Modelo de Ação de Exoneração de Pensão Alimentícia

Publicado em: 28/06/2024 Familia
Este modelo de ação de exoneração de pensão alimentícia visa a cessação da obrigação alimentar de um pai idoso em favor de seu filho maior de idade, que possui rendimentos próprios, não concluiu os estudos, abandonou a escola e está em união estável.

AO JUÍZO DA ___ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ___

Requerente: [Nome do Requerente]
Requerido: [Nome do Requerido]

[NOME DO REQUERENTE], brasileiro, estado civil, profissão, portador do RG nº __________ e CPF nº __________, residente e domiciliado à [endereço completo], por intermédio de seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA

nos termos do CF/88, art. 5º, XXXV e art. 229, e do CCB/2002, art. 1.699, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

1. DOS FATOS

O Requerente é pai do Requerido, que atualmente possui 20 anos e 7 meses de idade. Em decisão judicial, foi estabelecida a obrigação do Requerente de prestar alimentos ao Requerido. No entanto, o Requerido já possui rendimentos próprios, não concluiu o ensino médio, abandonou a escola e está em união estável. O Requerente, com 68 anos de idade, já não possui a mesma capacidade financeira para arcar com a obrigação alimentar.

2. DO DIREITO

2.1. Fundamento Constitucional e Legal

A Constituição Federal, em seu art. 229, estabelece que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores. O Código Civil, em seu art. 1.699, prevê a possibilidade de revisão ou exoneração dos alimentos quando houver mudança na situação financeira de quem os supre ou na de quem os recebe.

2.2. Princípios Regentes
2.2.1. Princípio da Proporcionalidade

O princípio da proporcionalidade, implícito no CF/88, art. 5º, LIV, determina que a obrigação alimentar deve ser proporcional às necessidades de quem recebe e às possibilidades de quem presta os alimentos. Com a maioridade do Requerido e sua capacidade de sustento próprio, a continuidade da obrigação alimentar torna-se desproporcional e injusta.

2.2.2. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

O princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no CF/88, art. 1º, III, assegura condições dignas de existência tanto para o alimentado quanto para o alimentante. A manutenção da obrigação alimentar, neste caso, compromete a dignidade do Requerente"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

A presente ação de exoneração de pensão alimentícia busca a cessação da obrigação alimentar de um pai, com 68 anos de idade, em favor de seu filho maior de idade, que já possui rendimentos próprios, não concluiu os estudos, abandonou a escola por decisão própria e está em união estável.

Conceitos e Definições:

  1. Pensão Alimentícia: Verba destinada ao sustento, educação e manutenção de quem não pode prover integralmente por si próprio.
  2. Exoneração de Pensão: Extinção da obrigação de prestar alimentos, quando comprovada a alteração das condições que motivaram sua fixação.
  3. Maioridade: Condição legal atingida aos 18 anos, quando o indivíduo adquire plena capacidade civil.
  4. Rendimentos Próprios: Ganhos ou proventos obtidos pelo alimentado que lhe garantem a subsistência.

Considerações Finais:

A exoneração da pensão alimentícia se justifica pela alteração das condições que motivaram sua fixação. Com a maioridade, rendimentos próprios, abandono escolar e união estável, o Requerido demonstrou capacidade de prover sua subsistência. A manutenção da obrigação alimentar compromete a dignidade e capacidade financeira do Requerente, que, aos 68 anos, necessita de recursos para sua própria subsistência. A presente ação visa garantir o equilíbrio e a justiça na relação alimentar, respeitando os princípios constitucionais e legais.

 

Comentário Jurídico sobre Exoneração de Pensão Alimentícia

Introdução

A exoneração de pensão alimentícia é um tema relevante no direito de família, especialmente quando o alimentando atinge a maioridade ou adquire rendimentos próprios. Este comentário aborda os aspectos legais e constitucionais envolvidos, incluindo as hipóteses de cabimento, legitimidade ativa e passiva, fundamentação legal, recursos cabíveis e limites da atuação do credor.

Princípios Legais e Constitucionais

A obrigação alimentar é sustentada por princípios constitucionais que garantem a dignidade da pessoa humana e a proteção da família. A exoneração dessa obrigação, por sua vez, deve observar as circunstâncias previstas na legislação para que não haja prejuízo ao alimentando.

