Modelo de Ação Declaratória com Obrigação de Não Fazer e Pedido de Tutela de Urgência para Suspensão de Descontos em Folha de Pagamento por Empréstimo Indevido

Publicado em: 14/03/2024 CivelConsumidor
A presente ação judicial busca a declaração de inexigibilidade de descontos em folha de pagamento relacionados a um empréstimo contraído de forma indevida junto à Caixa Econômica Federal, bem como a concessão de tutela de urgência para suspensão imediata dos referidos descontos. A autora, uma professora com renda familiar comprometida, enfrenta dificuldades financeiras agravadas por fatores pessoais e familiares, incluindo a demissão do cônjuge e os custos médicos relacionados à saúde de sua mãe. Fundamentada nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da proteção ao salário, bem como nos dispositivos do Código Civil e do CPC/2015, a ação também pleiteia danos morais e reparação pelos transtornos causados.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Distribuição com pedido de tutela de urgência

PREÂMBULO

[Nome completo da autora], brasileira, casada, professora, portadora do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [endereço completo], propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora, professora, com remuneração mensal de aproximadamente R$ 4.000,00 (quatro mil reais), foi induzida por uma amiga, Sra. [nome abreviado], a realizar um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, sob a promessa de que o valor seria devolvido em 10 (dez) dias. Contudo, após a liberação do empréstimo, a referida amiga não cumpriu com o acordo e, além disso, bloqueou todos os meios de contato com a autora.

Diante da situação, a autora registrou um boletim de ocorrência e lavrou ata notarial para documentar os fatos. Além disso, a autora enfrenta uma grave crise financeira, agravada pela recente demissão de seu esposo e pelo diagnóstico de Alzheimer de sua mãe, que demanda cuidados e despesas médicas constantes.

Atualmente, os descontos em folha de pagamento referentes ao empréstimo comprometem significativamente a subsistência da autora e de sua família, colocando em risco sua dignidade e violando o princípio da proteção ao salário, conforme disposto na CF/88, art. 7º, X.

DO DIREITO

A presente demanda encontra fundamento nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção ao salário (CF/88, art. 7º, X), bem como nas disposições do Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 187 e CCB/2002, art. 927), que vedam o abuso de direito e impõem a reparação de danos causados por atos ilícitos.

O empréstimo realizado pela autora, embora formalmente contratado, foi fruto de má-fé de terceiro, conforme evidenciado pelo boletim de ocorrência e pela ata notarial anexados. Além disso, o desconto em folha de pagamento compromete a subsistência da autora, violando o limite de 30% (trinta por cento) da remuneração líquida, conforme entendimento consolidado pela jurisprudência.

Ademais, a concessão de tutela de urgência encontra respaldo no CPC/2015, art. 300, que exige a presença da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em tela, ambos os requisitos estão presentes, uma vez que os descontos comprometem a subsistência da autora e sua família, configurando perigo de dano irreparável. "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação Declaratória c/c Obrigação de Não Fazer e Pedido de Tutela de Urgência, proposta por [Nome da Autora] em face da Caixa Econômica Federal, visando à suspensão dos descontos em folha de pagamento relativos a empréstimos contratados sob alegação de má-fé de terceiro, além de pedido de indenização por danos morais.

A autora alega que foi induzida por terceira pessoa a contratar empréstimo, sendo posteriormente bloqueada por essa mesma pessoa. Afirma que os descontos em folha comprometem sua subsistência, especialmente em face de sua situação financeira agravada pela demissão do cônjuge e os cuidados médicos necessários à sua mãe diagnosticada com Alzheimer.

A ré, Caixa Econômica Federal, sustenta a validade da contratação e a ausência de irregularidades em sua conduta, defendendo que os valores descontados se baseiam em contrato formal realizado pela autora.

É o relatório.

II. Fundamentação

1. Da Competência

Nos termos da Constituição Federal de 1988, art. 93, IX, o presente julgamento deve ser fundamentado de forma clara e objetiva, apreciando os fatos e o direito aplicável ao caso concreto.

2. Dos Princípios Constitucionais

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 1º, III, consagra como fundamento da República a dignidade da pessoa humana. Ademais, o art. 7º, X, protege o salário como verba alimentar, sendo vedada sua retenção ou desconto em montante que comprometa a subsistência do trabalhador e sua família.

No caso em análise, os descontos realizados em folha de pagamento, conforme alegado pela autora, ultrapassam o limite de 30% (trinta por cento) da remuneração líquida, o que contraria entendimento consolidado pela jurisprudência pátria e afronta os princípios constitucionais mencionados.

3. Do Direito Civil e Processual

O Código Civil Brasileiro (CCB/2002) prevê, em seus artigos 187 e 927, a vedação ao abuso de direito e a obrigação de reparação pelos danos causados por atos ilícitos. No presente caso, os documentos juntados aos autos, como o boletim de ocorrência e a ata notarial, demonstram a má-fé de terceiro na contratação do empréstimo, o que impõe a análise sobre a abusividade na execução do contrato pela ré.

Quanto à tutela de urgência, o art. 300 do CPC/2015 exige a demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Ambos os requisitos estão presentes, uma vez que os descontos comprometem a dignidade e a subsistência da autora e de sua família.

4. Da Jurisprudência

A jurisprudência é pacífica quanto à possibilidade de suspensão de descontos em situações que comprometam a subsistência do trabalhador. Exemplos incluem:

  • TJSP (38ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: Reconheceu a verossimilhança das alegações e o perigo de dano irreparável, autorizando a suspensão dos descontos.
  • TJSP (20ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: Determinou a suspensão imediata de descontos em folha, por entender presentes os elementos do art. 300 do CPC/2015.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com base nos fundamentos constitucionais, legais e jurisprudenciais, voto no sentido de:

  1. Conhecer o recurso interposto, uma vez que preenchidos os requisitos de admissibilidade;
  2. Dar provimento ao pedido da autora, para determinar a imediata suspensão dos descontos em folha de pagamento, limitando-os a 30% (trinta por cento) da remuneração líquida da autora, nos termos da CF/88, art. 7º, X;
  3. Confirmar a tutela de urgência anteriormente concedida;
  4. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais, fixados em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em razão dos transtornos causados à autora;
  5. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.

É como voto.

[Localidade], [data].
_______________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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