Modelo de Réplica à Contestação em Ação Declaratória de Inexistência de Contrato e Danos Morais contra Banco Master S/A
Publicado em: 24/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DE ARACAJU – SE
Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
Autor: G. S.
Réu: Banco Master S/A
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO
G. S., já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, com o devido respeito, à presença de Vossa Excelência, apresentar RÉPLICA À CONTESTAÇÃO apresentada pelo réu, Banco Master S/A, nos termos a seguir expostos:
BREVE NOTÍCIA DOS FATOS
A parte autora constatou descontos não autorizados em seu benefício previdenciário, oriundos de um suposto contrato de cartão de crédito consignado. Afirma que não assinou qualquer contrato com o réu e que desconhece a origem da dívida. Por tais razões, pleiteou: (i) a inexistência do contrato; (ii) a restituição em dobro dos valores descontados indevidamente; e (iii) indenização por danos morais.
IMPUGNAÇÃO AOS ARGUMENTOS DA CONTESTAÇÃO
A contestação apresentada pelo réu não se sustenta, conforme será demonstrado a seguir:
a) Da assinatura digital e ausência de comprovação válida
O réu alega que o contrato foi assinado digitalmente, mas não apresenta provas robustas que demonstrem a autenticidade da assinatura ou a manifestação inequívoca de vontade da parte autora. A mera alegação de que o contrato foi firmado por meios digitais não é suficiente para comprovar a regularidade da contratação, especialmente em casos que envolvem consumidores hipossuficientes.
Nos termos do CDC, art. 6º, VIII, cabe ao réu o ônus de demonstrar a regularidade da contratação, o que não foi feito de forma satisfatória. A ausência de documentos que comprovem a ciência e anuência expressa da parte autora invalida o contrato.
b) Da ausência de comprovação de entrega do valor contratado
O réu não conseguiu demonstrar de forma clara e inequívoca que os valores supostamente contratados foram efetivamente disponibilizados à parte autora. A ausência de comprovantes de transferência ou de qualquer outro documento que demonstre o recebimento do valor pela autora reforça a tese de inexistência da relação contratual.
c) Da inépcia da preliminar de inépcia da inicial
A inicial apresentada pela parte autora preenche todos os requisitos previstos no CPC/2015, art. 319, sendo clara e objetiva ao narrar os fatos e fundamentar os pedidos. A alegação de inépcia da inicial é, portanto, descabida.
d) Da assistência judiciária gratuita
O réu contesta a concessão da assistência judiciária gratuita à parte autora, mas não apresenta qualquer prova que demonstre a capacidade financeira desta. A declaração de hipossuficiência apresentada pela autora é suficiente para a concessão do benefício, nos termos do CPC/2015, art. 99, §3º.