Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Inexigibilidade de Débito e Restituição de Descontos Indevidos

Publicado em: 16/10/2024 Processo CivilConsumidor
Modelo de réplica à contestação em ação de inexigibilidade de débito cumulada com pedido de restituição de descontos indevidos e indenização por danos morais. Refutação dos argumentos apresentados pelo réu, defesa do direito do consumidor e reiteração dos pedidos iniciais.
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da 13ª Vara Cível da Comarca de Aracaju/SE

Processo nº: [número do processo]

Autor(a): J. F. A. V., brasileiro, estado civil __________, inscrito no CPF sob o número __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, bairro __________, CEP __________, cidade __________, Estado __________, e-mail: __________.

Réu: Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional - AAPEN, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número __________, com sede na Rua __________, nº __________, bairro __________, CEP __________, cidade __________, Estado __________, e-mail: __________.

I - Da Síntese Fática e Jurídica da Exordial

O autor ajuizou a presente ação de Inexigibilidade de Débito cumulada com Pedido de Restituição de Descontos Indevidos e Indenização por Dano Moral, em face da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional - AAPEN, alegando que houve descontos indevidos em sua folha de pagamento referentes a mensalidades associativas, no valor de R$ 42,57, identificados pelo código 248 e descritos como "CONTRIBUICAO ABSP 0800 5910527". O autor afirma que não é associado à ABSP e, por isso, requer a devolução em dobro dos valores descontados, nos termos do CDC, bem como uma indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

II - Da Justiça Gratuita

Inicialmente, cumpre destacar que a concessão dos benefícios da justiça gratuita à Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional é indevida, conforme o pedido formulado pela requerida, por ser uma entidade sem fins lucrativos e de natureza assistencial. Contudo, não restou demonstrado nos autos a situação financeira que justifique a concessão do referido benefício.

A Lei 10.741/2003, art. 51, prevê a assistência judiciária gratuita às instituições filantrópicas, desde que comprovem a impossibilidade de arcar com as despesas processuais sem comprometer a sua existência. Assim, impugna-se o pedido de gratuidade de justiça da parte ré, requerendo-se que seja indeferido, por falta de prova suficiente da hipossuficiência.

III - Da Ausência de Interesse de Agir

Alega a ré a inexistência de interesse de agir do autor, por entender que este não esgotou as vias administrativas antes de ajuizar a presente ação, conforme previsto no CPC/2015, art. 337, XI. No entanto, tal argumento não procede, pois o autor tentou resolver o problema junto à instituição por meio de contatos telefônicos e e-mails, conforme comprovantes juntados aos autos. Mesmo assim, não obteve qualquer solução satisfatória, restando impossibilitado de resolver a questão de forma extrajudicial.

Portanto, o interesse de agir do autor é evidente, uma vez que não houve qualquer manifestação efetiva por parte da ré no sentido de sanar os descontos indevidos realizados. Ademais, o CPC/2015, art. 5º, assegura o direito de acesso à justiça de forma ampla, não havendo qualquer óbice para a propositura da presente demanda.

IV - Da Inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor

Alega a ré a inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor, ao argumento de que não haveria relação de consumo entre o autor e a Associação. No entanto, tal alegação não merece prosperar. O CDC, art. 2"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

O autor, J. F. A. V., ajuizou ação em face da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional - AAPEN, buscando a inexigibilidade de débito, a repetição de descontos indevidos e uma indenização por danos morais. A contestação apresentada pela ré alega a inexistência de relação de consumo e a falta de interesse de agir do autor, além de impugnar o pedido de gratuidade de justiça.

No entanto, o autor demonstra que tentou resolver a questão pela via administrativa, sem obter êxito, justificando seu interesse de agir. Ademais, é aplicável o CDC, uma vez que o autor é destinatário final dos serviços prestados pela ré, configurando-se a relação de consumo. Quanto à devolução dos valores descontados, é cabível a restituição em dobro, por não haver justificativa plausível para os descontos, e o dano moral está configurado em razão do abalo emocional sofrido pelo autor.

Considerações Finais

A presente réplica visa refutar as alegações da ré e reafirmar o direito do autor à repetição dos valores indevidos e à indenização por danos morais. O direito do consumidor deve ser respeitado e as práticas abusivas devem ser coibidas, para que seja garantida a justa reparação dos danos ocasionados ao autor.



TÍTULO:
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO EM AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS



1. Introdução

A presente réplica visa refutar os argumentos apresentados pelo réu na contestação e reiterar os pedidos formulados na petição inicial de indenização por danos morais e materiais. A defesa é pautada na responsabilidade objetiva do fornecedor, conforme estabelecido no CDC, e no princípio da boa-fé objetiva, que deve nortear todas as relações de consumo. Além disso, argumenta-se em defesa da gratuidade de justiça, previamente solicitada e fundamentada.

Legislação:

CDC, art. 6º, VI. Direito à efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais.

CPC/2015, art. 99, § 2º. Garantia de gratuidade de justiça para quem demonstra insuficiência de recursos.

CCB/2002, art. 421. Estabelece o princípio da boa-fé objetiva nas relações contratuais.

