Modelo de Defesa de Advogado Acusado de Retenção Indevida de Valores em Ação de Alimentos

Publicado em: 09/10/2024 Civel Familia
Modelo de defesa em ação de acusação de retenção indevida de valores em ação de alimentos, fundamentada na compensação de honorários advocatícios não pagos. A peça aborda a validade do contrato de prestação de serviços, o princípio da boa-fé e a legalidade da retenção dos valores para garantir o pagamento dos honorários.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara de Família da Comarca de ________

Processo n.º: (incluir número do processo)
Requerido: (nome do advogado)
Requerente: (nome do cliente)

Assunto: Defesa em Ação de Retenção Indevida de Valores
Valor da Causa: R$ (valor da causa)

I – Dos Fatos

  1. O Requerido, (nome do advogado), é advogado constituído pelo Requerente, (nome do cliente), em ação de execução de alimentos na qual houve bloqueio judicial de valores. No entanto, o Requerente alega que o Requerido teria retido indevidamente a quantia bloqueada, sem repassar-lhe o valor a que supostamente teria direito.

  2. Importa esclarecer que a retenção dos valores se deu em razão do inadimplemento por parte do Requerente no que tange ao pagamento dos honorários advocatícios previamente acordados. Conforme contrato firmado entre as partes, os honorários advocatícios deveriam ser pagos de forma proporcional ao sucesso da demanda, sendo que, até o presente momento, o Requerente não honrou com o pagamento devido ao Requerido, conforme pactuado.

  3. A retenção dos valores foi realizada de boa-fé e com a finalidade de garantir o cumprimento do acordo de honorários, considerando que o valor bloqueado nos autos corresponde ao trabalho efetivamente prestado pelo Requerido. Não se trata de apropriação indevida, mas sim do exercício legítimo de um direito contratual, resguardado por meio de cláusula expressa em contrato de prestação de serviços advocatícios.

II – Do Direito

  1. A CF/88, art. 5º, II, assegura que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei. Nesse sentido, o contrato de prestação de serviços advocatícios é válido e deve ser cumprido, nos termos do CCB/2002, art. 421, que estabelece a liberdade de contratar e o respeito à autonomia da vontade das partes.

  2. A retenção de valores, nesse contexto, é permitida, considerando-se o disposto no CCB/2002, art. 368, que prevê a compensação de obrigações quando ambas as partes forem ao mesmo tempo credoras e devedoras uma da outra. No presente caso, o Requerido é credor dos honorários advocatícios, enquanto o Requerente é credor dos valores recebidos na ação de execução de alimentos.

  3. O CPC/2015, art. 85, § 14, também reconhece o caráter alimentar dos honorários advocatícios, sendo que a retenção dos valores foi realizada com o intuito de garantir o pagamento devido pelo serviço prestado. É importante ressaltar que a atuação do advogado é essencial à administração da Justiça, e sua remuneração, prevista em contrato, é um direito "'>...

    Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

O Requerido, na qualidade de advogado do Requerente, celebrou um contrato de prestação de serviços advocatícios, com cláusula expressa sobre a forma de pagamento dos honorários. No decorrer da ação de execução de alimentos, houve bloqueio de valores em favor do Requerente, os quais foram retidos pelo Requerido em razão do inadimplemento do contrato por parte do Requerente. A retenção foi feita com base na boa-fé, objetivando garantir o pagamento pelos serviços prestados.

A CF/88, art. 5º, II, e o CCB/2002, art. 421, garantem a liberdade de contratar e o cumprimento das obrigações pactuadas. Ademais, o CPC/2015, art. 85, § 14, reconhece o caráter alimentar dos honorários advocatícios, justificando a retenção dos valores pelo Requerido. Assim, não há que se falar em apropriação indevida, mas sim em exercício regular de um direito contratual.

Conceitos e Definições

  • Honorários Advocatícios: Remuneração devida ao advogado pela prestação de serviços jurídicos, reconhecida como de caráter alimentar, nos termos do CPC/2015, art. 85, § 14.

  • Compensação de Obrigações: Mecanismo previsto no CCB/2002, art. 368, que permite a extinção de dívidas recíprocas entre duas partes que sejam ao mesmo tempo credoras e devedoras.

  • Autonomia Privada: Princípio que garante às partes a liberdade de contratar e definir os termos de suas obrigações, conforme disposto no CCB/2002, art. 421.

