Modelo de Alegações Finais em Ação de Cobrança Indevida e Interrupção de Serviço Essencial contra Concessionária de Água

Publicado em: 26/02/2025 CivelConsumidor
Documento jurídico contendo alegações finais em uma ação movida por uma idosa de 80 anos contra a concessionária Águas do Rio 4 SPE S.A. por cobranças indevidas e interrupção de fornecimento de água. A peça jurídica aborda a violação de direitos básicos do consumidor, a responsabilidade objetiva da ré conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC), a proteção especial ao idoso conforme o Estatuto do Idoso, e o princípio da dignidade da pessoa humana. Requer-se indenização por danos morais, regularização da titularidade das contas, confirmação de tutela de urgência e condenação ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

ALEGAÇÕES FINAIS

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da 1ª Vara Cível da Regional Vila Inhomirim – Comarca de Magé/RJ.

Processo nº 0804227-61.2023.8.19.0075

H. L. B., já qualificada nos autos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus advogados, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do artigo 364 do CPC/2015, em face de ÁGUAS DO RIO 4 SPE S.A., também qualificada nos autos, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

A autora, idosa de 80 anos, teve instalado em sua residência um hidrômetro pela ré em outubro de 2022. Contudo, após a instalação, a ré passou a cobrar faturas retroativas, vinculadas a uma matrícula diversa e em nome de terceiros, sem qualquer conhecimento ou anuência da autora.

Apesar de a autora estar em dia com as faturas referentes ao seu consumo, a ré, de forma abusiva, suspendeu o fornecimento de água em sua residência, privando-a de um serviço essencial, mesmo diante de sua condição de vulnerabilidade, conforme amplamente demonstrado nos autos.

Além disso, a ré não regularizou a titularidade das contas de consumo, mesmo após determinação judicial, agravando ainda mais os prejuízos suportados pela autora.

DO DIREITO

O caso em tela versa sobre relação de consumo, sendo aplicável o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor (CDC, art. 14). A ré, como concessionária de serviço público essencial, tem o dever de prestar o serviço de forma contínua, eficiente e segura, conforme o CDC, art. 22.

A interrupção indevida do fornecimento de água, somada à cobrança de valores inexigíveis e à negativa de regularização da titularidade das contas, configura grave falha na prestação do serviço, violando os direitos básicos da autora, previstos no CDC, art. 6º.

Ademais, a conduta da ré afronta o princíp"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimos Senhores Desembargadores,

Trata-se de recurso interposto nos autos do processo nº Acórdão/TJSP, em que figura como recorrente ÁGUAS DO RIO 4 SPE S.A. e como recorrida H. L. B., idosa de 80 anos, no qual se discute a interrupção indevida do fornecimento de água e a cobrança de valores inexigíveis relacionados a uma matrícula diversa.

Dos Fatos

Conforme consta nos autos, a autora, após a instalação de hidrômetro pela ré, passou a receber cobranças retroativas vinculadas a uma matrícula em nome de terceiros. Mesmo estando em dia com suas contas, a ré suspendeu o fornecimento de água, configurando ato abusivo, em prejuízo de uma consumidora idosa e vulnerável. O serviço essencial foi indevidamente interrompido, contrariando determinação judicial para regularização da titularidade das contas.

Dos Fundamentos Jurídicos

O caso em análise trata de relação de consumo, regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), em especial pelos artigos 6º, 14 e 22, que asseguram ao consumidor a continuidade da prestação de serviços essenciais e determinam a responsabilidade objetiva do fornecedor por falhas na prestação do serviço.

Ademais, a conduta da ré viola o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e os direitos fundamentais do idoso, previstos no Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003, art. 71). A interrupção do fornecimento de água configura grave afronta aos direitos básicos da autora, agravada por sua condição de vulnerabilidade.

Da Jurisprudência

Destaco precedentes que corroboram a tese da recorrida:

  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: Interrupção indevida de serviço essencial caracteriza dano moral, com arbitramento de indenização de R$ 10.000,00.
  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: Reafirmação da responsabilidade objetiva da concessionária por falha na prestação de serviço público essencial.
  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: Declaração de inexigibilidade de débitos vinculados a consumo irregular, com a imposição de transparência nas cobranças.

Do Mérito e Decisão

Diante do exposto, considerando os fatos e os fundamentos jurídicos apresentados, bem como o princípio da dignidade da pessoa humana e os direitos do consumidor, voto no sentido de conhecer o recurso interposto pela ré, mas por sua vez, negar-lhe provimento.

Assim, julgo procedentes os pedidos formulados pela autora nos seguintes termos:

  1. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente desde a data do arbitramento e acrescidos de juros de mora a contar da interrupção indevida do fornecimento de água;
  2. Determinar a regularização imediata da titularidade das contas de consumo em nome da autora, sob pena de multa diária de R$ 500,00;
  3. Confirmar a tutela de urgência anteriormente deferida para garantir o fornecimento contínuo de água na residência da autora;
  4. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85, §2º.

Conclusão

Por todo o exposto, voto por manter a sentença de primeiro grau e julgar procedentes os pedidos da autora, como medida de justiça.

É como voto.

Rio de Janeiro, __ de ________ de 2023.

Desembargador(a) Fulano de Tal
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ)


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