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Conceito de Negativa de Prestação Jurisdicional e Requisitos do CPC/2015

Publicado em: 01/11/2024 Processo Civil
Discute a necessidade de fundamentação clara e completa nas decisões judiciais, atendendo ao CPC/2015, art. 489 e CPC/2015, art. 1.022. A ausência de análise de todos os argumentos não caracteriza negativa de prestação jurisdicional se a decisão tiver fundamento suficiente.

Não se vislumbra ofensa ao CPC/2015, art. 489 e CPC/2015, art. 1.022, II, quando o órgão julgador, de forma clara e coerente, externa fundamentação adequada e suficiente à conclusão do acórdão embargado.

Súmulas: Súmula 98/STJ. Embargos de declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento não têm caráter protelatório.

Legislação:

 


 

CPC/2015, art. 489. Dispõe sobre os elementos essenciais para fundamentação das decisões judiciais. CPC/2015, art. 1.022, II. Define os casos em que cabem embargos de declaração para aclarar omissões, contradições ou obscuridades na decisão. CF/88, art. 102. Determina a competência do STF para julgar, em recurso extraordinário, causas decididas em última instância.


Informações complementares

TÍTULO:
NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO CLARA E COMPLETA NAS DECISÕES JUDICIAIS



  1. Introdução

O dever de fundamentação clara e completa nas decisões judiciais é um dos pilares do processo civil brasileiro, especialmente após o advento do CPC/2015. Tal exigência visa garantir a transparência do Judiciário e assegurar o direito das partes à plena compreensão dos motivos que embasaram a decisão. Nesse sentido, o CPC/2015, art. 489 e o CPC/2015, art. 1.022 tratam, respectivamente, das exigências para a fundamentação de decisões e dos embargos de declaração, como mecanismos de complementação e clareza.

Legislação:


CPC/2015, art. 489 - Dispõe sobre os requisitos essenciais da fundamentação das decisões judiciais.

CPC/2015, art. 1.022 - Define as hipóteses de cabimento dos embargos de declaração.

CF/88, art. 93, IX - Estabelece que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade.

Jurisprudência:


Dever de Fundamentação

Embargos de Declaração no CPC/2015

Negativa de Prestação Jurisdicional


  1. Negativa de Prestação Jurisdicional

A negativa de prestação jurisdicional ocorre quando o juiz ou tribunal deixa de analisar todos os pontos relevantes levantados pelas partes. No entanto, a simples ausência de análise de alguns argumentos não constitui, necessariamente, negativa de prestação jurisdicional, desde que o fundamento apresentado seja suficiente para resolver a controvérsia. Tal compreensão é respaldada pelo CPC/2015, art. 489, §1º, que impõe à decisão judicial o dever de explicitar as razões que a fundamentam, garantindo assim que a decisão seja compreensível e justificável.

Legislação:


CPC/2015, art. 489, §1º - Estabelece os requisitos mínimos para a fundamentação de uma decisão.

CPC/2015, art. 1.022, II - Define a omissão como um dos fundamentos para a interposição de embargos de declaração.

CF/88, art. 5º, XXXV - Garante o acesso à justiça e o dever de prestação jurisdicional efetiva.

Jurisprudência:


Suficiência na Prestação Jurisdicional

Omissão em Decisão Judicial

Análise de Todos os Argumentos


  1. CPC/2015

O CPC/2015 inova ao exigir decisões judiciais mais fundamentadas, refletindo uma preocupação com a clareza e a transparência dos julgamentos. Essa obrigatoriedade de fundamentação não exige, entretanto, que o magistrado se pronuncie sobre todos os argumentos das partes, mas que fundamente sua decisão de maneira suficiente para possibilitar a compreensão e garantir o direito à ampla defesa. A ausência de fundamentação clara e completa pode configurar nulidade, mas não se considera negativa de prestação jurisdicional se a decisão for bem fundamentada no que concerne aos pontos essenciais.

Legislação:


CPC/2015, art. 489 - Trata dos requisitos obrigatórios para uma fundamentação válida e eficaz.

CPC/2015, art. 1.022 - Estabelece as hipóteses de embargos de declaração para suprir omissões e contradições.

