Modelo de Contestação à Ação de Execução Fiscal - Cobrança de IPTU sobre Terreno Invadido

Publicado em: 03/09/2024 Processo Civil Tributário
Modelo de contestação à ação de execução fiscal movida pelo Município de Teresina para a cobrança de IPTU sobre um terreno de propriedade do contestante, que foi invadido por terceiros. A peça argumenta sobre a inexistência de responsabilidade do proprietário pelo pagamento do imposto, considerando a posse ilegal do imóvel por invasores, e requer a nulidade da cobrança.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de Teresina – PI

Processo nº: __________
Executado: [Nome do Executado]
Exequente: Município de Teresina

[Nome do Executado], brasileiro(a), [estado civil], [profissão], portador(a) do RG nº __________ e do CPF nº __________, residente e domiciliado(a) à [endereço completo], por seu advogado infra-assinado, nos autos da Ação de Execução Fiscal movida pelo Município de Teresina, processo em epígrafe, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar

CONTESTAÇÃO

com fulcro no CPC/2015, art. 300, e nos fundamentos jurídicos a seguir expostos:

1. Dos Fatos

O contestante é proprietário de um terreno situado à [endereço do terreno], no Município de Teresina, conforme matrícula nº __________ do Cartório de Registro de Imóveis. Entretanto, o referido imóvel foi invadido por terceiros em [data da invasão], encontrando-se, desde então, sob a posse ilegítima de invasores.

Desde a invasão, o contestante não tem mais acesso ao imóvel, nem usufruto de suas funcionalidades, não exercendo, portanto, qualquer posse direta sobre o terreno. Apesar dessa situação, o Município de Teresina ajuizou a presente Ação de Execução Fiscal, visando à cobrança de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) referente aos anos de __________ a __________.

2. Do Direito

2.1. Da Impossibilidade de Cobrança de IPTU em Terreno Invadido

Nos termos do CCB/2002, art. 1.228, o proprietário tem o direito de usar, gozar e dispor do bem, mas também tem o dever de pagar tributos como o IPTU, com base na posse e fruição do imóvel. Contudo, o CF/88, art. 150, IV, estabelece o princípio da capacidade contributiva, que impõe que a cobrança de tributos seja proporcional à capacidade econômica do contribuinte.

No caso em tela, o contestante não exerce a posse do imóvel devido à ocupação ilegal por invasores, o que caracteriza um impedimento para o exercício dos direitos inerentes à propriedade. Assim, não há como exigir o pagamento de IPTU de quem não tem acesso ao imóvel, uma vez que o tributo é contraprestação pelo poder de utilização e fruição do bem, conforme CF/88, art. 145, §1º.

2.2. Da Responsabilidade dos Invaso"'>...


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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito, Conceitos e Definições

A presente contestação visa a defesa dos direitos do proprietário de um terreno invadido, frente à cobrança indevida de IPTU por parte do Município de Teresina. O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é um tributo que incide sobre a propriedade, a posse ou o uso de bens imóveis localizados em áreas urbanas, e sua cobrança pressupõe o exercício da posse direta e da fruição do bem pelo contribuinte.

No caso concreto, o contestante teve seu imóvel invadido por terceiros, perdendo, assim, o controle e o uso do terreno. A cobrança de IPTU em tais circunstâncias viola princípios constitucionais e legais, uma vez que o proprietário não tem condições de usufruir do bem e, portanto, não deveria ser responsável pelo pagamento do tributo.

Considerações Finais

A defesa apresentada busca demonstrar que a cobrança do IPTU, nas condições narradas, é indevida e injusta, uma vez que o contestante não exerce a posse nem o uso do imóvel devido à invasão. O reconhecimento dessa realidade é essencial para assegurar a justiça fiscal e a aplicação correta dos princípios tributários e constitucionais. A anulação da execução fiscal é medida necessária para garantir o respeito aos direitos do proprietário, evitando-se a imposição de ônus desproporcionais e inadequados.

 

TÍTULO:
CONTESTAÇÃO À AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL PARA COBRANÇA DE IPTU SOBRE TERRENO INVADIDO

Notas Jurídicas

  • As notas jurídicas são criadas como lembrança para o estudioso do direito sobre alguns requisitos processuais, para uso eventual em alguma peça processual, judicial ou administrativa.
  • Assim sendo, nem todas as notas são derivadas especificamente do tema anotado, são genéricas e podem eventualmente ser úteis ao consulente.
  • Vale lembrar que o STJ é o maior e mais importante Tribunal uniformizador. Caso o STF julgue algum tema, o STJ segue esse entendimento. Como um Tribunal uniformizador, é importante conhecer a posição do STJ; assim, o consulente pode encontrar um precedente específico. Não encontrando este precedente, o consulente pode desenvolver uma tese jurídica, o que pode eventualmente resultar em uma decisão favorável. Jamais deve ser esquecida a norma contida na CF/88, art. 5º, II: ‘ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei’.
  • Pense nisso: O IPTU tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel localizado na zona urbana. A responsabilidade pelo pagamento desse tributo deve ser aferida à luz da situação de posse e propriedade do imóvel.

