Modelo de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável Post Mortem com Pedido de Partilha de Bens e Cessão de Direitos – Comarca de Caruaru/PE
Publicado em: 24/03/2025 Civel FamiliaEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE CARUARU – PE
Distribuição com prioridade – Idosa (Lei 10.741/2003, art. 71)
M. DA P. DE O. S.
Brasileira, viúva, comerciante, portadora do RG nº __________ e inscrita no CPF sob o nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, na cidade de Caruaru/PE, endereço eletrônico __________, vem, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Caruaru/PE, endereço eletrônico __________, com fundamento na CF/88, art. 226, § 3º e no CCB/2002, art. 1.723 e na Lei 9.278/1996, propor a presente
AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL POST MORTEM
em face de:
ESPÓLIO DE E. V. DA S.
Representado por seus herdeiros, com endereço na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Caruaru/PE, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
A Autora conviveu em união estável com o falecido E. V. DA S. por mais de 15 anos, mantendo uma relação pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituir família, conforme disposto no CCB/2002, art. 1.723. Durante o período de convivência, ambos adquiriram dois boxes na Feira de Caruaru, os quais foram alugados, gerando renda para o casal.
Com o falecimento do Sr. E., ocorrido em janeiro de 2025, a Autora, que depende economicamente da renda gerada pelos referidos boxes, procurou os familiares do falecido para solicitar a cessão de um dos boxes, a fim de assegurar sua subsistência. Contudo, seu pedido foi negado, deixando-a em situação de vulnerabilidade financeira.
DO DIREITO
Nos termos da CF/88, art. 226, § 3º, a união estável é reconhecida como entidade familiar, equiparando-se ao casamento. O CCB/2002, art. 1.723 dispõe que a união estável é configurada pela convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituir família.
No caso em tela, a Autora apresenta elementos suficientes para comprovar a existência da união estável com o falecido, tais como:
- Provas documentais (fotografias, correspondências em nome de ambos, contas de serviços públicos);
- Testemunhas que atestam a convivência pública e duradoura do casal;
- Documentos que comprovam a aquisição conjunta dos boxes na Feira de Caruaru.
Ademais, o CCB/2002, art. 1.725 estabelece que, na união estável, salvo contrato escrito entre os conviventes, aplica-se o regime da comunhão parcial de bens. Assim, os bens adquiridos onerosamente durante a convivência devem ser partilhados entre a Autora e os herdeiros do falecido.
Por fim, a negativa dos familiares em ceder um dos boxes à Autora viola os "'>...