Modelo de Alegações Finais da Defesa em Caso de Homicídio Qualificado com Fundamentação em Embriaguez e Legítima Defesa

Publicado em: 26/03/2025 Direito Penal Processo Penal
Alegações finais apresentadas pela defesa de J. C. da S. S., acusado de homicídio qualificado (CP, art. 121, § 1º, inciso I) e de violência doméstica (Lei 11.340/2006). O documento argumenta sobre a ausência de dolo direto, o estado de embriaguez do acusado, e a legítima defesa de sua companheira, sustentando a aplicação de atenuantes e a exclusão de indenização por incapacidade financeira. Também requer o direito de recorrer em liberdade, com base na primariedade e nos bons antecedentes do acusado, além de apresentar jurisprudências favoráveis aos pedidos.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE RIO VERDE/GO

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

ALEGAÇÕES FINAIS - DEFESA

J. C. DA S. S., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, com fundamento no CPP, art. 403, § 3º, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

O acusado foi denunciado como incurso nas penas do CP, art. 121, § 1º, inciso I, c/c Lei 11.340/2006, art. 5º, inciso I, sob a alegação de que teria, de forma consciente e voluntária, ceifado a vida de C. da S. L., utilizando-se de uma faca, após uma discussão ocorrida no dia 23 de novembro de 2024, na residência onde ambos conviviam.

DOS FATOS

Conforme narrado na denúncia, no dia dos fatos, o acusado, a vítima e outras pessoas estavam consumindo bebidas alcoólicas na residência onde moravam. Após um desentendimento entre a vítima e o acusado, houve uma briga generalizada, culminando na perseguição e no esfaqueamento da vítima, que veio a óbito.

Entretanto, a defesa destaca que o acusado não agiu com a intenção de matar a vítima. Ele estava sob o efeito de álcool, em situação de descontrole emocional, e agiu em defesa de sua companheira, N. C. G., que estava envolvida em uma briga com a vítima. O acusado não premeditou o ato, tampouco possuía animus necandi (intenção de matar).

DO DIREITO

A defesa sustenta que o acusado não agiu com dolo direto, mas sim em estado de embriaguez e em legítima defesa de sua companheira, o que deve ser considerado na análise do caso. Ademais, o acusado é primário, possui bons antecedentes e apresenta laudos médicos que comprovam sua fragilidade emocional e psicológica.

1. DA EMBRIAGUEZ

O CP, art. 28, inciso II, prevê que a embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, pode excluir a imputabilidade penal. Embora o acusado não esteja totalmente isento de responsabilidade, a embriaguez deve ser considerada como circunstância atenuante, nos termos do CP, art. 65, inciso III, alínea "c".

2. DA LEGÍTIMA DEFESA

O acusado agiu em legítima defesa de sua companheira, conforme previsto no CP, art. 25. A briga entre N. e a vítima gerou um contexto de tensão e descontrole, levando o acusado a agir para proteger sua companheira, ainda que de forma despr"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de análise e julgamento do processo nº [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO], em que o acusado, J. C. da S. S., foi denunciado como incurso nas penas do CP, art. 121, § 1º, inciso I c/c Lei 11.340/2006, art. 5º, inciso I.

Relatório

O presente caso trata de acusação contra o réu, J. C. da S. S., sob a alegação de que, em 23 de novembro de 2024, ceifou a vida de C. da S. L., utilizando-se de uma faca, após uma discussão no ambiente doméstico. A defesa sustenta que o réu agiu em legítima defesa de sua companheira, N. C. G., estando sob o efeito de álcool e em estado de descontrole emocional.

Fundamentação

1. Da análise dos fatos

Os fatos narrados nos autos demonstram que o réu, em meio a uma briga generalizada, agiu de maneira desproporcional ao atingir a vítima com golpes fatais. Contudo, há elementos que indicam que o ato não foi premeditado, conforme os depoimentos colhidos e os laudos apresentados.

2. Da aplicação do direito

A CF/88, art. 5º, inciso LV, assegura o direito ao contraditório e à ampla defesa. Ademais, a CF/88, art. 93, inciso IX, exige que toda decisão judicial seja devidamente fundamentada.

Com relação à embriaguez alegada pela defesa, o CP, art. 28, inciso II, não exclui a imputabilidade penal, mas permite que a embriaguez seja considerada como atenuante, conforme disposto no CP, art. 65, inciso III, alínea \"c\".

Quanto à legítima defesa, o CP, art. 25, dispõe que não há crime quando o agente age para repelir injusta agressão atual ou iminente, a si ou a terceiro, utilizando moderadamente os meios necessários. No caso em tela, embora presente a alegação de legítima defesa de terceiro, a desproporcionalidade da reação impede o reconhecimento pleno desta excludente de ilicitude.

3. Da fixação da pena

Considerando que o réu é primário e possui bons antecedentes, bem como os argumentos apresentados pela defesa, entendo que deve ser aplicada a pena no mínimo legal, com o reconhecimento das circunstâncias atenuantes.

4. Do direito de recorrer em liberdade

O CPP, art. 310, inciso III, prevê a possibilidade de concessão do direito de recorrer em liberdade ao acusado que preencha os requisitos necessários. No caso em análise, o réu colaborou com o processo e não apresenta risco à ordem pública ou à aplicação da lei penal, razão pela qual entendo cabível o direito de recorrer em liberdade.

Conclusão

Diante do exposto, e com base nos fundamentos constitucionais e legais acima elencados, voto:

  1. Por julgar parcialmente procedente o pedido, reconhecendo as circunstâncias atenuantes e aplicando a pena no mínimo legal;
  2. Pela exclusão da fixação de indenização civil mínima, considerando a incapacidade financeira do réu;
  3. Pela concessão do direito de recorrer em liberdade, com base nos requisitos do CPP, art. 310, inciso III.

Assim sendo, conheço do recurso interposto, dou-lhe parcial provimento e determino que se oficie o cumprimento imediato das disposições acima.

Magistrado(a): [NOME DO(A) JUIZ(A)]
Local e Data: [INSERIR LOCAL], [INSERIR DATA]

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