Modelo de Ação Anulatória de Garantia em Cédula de Crédito Bancário - Defesa de Direitos de Coproprietário em Imóvel Indivisível

Publicado em: 25/01/2025 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário
Ação anulatória proposta por coproprietário de imóvel indivisível para contestar a constituição de garantia em cédula de crédito bancário, consolidada e alienada pelo banco réu sem a anuência dos demais coproprietários. Fundamenta-se no Código Civil de 2002 (CCB/2002, art. 1.314, CCB/2002, art. 1.315 e CCB/2002, art. 166, IV), no 9CPC/2015, art. 797) e em jurisprudências do STJ e TJSP, alegando violação de direitos patrimoniais e requerendo a nulidade dos atos de garantia, consolidação e alienação, além de reparação de direitos proporcionais à fração ideal do autor.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________



AÇÃO ANULATÓRIA DE GARANTIA EM CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO

 

Nome: Z. A. de S. (qualificação completa: estado civil, profissão, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência),

Representado por: advogado(a) inscrito(a) na OAB sob o nº __________, com escritório profissional situado à __________, endereço eletrônico __________,

vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:

 

PREÂMBULO

Em face de BANCO __________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

 

DOS FATOS

O autor é coproprietário de um imóvel indivisível registrado sob a matrícula nº __________, localizado em __________. Ocorre que o loteador, Sr. __________, que detém apenas uma fração ideal do referido imóvel, ofereceu a integralidade do bem como garantia em uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) firmada com o réu, sem a ciência e anuência dos demais coproprietários.

Em razão da inadimplência do contrato de empréstimo, o banco credor executou a dívida, consolidando a propriedade do imóvel em seu favor e, posteriormente, alienando-o a terceiros. Tal conduta violou os direitos dos demais coproprietários, uma vez que o loteador somente poderia ter oferecido em garantia a fração ideal que lhe pertence.

O autor, portanto, busca a anulação dos atos de garantia, consolidação e alienação do imóvel, preservando seus direitos como coproprietário.

 

DO DIREITO

Conforme dispõe o CCB/2002, art. 1.314, cada condômino pode usar a coisa comum, contanto que não exclua a utilização dos demais coproprietários. Ademais, o CCB/2002, art. 1.315 do mesmo diploma legal estabelece que nenhum dos condôminos pode dispor da coisa comum sem o consentimento dos outros.

No caso em tela, o loteador extrapolou os limites de sua fração ideal ao oferecer a totalidade do imóvel como garantia, em flagrante violação aos direitos dos demais coproprietários. Tal ato é nulo de pleno direito, nos termos do CCB/2002, art. 166, IV, que considera nulo o negócio jurídico que não observar a forma prescrita em lei.

...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação Anulatória de Garantia em Cédula de Crédito Bancário, proposta por Z. A. de S., coproprietário de imóvel indivisível, contra o Banco __________. O autor pleiteia a anulação de garantia constituída de forma unilateral pelo loteador, que ofereceu a integralidade do imóvel como garantia de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB), sem a ciência e anuência dos demais coproprietários, violando seus direitos patrimoniais.

Os atos decorrentes dessa garantia resultaram na consolidação da propriedade em favor do réu e sua posterior alienação a terceiros. Alega-se que o Banco agiu de forma irregular, desrespeitando o direito de copropriedade. O autor requer a anulação desses atos e a preservação de sua fração ideal no imóvel.

II. Fundamentação

A. Dos Fatos e do Direito

A controvérsia envolve os direitos de copropriedade, expressamente protegidos pelo Código Civil Brasileiro de 2002. De acordo com o CCB/2002, art. 1.314, cada condômino pode usar a coisa comum, mas sem violar o direito dos demais coproprietários. Já o CCB/2002, art. 1.315 veda a disposição do bem comum sem o consentimento dos demais coproprietários. Assim, o loteador extrapolou os limites de sua fração ideal, ao oferecer a totalidade do imóvel como garantia, ato nulo de pleno direito nos termos do CCB/2002, art. 166, IV, do Código Civil.

Ademais, a execução não pode atingir bens de terceiros alheios à relação jurídica obrigacional. O CCB/2002, art. 797 reforça que a expropriação judicial deve se limitar ao patrimônio do devedor, preservando os direitos de terceiros.

Cabe destacar que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem jurisprudência consolidada sobre a matéria. No julgamento do REsp Acórdão/STJ, o Tribunal reconheceu que a alienação judicial de imóvel indivisível em regime de copropriedade deve resguardar os direitos dos coproprietários não devedores. A penhora deve se limitar à fração ideal pertencente ao devedor.

B. Hermenêutica Constitucional

O princípio da inviolabilidade do direito de propriedade, previsto no CF/88, art. 5º, XXII, da Constituição Federal de 1988, é basilar para a análise da presente lide. O direito de propriedade deve ser exercido em respeito à função social, mas também em conformidade com as disposições legais que protegem os coproprietários de abusos.

A CF/88, art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, exige a fundamentação das decisões judiciais, sendo indispensável que o magistrado fundamente suas razões de decidir, considerando os fatos e o direito aplicável. No caso em tela, a violação ao direito de propriedade e à segurança jurídica é evidente, justificando a procedência do pedido do autor.

III. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido do autor, nos seguintes termos:

  1. Declaro a nulidade da garantia constituída sobre a integralidade do imóvel registrado sob a matrícula nº __________, limitando-se a fração ideal pertencente ao loteador;
  2. Declaro nulos os atos de consolidação da propriedade e de alienação do imóvel realizados pelo réu, garantindo ao autor a preservação de seus direitos sobre sua fração ideal;
  3. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa, nos termos do CPC/2015, art. 85, §2º;
  4. Determino a restituição imediata dos direitos do autor sobre sua fração ideal, com expedição de ofício ao Cartório de Registro de Imóveis competente para as retificações necessárias.

Com fulcro no CPC/2015, art. 319, VII, deixo designada audiência de conciliação, caso não haja recurso contra esta decisão no prazo legal.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data: __________.

Assinatura:

Juiz de Direito


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