Considerações Finais

A presente defesa visa demonstrar que o Requerido, advogado do Requerente, apenas exerceu seu direito contratual de retenção dos valores bloqueados em razão do inadimplemento dos honorários advocatícios. A retenção foi realizada de boa-fé, com base em cláusula expressa do contrato de prestação de serviços, não havendo qualquer irregularidade ou má-fé na conduta do Requerido. Assim, requer-se a improcedência do pedido de restituição dos valores, garantindo-se o direito do advogado ao recebimento pelos serviços prestados.



TÍTULO:
DEFESA EM AÇÃO DE ACUSAÇÃO DE RETENÇÃO INDEVIDA DE VALORES EM AÇÃO DE ALIMENTOS, FUNDAMENTADA NA COMPENSAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NÃO PAGOS


1. Introdução

A presente peça visa à defesa de [Nome do Réu] na ação de acusação de retenção indevida de valores referente a uma ação de alimentos, sob a alegação de compensação de honorários advocatícios não pagos. A defesa é sustentada na validade do contrato de prestação de serviços firmado entre o réu e a parte autora, que garante a compensação dos valores retidos para assegurar o pagamento dos honorários devidos. Além disso, invocam-se os princípios da boa-fé contratual e da legalidade da compensação de obrigações como fundamentos para a atuação do réu.


2. Defesa de Retenção Indevida

No mérito da defesa, é fundamental considerar a relação jurídica existente entre as partes. A retenção de valores alegada pela parte autora refere-se a uma quantia que foi objeto de compensação de obrigações, em razão do inadimplemento de honorários advocatícios devidos ao réu. A compensação de dívidas é permitida no ordenamento jurídico, especialmente quando há contrato previamente pactuado entre as partes.

O Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 368) disciplina a compensação de obrigações, sendo um instituto que permite que débitos sejam abatidos quando ambas as partes são simultaneamente credoras e devedoras. Neste caso, o réu, na qualidade de advogado, prestou serviços à parte autora, que não efetuou o pagamento dos honorários devidos, o que autorizou a compensação com valores retidos.

Legislação:
CCB/2002, art. 368 — A compensação extingue as duas obrigações, até onde se compensarem, quando duas pessoas forem ao mesmo tempo credora e devedora uma da outra.
CCB/2002, art. 369 — A compensação ocorre entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.

Jurisprudência:
Compensação de Obrigações
Retenção Indevida de Honorários
Validade de Contrato de Honorários


3. Honorários Advocatícios

Os honorários advocatícios possuem natureza alimentar, equiparando-se às dívidas relacionadas a subsistência, conforme previsão no Código de Processo Civil (CPC/2015, art. 85). Dessa forma, a compensação dos valores retidos para o pagamento dos honorários não pode ser considerada indevida, pois o advogado tem direito a receber pelos serviços prestados.

A jurisprudência pátria reforça que, em situações onde há inadimplemento por parte do cliente, o advogado pode exercer o direito de retenção até a quitação da dívida. No caso em tela, o réu agiu de maneira legítima ao realizar a compensação para garantir o recebimento dos honorários contratuais.

Legislação:
CPC/2015, art. 85, §14 — Os honorários advocatícios têm natureza alimentar.
CCB/2002, art. 389 — O devedor, incorrendo em mora, responderá pelos juros, atualização monetária e honorários de advogado.

Jurisprudência:
Honorários Advocatícios Natureza Alimentar
Direito de Retenção de Honorários
Honorários Compensação


4. Contrato de Prestação de Serviços

O contrato de prestação de serviços firmado entre o réu e a parte autora é válido, tendo sido pactuado de forma regular e dentro dos limites da legislação vigente. O Código Civil Brasileiro regula as obrigações derivadas de contratos de prestação de serviços, sendo que as partes têm o dever de cumprir o que foi acordado. No contrato, estava prevista a prestação de serviços advocatícios em troca de uma contraprestação financeira, ou seja, o pagamento dos honorários.

Havendo inadimplemento por parte da contratante, o réu exerceu seu direito de reter os valores relativos à compensação dos honorários não pagos, conforme estabelecido no contrato. Não há, portanto, ilegalidade na retenção, sendo este um direito contratual do advogado.

Legislação:
CCB/2002, art. 593 — Regula o contrato de prestação de serviços.
CCB/2002, art. 421 — Princípio da autonomia da vontade nas relações contratuais.