CPC/2015, art. 1.025 - Trata da preclusão das matérias não impugnadas adequadamente.

Jurisprudência:


Clareza na Fundamentação - CPC/2015

Embargos de Declaração por Omissão

Ampla Defesa no Processo Civil


  1. Fundamentação de Decisões

A fundamentação de decisões deve ser clara, completa e suficiente, de modo a permitir que as partes compreendam os motivos que levaram o julgador àquela conclusão. Uma fundamentação adequada evita recursos desnecessários e proporciona transparência ao processo judicial. Nos termos do CPC/2015, art. 489, a decisão deve conter a análise dos fatos e dos argumentos relevantes para a questão, sem omissões que possam prejudicar o entendimento e a legitimidade da prestação jurisdicional.

Legislação:


CPC/2015, art. 489 - Define os elementos essenciais para uma fundamentação adequada nas decisões judiciais.

CF/88, art. 93, IX - Exige que todas as decisões sejam fundamentadas.

CPC/2015, art. 1.022 - Determina o cabimento de embargos para suprir a omissão em decisões judiciais.

Jurisprudência:


Fundamentação de Decisão Judicial

Suficiência na Fundamentação

Transparência no Processo Civil


  1. Processo Civil

No processo civil, a exigência de fundamentação clara e completa cumpre uma função essencial para o exercício do contraditório e da ampla defesa. A clareza e objetividade na exposição das razões da decisão judicial evitam dúvidas e asseguram a previsibilidade das decisões, contribuindo para a segurança jurídica e a eficiência do Judiciário. O CPC/2015 institui um sistema processual que exige do juiz um posicionamento claro quanto aos pontos decisivos da controvérsia, promovendo um ambiente processual mais transparente e eficaz.

Legislação:


CPC/2015, art. 11 - Determina que todas as decisões devem ser fundamentadas e públicas.

CF/88, art. 5º, XXXV - Estabelece o direito de acesso à Justiça e a efetiva prestação jurisdicional.

CPC/2015, art. 489 - Dispõe sobre a fundamentação como requisito essencial para a validade das decisões judiciais.

Jurisprudência:


Contraditório e Ampla Defesa

Clareza nas Decisões do Processo Civil

Sistema Processual no CPC/2015


  1. Jurisprudência STJ

A jurisprudência do STJ estabelece que a ausência de análise de todos os argumentos levantados pelas partes não caracteriza, por si só, negativa de prestação jurisdicional, desde que o fundamento da decisão seja claro e suficiente. O STJ entende que é possível suprir eventuais omissões por meio dos embargos de declaração, assegurando, assim, a integridade e a completude da prestação jurisdicional, sem que isso represente prejuízo ao direito de defesa ou ao contraditório.

Legislação:


CPC/2015, art. 489, §1º - Define o dever de fundamentação suficiente das decisões.

CPC/2015, art. 1.022 - Trata das hipóteses de cabimento dos embargos de declaração para sanar omissões.

CF/88, art. 93, IX - Exige fundamentação em todas as decisões judiciais.

Jurisprudência:


Jurisprudência STJ sobre Fundamentação

Omissão e Embargos de Declaração no STJ

Efetividade da Prestação Jurisdicional no STJ


  1. Considerações Finais

A necessidade de fundamentação clara e completa nas decisões judiciais assegura o direito ao contraditório e à ampla defesa, sendo um requisito essencial para a validade dos atos decisórios. O CPC/2015 reforça essa exigência, e a jurisprudência do STJ consolida o entendimento de que, desde que os argumentos centrais sejam adequadamente analisados, não há negativa de prestação jurisdicional. Em síntese, o sistema processual civil brasileiro promove a transparência e a previsibilidade nas decisões judiciais, assegurando um Judiciário mais acessível e compreensível para as partes envolvidas.

Legislação:


CPC/2015, art. 489 - Requisito de fundamentação adequada para decisões judiciais.

CPC/2015, art. 1.022 - Prevê embargos para sanar omissões e contradições.

CF/88, art. 5º, XXXV - Direito à tutela jurisdicional efetiva.

Jurisprudência:


Transparência nas Decisões Judiciais

Contraditório no CPC/2015

Ampla Defesa e Prestação Jurisdicional



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