Modelo de Pedido de Ação de Obrigação de Fazer com Tutela de Urgência para Garantia de Avaliação Social e Inscrição no CadÚnico

Publicado em: 08/04/2025 AdministrativoProcesso Civil
Propositura de ação judicial com pedido de obrigação de fazer cumulada com tutela de urgência contra o INSS e a União Federal, com fundamento no CPC/2015, art. 300, visando garantir a realização da avaliação social necessária para a inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) e evitar prejuízo à continuidade do benefício assistencial da autora. O documento destaca a omissão administrativa do CRAS em realizar o procedimento em tempo hábil, violando os direitos fundamentais da autora, conforme previsto na CF/88, art. 1º, III; CF/88, art. 6º; CF/88, art. 37, caput; e CF/88, art. 203, inciso V, além de jurisprudências relacionadas que embasam o pedido.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE [CIDADE/UF]

[NOME COMPLETO DA AUTORA], brasileira, [estado civil], [profissão], inscrita no CPF sob o nº [XXX.XXX.XXX-XX], portadora do RG nº [XX.XXX.XXX-X], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail], por sua advogada infra-assinada, com escritório profissional situado na [endereço do escritório], endereço eletrônico: [e-mail profissional], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

com fulcro no CPC/2015, art. 300 e demais dispositivos legais aplicáveis, em face de:

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia federal, com sede na [endereço da agência local ou sede], e endereço eletrônico institucional, e

UNIÃO FEDERAL, pessoa jurídica de direito público, representada pela Advocacia-Geral da União, com sede na [endereço da Procuradoria da União], endereço eletrônico institucional, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

DOS FATOS

A autora é pessoa hipossuficiente, em situação de vulnerabilidade social, e atualmente depende de benefícios assistenciais para sua subsistência. Em processo administrativo junto ao INSS, foi-lhe concedido o prazo até o dia 15 do mês corrente para apresentar o comprovante de inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), condição essencial para a continuidade do procedimento de concessão de benefício assistencial.

Com o intuito de cumprir a exigência administrativa, a autora dirigiu-se por duas vezes ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) de sua região, a fim de realizar a avaliação social necessária para a efetivação do cadastro. Contudo, foi informada que se encontra em uma fila de espera sem previsão de agendamento, o que inviabiliza o cumprimento da exigência no prazo estipulado pelo INSS.

Tal situação coloca a autora em risco iminente de ter seu benefício indeferido ou arquivado por motivo alheio à sua vontade, configurando-se, assim, evidente violação aos princípios da dignidade da pessoa humana e do acesso aos direitos sociais fundamentais.

DO DIREITO

A CF/88, art. 6º, os direitos sociais, entre os quais se incluem a assistência aos desamparados. A CF/88, art. 203, inciso V, estabelece que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, garantindo o acesso a benefícios de prestação continuada.

O CPC/2015, art. 300, dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No presente caso, a autora possui direito líquido e certo à avaliação social para fins de inscrição no CadÚnico, sendo o único obstáculo a omissão da administração pública em realizar o procedimento em tempo hábil.

O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o princípio da eficiência administrativa (CF/88, art. 37, caput) também são violados pela inércia do CRAS, que impede o exercício de direito fundamental da autora.

Ademais, o STJ já consolidou entendimento de que a administração pública não pode impor ao cidadão o ônus de suportar prejuízos decorrentes de sua própria ineficiência, especialmente quando se trata de acesso a direitos essenciais.

JURISPRUD�"'>...


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Informações complementares

Simulação de Voto

Análise dos Fatos e do Direito

Trata-se de uma ação de obrigação de fazer, cumulada com pedido de tutela de urgência, ajuizada por [NOME COMPLETO DA AUTORA], que busca a realização de sua avaliação social para fins de inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a fim de garantir a continuidade do procedimento de concessão de benefício assistencial. A autora alega que, apesar de ter tomado todas as medidas cabíveis para cumprir a exigência do INSS, encontra-se impedida de realizar o cadastro por omissão administrativa, o que prejudica o exercício de um direito fundamental seu.

Fundamentação Constitucional e Legal

Inicialmente, cumpre destacar que a CF/88, art. 6º, os direitos sociais, entre os quais se inclui a assistência aos desamparados. Ademais, a CF/88,  art. 203, inciso V, estabelece que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de qualquer contribuição.

Os fatos narrados evidenciam a violação ao princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e ao princípio da eficiência administrativa (CF/88, art. 37, caput), tendo em vista a omissão da administração pública ao não realizar, em tempo hábil, a avaliação social necessária para a efetivação do direito da autora.

Além disso, o CPC/2015, art. 300, dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em tela, tais requisitos encontram-se presentes: a probabilidade do direito está devidamente demonstrada pelos documentos apresentados, enquanto o perigo de dano decorre do risco iminente de indeferimento ou arquivamento do benefício assistencial.

Precedentes Judiciais

O entendimento jurisprudencial reforça a posição adotada neste voto. Conforme demonstram as decisões abaixo:

TJSP (13ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP

\"Presentes os requisitos para concessão da tutela de urgência, defere-se a tutela de urgência para cessação de prejuízos ao direito do autor.\"

TJSP (38ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP

\"Decisão reformada para concessão de tutela de urgência, diante do perigo de dano e da probabilidade do direito.\"

Conclusão do Voto

Considerando os fatos apresentados, os fundamentos constitucionais e legais aplicáveis e os precedentes jurisprudenciais, concluo que estão presentes os requisitos para concessão da tutela de urgência. A omissão administrativa constatada viola direitos fundamentais da autora, notadamente o direito à assistência social e à dignidade da pessoa humana.

Decisão

Com base na CF/88, art. 93, IX, que exige fundamentação em todas as decisões judiciais, voto no sentido de:

  1. Conhecer do pedido e dar-lhe procedência, para determinar que o INSS e a União, solidariamente, promovam, no prazo de 5 (cinco) dias, a realização da avaliação social da autora para fins de inscrição no CadÚnico, ou, alternativamente, que seja expedida ordem ao CRAS competente para realização do procedimento com urgência, sob pena de multa diária;
  2. Condenar os réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85;
  3. Determinar a produção de todas as provas em direito admitidas, caso necessário.

Assim voto.

[Local e Data]

[NOME DO MAGISTRADO]
Juiz Federal


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