Princípios Constitucionais:

  • CF/88, art. 5º, caput: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade."
  • CF/88, art. 229: "Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade."

Hipóteses de Cabimento

A exoneração de pensão alimentícia pode ser solicitada nas seguintes hipóteses:

  1. Maioridade: Quando o alimentando atinge a maioridade (18 anos), cessando automaticamente a obrigação alimentar, salvo se comprovada a necessidade de continuidade do pagamento (ex: continuidade dos estudos).
  2. Rendimentos Próprios: Quando o alimentando passa a ter rendimentos próprios que lhe garantam a subsistência.
  3. Abandono Escolar: Quando o alimentando abandona os estudos, demonstrando que não faz jus à pensão destinada ao seu desenvolvimento educacional.
  4. União Estável: Quando o alimentando constitui união estável, configurando nova entidade familiar que pode alterar sua necessidade de alimentos.

Legitimidade Ativa e Passiva

  • Legitimidade Ativa: O devedor da pensão alimentícia (normalmente, o pai ou a mãe).
  • Legitimidade Passiva: O alimentando (filho ou filha).

Fundamentação Legal

A exoneração de pensão alimentícia está fundamentada nos seguintes dispositivos legais:

  • CCB/2002, art. 1.694: "Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação."
  • CCB/2002, art. 1.699: "Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo."
  • ECA, art. 21: "O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros."

Citação e Recursos

  • Quem deve ser citado: O alimentando (filho ou filha) ou seu representante legal, caso seja menor de idade.
  • Recurso Cabível: Da decisão que julgar procedente ou improcedente a ação de exoneração de pensão alimentícia cabe recurso de apelação, conforme CPC/2015, art. 1.009.

Alcance e Limites da Atuação do Credor

O credor da pensão alimentícia deve agir conforme os princípios da boa-fé objetiva e do dever de solidariedade familiar, observando sempre a necessidade e a possibilidade das partes envolvidas. A exoneração da obrigação alimentar deve ser pleiteada somente quando verificada mudança significativa nas condições que justificaram a fixação dos alimentos.

Defesas e Contestações

Defesas do Alimentante:

  1. Jurídicas:

    • Maioridade do Alimentando: Argumentar que o alimentando já atingiu a maioridade e, portanto, não há mais a obrigação legal de prover alimentos, conforme CCB/2002, art. 1.699.
    • Rendimentos Próprios: Demonstrar que o alimentando possui rendimentos próprios suficientes para sua manutenção.
    • Abandono Escolar: Provar que o alimentando abandonou os estudos, o que justifica a cessação da pensão alimentícia destinada ao desenvolvimento educacional.
    • União Estável: Argumentar que o alimentando constituiu união estável, alterando sua necessidade de alimentos.
  2. Filosóficas:

    • Autossuficiência: Defender o princípio da autossuficiência e a responsabilidade individual após a maioridade.
    • Equidade Familiar: Argumentar que a obrigação alimentar deve ser equilibrada e cessar quando o alimentando pode prover sua própria subsistência.

Defesas do Alimentando:

  1. Jurídicas:

    • Necessidade Continuada: Provar que, mesmo após a maioridade, ainda depende dos alimentos para continuar os estudos ou por não possuir rendimentos próprios suficientes.
    • Impossibilidade de Trabalho: Demonstrar que não possui condições de trabalhar e prover seu próprio sustento devido a questões de saúde ou outras limitações.
    • Contribuição para a Educação: Argumentar que a pensão é essencial para a continuidade dos estudos e formação profissional, conforme CCB/2002, art. 1.694.
  2. Filosóficas:

    • Solidariedade Familiar: Defender o princípio da solidariedade familiar, onde os pais têm a obrigação moral e social de apoiar os filhos até que sejam totalmente independentes.
    • Proteção ao Desenvolvimento: Argumentar que a pensão alimentícia é crucial para garantir um desenvolvimento adequado, educacional e profissional do alimentando.

Jurisprudência Relacionada

Este comentário jurídico visa fornecer uma análise completa sobre a exoneração de pensão alimentícia, abordando os aspectos legais, constitucionais e jurisprudenciais relevantes para a defesa dos direitos das partes envolvidas.

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