1. Introdução:

A contestação à execução fiscal movida pelo Município de Teresina para a cobrança de IPTU sobre um terreno invadido visa demonstrar a ilegitimidade da cobrança fiscal diante da posse ilegal de terceiros. A peça argumenta que o proprietário não pode ser responsabilizado pelo pagamento do tributo enquanto o terreno estiver sob posse de invasores.

Legislação:

Jurisprudência:



IPTU sobre Terreno Invadido
Responsabilidade Tributária de Invasores


2. Alcance e Limites da Atuação de Cada Parte:

O Município de Teresina, como autor da ação de execução fiscal, tem a prerrogativa de exigir o pagamento do IPTU. No entanto, o proprietário, ao contestar a execução, pode alegar a falta de posse sobre o terreno devido à invasão, argumentando que o fato gerador do tributo (a posse) está com os invasores.

Legislação:

Jurisprudência:



Fato Gerador do IPTU
Direitos do Proprietário em Caso de Invasão


3. Argumentações Jurídicas Possíveis:

Uma das principais argumentações é que, sendo o terreno invadido por terceiros, o proprietário não exerce posse sobre o imóvel e, portanto, não pode ser compelido ao pagamento de IPTU. Além disso, pode-se alegar a nulidade do título executivo fiscal pela ausência de notificação prévia sobre a invasão e a consequente ilegitimidade da cobrança.

Legislação:

  • CTN, art. 111 – Interpretação de isenções tributárias.
  • CTN, art. 37 – Nulidade de cobrança fiscal por vícios de forma.

Jurisprudência:



Ilegitimidade de Cobrança de IPTU
Nulidade de Título Executivo Fiscal


4. Natureza Jurídica dos Institutos:

O IPTU é um tributo de natureza real, ou seja, recai diretamente sobre o imóvel, independentemente da situação pessoal do contribuinte. Contudo, a responsabilidade pelo pagamento está atrelada à posse ou propriedade do imóvel. Em situações de posse ilegal, o proprietário não é considerado responsável pelo pagamento do tributo.

Legislação:

Jurisprudência:



Natureza Jurídica do IPTU
Responsabilidade pelo Pagamento do IPTU


5. Prazo Prescricional e Decadencial:

O prazo prescricional para a cobrança do IPTU é de cinco anos, contados da data do lançamento do crédito tributário. Além disso, o direito de contestar a execução fiscal com base na posse ilegal também segue o prazo de cinco anos, salvo situações excepcionais em que o prazo decadencial é interrompido ou suspenso.

Legislação:

Jurisprudência:



Prazo Prescricional do IPTU
Prazo Decadencial na Execução Fiscal


6. Prazos Processuais:

Os prazos processuais para a contestação da execução fiscal devem ser rigorosamente observados. A contestação deve ser apresentada no prazo de 30 dias a contar da citação. Após o prazo, a execução pode ser levada adiante de forma regular, salvo apresentação de embargos à execução.

Legislação:

Jurisprudência:



Prazos na Contestação à Execução
Prazo para Embargos à Execução


7. Provas e Documentos:

O proprietário deve anexar à contestação documentos que comprovem a posse ilegal por terceiros, como boletins de ocorrência, fotos ou registros de invasão, além de tentar demonstrar que a posse do imóvel está de fato com os invasores e não com o proprietário.

Legislação:

Jurisprudência:



Provas de Invasão em Cobrança de IPTU
Provas de Posse Ilegal


8. Defesas Possíveis:

As defesas possíveis em uma contestação à execução fiscal incluem a alegação de nulidade do título executivo, a inexistência de fato gerador do IPTU, bem como a ilegitimidade passiva do proprietário que não possui posse sobre o imóvel. É possível também argumentar a prescrição do crédito tributário.

Legislação:

Jurisprudência:



Ilegitimidade Passiva no IPTU
Nulidade de Título Executivo no IPTU


9. Legitimidade Ativa e Passiva:

O Município de Teresina é parte legítima para cobrar o IPTU. No entanto, o proprietário do imóvel invadido pode contestar a cobrança com base na ilegitimidade passiva por não exercer posse sobre o imóvel.

Legislação:

Jurisprudência:



Legitimidade Passiva no IPTU
Legitimidade do Município para Cobrar IPTU


10. Valor da Causa:

O valor da causa na execução fiscal deve corresponder ao montante do débito de IPTU em discussão, acrescido de multas e encargos legais. Na contestação, o valor da causa será o mesmo valor indicado na inicial da execução fiscal.

Legislação:

Jurisprudência:



Valor da Causa em Execução de IPTU
Cálculo do Valor da Causa no IPTU


11. Recurso Cabível:

Caso a contestação seja indeferida, o proprietário poderá interpor apelação dentro do prazo de 15 dias úteis, conforme prevê o CPC/2015, buscando a reforma da decisão. O recurso deve ser fundamentado em eventuais nulidades processuais ou na ausência de posse sobre o imóvel.

Legislação:

Jurisprudência:



Apelação em Execução Fiscal
Recurso sobre Ilegitimidade Passiva no IPTU


12. Considerações Finais:

A contestação à execução fiscal por cobrança de IPTU em terreno invadido busca proteger o proprietário contra uma cobrança indevida, dado que ele não exerce posse sobre o imóvel. A responsabilidade pelo IPTU deve ser atribuída àquele que detém a posse ou o domínio útil, e não àquele que foi despojado da posse por invasores.


 

 

 

 


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