Modelo de Ação de Regulação de Visitas para Manutenção de Vínculo Familiar

Publicado em: 19/11/2024 Menor Menor
Modelo de petição de ação de regulamentação de visitas, proposta por genitor(a) em relação ao menor atualmente em família acolhedora. O documento busca estabelecer um regime de visitas para assegurar a convivência familiar e o direito ao desenvolvimento afetivo do menor, fundamentado nos princípios do melhor interesse da criança e da proteção integral.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[NOME DO REQUERENTE], [estado civil], [profissão], inscrito(a) no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo], e-mail: [e-mail], por seu advogado infra-assinado, com escritório situado em [endereço completo], e-mail: [e-mail do advogado], vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS

em face de [NOME DO MENOR], menor de idade, atualmente inserido(a) em família acolhedora, conforme decisão judicial proferida nos autos de [número do processo de acolhimento], pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

I - DOS FATOS

O(a) requerente é genitor(a) do menor [NOME DO MENOR], que foi desacolhido(a) de sua família natural por determinação deste Juízo e inserido(a) em família acolhedora desde [data]. A decisão visou garantir a proteção e o bem-estar da criança, que, por motivos diversos, se encontrava em situação de vulnerabilidade.

No entanto, a ausência de contato direto entre o menor e seus pais biológicos tem causado grande sofrimento emocional tanto ao menor quanto ao(a) requerente, que deseja manter os laços afetivos com seu filho(a). A convivência familiar é um direito fundamental da criança, assegurado pela CF/88, art. 227, e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente ( Lei 8.069/1990), art. 19, que prevê a manutenção de vínculos familiares sempre que possível e no melhor interesse da criança.

II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O direito de visitas dos pais é fundamental para garantir a manutenção do vínculo afetivo e o desenvolvimento saudável da criança. A CF/88, art. 227, estabelece como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar. Da mesma forma, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/1990, art. 19, determina que toda criança ou adolescente tem direito à convivência familiar e comunitária.

O CCB/2002, art. 1.589, prevê que o pai ou a mãe, em cuja"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito: O(a) requerente é genitor(a) do menor [NOME DO MENOR], que se encontra em acolhimento familiar desde [data], por decisão judicial que visou sua proteção. Apesar da necessidade do acolhimento, a ausência de contato entre o menor e seus pais biológicos tem causado sofrimento ao menor e ao(a) requerente, que deseja manter o vínculo afetivo. A convivência familiar é um direito assegurado pela CF/88, art. 227, e pelo ECA, art. 19, que visam garantir a manutenção dos laços familiares sempre que possível e no melhor interesse da criança.

A regulamentação das visitas fundamenta-se no CCB/2002, art. 1.589, que prevê o direito de visitas ao genitor que não detém a guarda, assegurando o vínculo afetivo e a estabilidade emocional do menor. Além disso, o ECA estabelece que a proteção integral à criança deve ser priorizada, garantindo seu bem-estar e seu desenvolvimento afetivo, por meio da manutenção dos laços com seus familiares biológicos.

Defesas que Podem Ser Opostas: A família acolhedora ou o Ministério Público poderão alegar que a regulamentação de visitas não é adequada no presente momento, com base em relatórios psicossociais que indiquem que o contato com o(a) requerente poderia gerar instabilidade emocional ao menor. Poderão ainda sustentar que o ambiente familiar natural não é seguro para o menor e que, portanto, as visitas deveriam ser restringidas ou supervisionadas. Também poderão argumentar que o interesse do menor deve prevalecer sobre o direito dos pais biológicos, caso haja indícios de que o contato possa comprometer seu desenvolvimento.

Conceitos e Definições do Documento:

  • Família Acolhedora: Medida protetiva prevista no ECA, que visa proporcionar à criança ou adolescente em situação de vulnerabilidade um ambiente familiar temporário, até que seja possível o retorno à família natural ou a definição de outra solução permanente.

  • Melhor Interesse da Criança: Princípio fundamental do Direito da Infância e Juventude, que estabelece que todas as decisões relativas à criança devem priorizar seu bem-estar, seu desenvolvimento pleno e a proteção de seus direitos.

  • Convivência Familiar: Direito da criança e do adolescente de manter laços afetivos com seus familiares, visando garantir seu desenvolvimento emocional e afetivo, conforme previsto no ECA e na Constituição Federal.

Considerações Finais: A regulamentação de visitas é uma medida essencial para assegurar a manutenção do vínculo familiar entre o menor e seus pais biológicos, mesmo em situações de acolhimento familiar. A convivência regular e supervisionada é fundamental para o desenvolvimento emocional e afetivo da criança, garantindo seu bem-estar e sua proteção integral. Assim, o direito de visitas deve ser regulamentado de forma a garantir a proteção dos interesses do menor, promovendo seu desenvolvimento em um ambiente seguro e acolhedor.

 


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