Jurisprudência:

Réplica contestação indenização

Danos morais materiais CDC

Responsabilidade objetiva consumidor


2. Réplica à Contestação

Na réplica, são abordados e refutados todos os argumentos apresentados pelo réu que visam eximir-se da responsabilidade pelo ocorrido. É fundamental rebater cada ponto, demonstrando a inconsistência das alegações e reforçando a responsabilidade objetiva do réu, que independe de culpa, conforme os princípios estabelecidos no CDC.

Legislação:

CDC, art. 12. Responsabilidade do fornecedor pelo fato do produto.

CDC, art. 14. Responsabilidade objetiva pelo fato do serviço.

CPC/2015, art. 350. Possibilita ao autor apresentar réplica para refutar os argumentos de defesa.

Jurisprudência:

Réplica indenização danos morais

Defesa responsabilidade objetiva fornecedor

Contestação direito consumidor réplica


3. Danos Morais e Materiais

Os danos morais e materiais são evidentes no caso em tela e devem ser devidamente compensados. A responsabilidade do réu, enquanto fornecedor de produtos ou serviços, é objetiva, ou seja, independente de culpa, bastando comprovar o nexo causal entre a conduta e o dano sofrido. A reparação tem como objetivo compensar o prejuízo e desestimular condutas semelhantes.

Legislação:

CDC, art. 6º, VI. Direito do consumidor à reparação de danos morais e materiais.

CCB/2002, art. 927. Responsabilidade civil pela prática de ato ilícito.

CF/88, art. 5º, V e X. Protege a dignidade da pessoa humana e o direito à indenização por danos morais e materiais.

Jurisprudência:

Danos morais materiais responsabilidade

Reparação danos consumidor

Indenização direito consumidor


4. Direito do Consumidor

A ação está alicerçada no direito do consumidor, que garante ao cliente a reparação por falhas na prestação de serviço ou defeitos em produtos. Este ramo do direito visa proteger o consumidor, considerado parte vulnerável na relação de consumo, sendo aplicável o princípio da responsabilidade objetiva ao fornecedor.

Legislação:

CDC, art. 2º. Define o conceito de consumidor.

CDC, art. 3º. Define o conceito de fornecedor e produto.

CDC, art. 4º, I. Princípio da vulnerabilidade do consumidor nas relações de consumo.

Jurisprudência:

Direito consumidor reparação

Defesa vulnerabilidade consumidor

Responsabilidade fornecedor CDC


5. Responsabilidade Objetiva

A responsabilidade objetiva dispensa a prova de culpa do fornecedor. É suficiente demonstrar o defeito ou falha do serviço e o dano causado ao consumidor. Este princípio visa facilitar a defesa dos direitos do consumidor e é amplamente aplicado em casos de produtos e serviços defeituosos.

Legislação:

CDC, art. 12. Dispõe sobre a responsabilidade pelo fato do produto.

CDC, art. 14. Estabelece a responsabilidade objetiva pelo fato do serviço.

CCB/2002, art. 927, parágrafo único. Prevê a responsabilidade objetiva em certas circunstâncias, independente de culpa.

Jurisprudência:

Responsabilidade objetiva indenização

Produto serviço defeituoso CDC

Resposta defesa responsabilidade


6. Gratuidade de Justiça

A parte autora reafirma seu direito à gratuidade de justiça, uma vez que demonstrou insuficiência de recursos para arcar com as custas do processo. A gratuidade é um instrumento de acesso à justiça e garante a ampla defesa e contraditório, independentemente da condição econômica da parte.

Legislação:

CPC/2015, art. 98. Garantia de gratuidade para partes que comprovarem insuficiência de recursos.

CPC/2015, art. 99, § 2º. Presunção de veracidade da declaração de hipossuficiência.

CF/88, art. 5º, LXXIV. Assegura a prestação de assistência jurídica integral e gratuita para os necessitados.

Jurisprudência:

Gratuidade justiça indeferência

Defesa direito gratuidade justiça

Acesso justiça gratuito CPC


7. Boa-fé Objetiva

O princípio da boa-fé objetiva é essencial nas relações de consumo, obrigando as partes a agirem com lealdade e transparência. A defesa do autor na réplica também é baseada na necessidade de reparação por eventuais condutas que contrariem este princípio, caracterizando má-fé ou descumprimento de deveres contratuais.

Legislação:

CCB/2002, art. 422. Obriga os contratantes a guardar, tanto na conclusão do contrato quanto em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

CDC, art. 4º, III. Princípio da boa-fé objetiva nas relações de consumo.

CCB/2002, art. 113. Interpretação das declarações de vontade conforme a boa-fé objetiva.

Jurisprudência:

Boa fé objetiva CDC

Princípio transparência consumo

Contrato defeito consumidor


8. Considerações Finais

A parte autora, por meio desta réplica, reitera todos os pedidos formulados na petição inicial e solicita o devido julgamento de procedência da ação, com a condenação do réu ao pagamento dos valores devidos a título de danos morais e materiais. Defende-se a gratuidade de justiça e a aplicação da responsabilidade objetiva, de forma a assegurar os direitos do consumidor e garantir a justiça esperada.


 

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