art. 5º, XXXII — Defesa do consumidor como direito fundamental.

Jurisprudência:
Cobrança Indevida e Relação de Consumo
Repetição de Indébito em Dobro
Danos Morais em Relação de Consumo


2. Réplica à Contestação

A contestação apresentada pela ré AAPEN carece de fundamento jurídico sólido ao alegar a inexistência de relação de consumo e ao negar o caráter abusivo da cobrança efetuada. Conforme o CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, a associação de aposentados, ainda que sem fins lucrativos, enquadra-se na definição de fornecedora quando oferece serviços a seus associados, o que configura uma relação de consumo. Portanto, aplica-se integralmente o CDC para proteger os direitos do autor, que foi cobrado indevidamente.

Legislação:
CDC, art. 2º — Definição de consumidor.
CDC, art. 3º — Definição de fornecedor e relação de consumo.
CF/88, art. 5º, XXXII — Defesa do consumidor.

Jurisprudência:
Aplicação do CDC em Relações de Consumo
Associações e Relação de Consumo
Associação como Fornecedor de Serviços


3. Cobrança Indevida

A cobrança indevida constitui uma prática abusiva, expressamente vedada pelo CDC, art. 42. No presente caso, a AAPEN efetuou débitos não autorizados na conta bancária do autor, configurando-se a ilegalidade da conduta. O autor é titular do direito à repetição do indébito, com base no parágrafo único do CDC, art. 42, que determina a devolução em dobro dos valores pagos, salvo engano justificável, o que não se verifica na presente demanda.

Legislação:
CDC, art. 42, parágrafo único — Repetição do indébito em dobro.
CF/88, art. 5º, XXXII — Proteção do consumidor contra práticas abusivas.
CCB/2002, art. 876 — Restituição do que foi indevidamente pago.

Jurisprudência:
Cobrança Indevida e Indenização
Repetição de Indébito em Relação de Consumo
Cobrança Indevida por Associações


4. Danos Morais

Além da repetição do indébito, o autor faz jus à reparação por danos morais. A cobrança indevida e reiterada, ao longo de meses, resultou em prejuízos não apenas materiais, mas também abalo psicológico e transtornos financeiros. A jurisprudência consolidada dos tribunais reconhece que, em situações como esta, os danos morais são presumidos, sendo desnecessária a comprovação de efetiva repercussão emocional.

Legislação:
CCB/2002, art. 186 — Obrigação de reparar o dano causado.
CDC, art. 6º, VI — Direito à reparação dos danos materiais e morais.
CF/88, art. 5º, V — Direito à indenização por dano moral.

Jurisprudência:
Danos Morais por Cobrança Indevida
Indenização por Cobrança Indevida
Danos Morais por Cobrança Indevida por Associações


5. Repetição de Indébito

Conforme já mencionado, o CDC, art. 42, parágrafo único prevê a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente. A conduta ilícita da AAPEN caracteriza a má-fé na cobrança, tendo em vista a ausência de qualquer justificativa plausível para os débitos realizados na conta do autor. Desse modo, a restituição de valores em dobro deve ser imposta para resguardar o direito do consumidor e inibir práticas abusivas.

Legislação:
CDC, art. 42, parágrafo único — Restituição em dobro dos valores pagos indevidamente.
CCB/2002, art. 884 — Enriquecimento sem causa.
CF/88, art. 5º, XXXII — Defesa dos direitos do consumidor.

Jurisprudência:
Repetição de Indébito por Cobrança Indevida
Cobrança Indevida e Restituição em Dobro
Restituição em Dobro no Direito do Consumidor


6. Relação de Consumo

A natureza da relação entre a autora e a AAPEN é, indiscutivelmente, de consumo, conforme estabelecido no CDC, art. 2º e CDC, art. 3º. A autora, na qualidade de consumidora, foi lesada por práticas abusivas da associação, o que justifica a aplicação integral do Código de Defesa do Consumidor no presente caso. A tese da ré de que a relação não seria de consumo deve ser rejeitada, conforme entendimento pacificado nos tribunais.

Legislação:
CDC, art. 2º — Definição de consumidor.
CDC, art. 3º — Definição de fornecedor e serviço.
CF/88, art. 5º, XXXII — Proteção do consumidor como direito fundamental.

Jurisprudência:
Aplicação do CDC em Relação de Consumo
Associações e Relação de Consumo
Fornecimento de Serviços por Associações


7. Considerações Finais

Diante de todo o exposto, requer-se a procedência da ação, com a condenação da AAPEN à restituição dos valores cobrados indevidamente, em dobro, conforme preceitua o CDC, bem como à indenização por danos morais. Que seja reconhecida a existência de uma relação de consumo, com a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, além da condenação da ré ao pagamento das custas e honorários advocatícios.


 


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