Jurisprudência:
Contrato de Prestação de Serviços
Retenção Contratual de Honorários
Obrigação Contratual de Advocacia


5. Compensação de Obrigações

No que tange à compensação de obrigações, o Código Civil é claro ao permitir que uma dívida seja extinta pela compensação de outra, desde que sejam líquidas e exigíveis. No caso em análise, a parte autora possui uma dívida de honorários advocatícios com o réu, que, por sua vez, teve de reter valores que seriam destinados ao pagamento de alimentos, em razão do não pagamento dos honorários devidos.

Portanto, a compensação de valores é legítima e encontra respaldo no ordenamento jurídico, afastando qualquer alegação de retenção indevida. O réu agiu dentro dos limites legais e contratuais, garantindo a quitação da dívida oriunda da prestação de serviços advocatícios.

Legislação:
CCB/2002, art. 368 — Regula a compensação de obrigações entre dívidas líquidas.
CCB/2002, art. 370 — Define os requisitos para que a compensação seja efetivada.

Jurisprudência:
Compensação Contrato de Serviços
Compensação de Dívidas
Compensação Honorários


6. Princípio da Boa-fé

A atuação do réu também encontra respaldo no princípio da boa-fé, que rege as relações contratuais no direito brasileiro. A boa-fé objetiva implica que as partes devem agir com lealdade e honestidade no cumprimento das obrigações contratuais. A parte autora, ao não quitar os honorários advocatícios devidos, violou esse princípio, permitindo que o réu, de maneira justa, exercesse seu direito de compensação.

Assim, o réu agiu em conformidade com os preceitos da boa-fé ao reter os valores para garantir o pagamento de sua remuneração, o que reflete uma conduta legítima e respaldada pela legislação e pelos princípios norteadores das relações contratuais.

Legislação:
CCB/2002, art. 422 — As partes devem guardar a boa-fé e a probidade na execução dos contratos.
CPC/2015, art. 5º — O princípio da boa-fé objetiva aplica-se ao processo civil.

Jurisprudência:
Boa-fé Contratual
Retenção de Honorários com Base na Boa-fé
Boa-fé na Execução de Contratos


7. Considerações Finais

Diante dos fatos apresentados, resta evidente que a retenção de valores feita pelo réu, na condição de advogado, foi legal e amparada pelo direito de compensação de obrigações e pelo contrato de prestação de serviços firmado com a parte autora. A compensação visava garantir o pagamento dos honorários advocatícios devidos e não pagos, o que afastou qualquer alegação de ilegalidade.

Dessa forma, a defesa confia que o presente pleito será julgado improcedente, reconhecendo-se o direito do réu à compensação e à retenção dos valores retidos.


 


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Modelo de Réplica à Contestação em Ação Revisional de Alimentos com Pedido de Majoração

Modelo de Réplica à Contestação em Ação Revisional de Alimentos com Pedido de Majoração

Publicado em: 25/09/2024 Civel Familia

Modelo de réplica à contestação em ação revisional de alimentos, com pedido de majoração dos valores alimentares. A peça aborda a impugnação à alegação de incapacidade financeira do Requerido, o aumento das necessidades do menor e a omissão de informações financeiras, requerendo a majoração dos alimentos com base nos princípios do melhor interesse do menor e da dignidade da pessoa humana.

Acessar

Modelo de Petição de Exoneração da Obrigação de Prestar Alimentos – Maioridade e Cessação da Necessidade

Modelo de Petição de Exoneração da Obrigação de Prestar Alimentos – Maioridade e Cessação da Necessidade

Publicado em: 26/09/2024 Civel Familia

Modelo de petição requerendo a exoneração da obrigação de prestar alimentos, fundamentado no atingimento da maioridade do alimentado. O modelo aborda a questão da continuidade do pagamento de acordo por inadimplemento de pensões antigas e destaca os princípios da necessidade, proporcionalidade e dignidade humana no que tange ao instituto dos alimentos. A peça segue os preceitos do CCB/2002 e do CPC/2015.

Acessar

Modelo de Contestação de Alimentos com Pedido de Revisão de Valores Retroativos

Modelo de Contestação de Alimentos com Pedido de Revisão de Valores Retroativos

Publicado em: 23/09/2024 Civel Familia

Modelo de contestação em ação de alimentos onde o réu, citado tardiamente, já vinha cumprindo a obrigação alimentícia espontaneamente. A peça argumenta sobre a impossibilidade de pagar valores retroativos desproporcionais, destacando o cumprimento voluntário dos alimentos e as condições financeiras e de saúde do réu.

Acessar

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 19,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 29,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 26,63 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 79,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 21,65 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 129,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 15,70 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 219,90

Parcele em até 6x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.