Modelo de Ação Declaratória com Obrigação de Não Fazer e Pedido de Tutela de Urgência para Suspensão de Descontos em Folha de Pagamento por Empréstimo Indevido
Publicado em: 14/03/2024 CivelConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
Distribuição com pedido de tutela de urgência
PREÂMBULO
[Nome completo da autora], brasileira, casada, professora, portadora do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [endereço completo], propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A autora, professora, com remuneração mensal de aproximadamente R$ 4.000,00 (quatro mil reais), foi induzida por uma amiga, Sra. [nome abreviado], a realizar um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, sob a promessa de que o valor seria devolvido em 10 (dez) dias. Contudo, após a liberação do empréstimo, a referida amiga não cumpriu com o acordo e, além disso, bloqueou todos os meios de contato com a autora.
Diante da situação, a autora registrou um boletim de ocorrência e lavrou ata notarial para documentar os fatos. Além disso, a autora enfrenta uma grave crise financeira, agravada pela recente demissão de seu esposo e pelo diagnóstico de Alzheimer de sua mãe, que demanda cuidados e despesas médicas constantes.
Atualmente, os descontos em folha de pagamento referentes ao empréstimo comprometem significativamente a subsistência da autora e de sua família, colocando em risco sua dignidade e violando o princípio da proteção ao salário, conforme disposto na CF/88, art. 7º, X.
DO DIREITO
A presente demanda encontra fundamento nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção ao salário (CF/88, art. 7º, X), bem como nas disposições do Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 187 e CCB/2002, art. 927), que vedam o abuso de direito e impõem a reparação de danos causados por atos ilícitos.
O empréstimo realizado pela autora, embora formalmente contratado, foi fruto de má-fé de terceiro, conforme evidenciado pelo boletim de ocorrência e pela ata notarial anexados. Além disso, o desconto em folha de pagamento compromete a subsistência da autora, violando o limite de 30% (trinta por cento) da remuneração líquida, conforme entendimento consolidado pela jurisprudência.
Ademais, a concessão de tutela de urgência encontra respaldo no CPC/2015, art. 300, que exige a presença da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em tela, ambos os requisitos estão presentes, uma vez que os descontos comprometem a subsistência da autora e sua família, configurando perigo de dano irreparável. "'>...