Modelo de Embargos de Terceiro em Processo Trabalhista para Desbloqueio de Bens de Titularidade Exclusiva de Ex-Cônjuge

Publicado em: 19/03/2025 CivelProcesso Civil Impenhorabilidade Trabalhista Processo do Trabalho
Proposta de embargos de terceiro em processo trabalhista, fundamentada no CPC/2015, art. 674 e seguintes, para contestar a penhora de valores e contas bancárias de uma ex-esposa, titular exclusiva dos bens bloqueados. O documento detalha os fatos, incluindo a ausência de vínculo da embargante com a dívida trabalhista, e argumenta a violação dos limites da coisa julgada e dos princípios da impenhorabilidade e da proteção de bens de terceiros. Inclui pedidos de tutela provisória para desbloqueio imediato, declaração de nulidade da penhora e condenação em honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ª VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]

Processo nº: [número do processo]

EMBARGOS DE TERCEIRO

Embargante: [NOME COMPLETO DO EMBARGANTE], brasileira, [estado civil], [profissão], portadora do CPF nº [número], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].

Embargado: [NOME COMPLETO DO EMBARGADO], brasileiro, [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].

PREÂMBULO

O Embargante, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 674 e seguintes, propor os presentes EMBARGOS DE TERCEIRO, em face da penhora realizada nos valores e contas bancárias de sua titularidade, nos bancos Nubank, Itaú, PagBank, Stone e Banco do Brasil, conforme os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

1. O Embargante é ex-esposa do Sr. [nome do sócio], sócio da empresa executada no processo trabalhista em epígrafe.

2. No curso da execução trabalhista, foram bloqueados valores e contas bancárias de titularidade exclusiva do Embargante, incluindo contas nos bancos Nubank, Itaú, PagBank, Stone (relativa à maquininha de cartão) e Banco do Brasil.

3. A referida penhora decorreu do fato de que a maquininha de cartão Stone, de titularidade do Embargante, era utilizada no bar de propriedade do Sr. [nome do sócio], ex-marido do Embargante. Contudo, tal fato não autoriza a constrição de bens e valores de titularidade exclusiva do Embargante, que não é parte no processo trabalhista e não possui qualquer vínculo com a dívida em execução.

4. O bloqueio realizado é manifestamente ilegal, pois viola os limites da coisa julgada, além de atingir bens de terceiro que não é parte na relação processual.

DO DIREITO

5. Nos termos do CPC/2015, art. 674, os embargos de terceiro são cabíveis para proteger bens de quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição judicial indevida. O Embargante, na condição de terceiro, é legítimo para propor a presente medida, uma vez que teve seus bens penhorados de forma indevida.

6. A penhora realizada viola os limites da coisa julgada, conforme disposto no CPC/2015, art. 502, uma vez que o título executivo judicial não abrange o Embargante, que não é parte na relação processual e não possui qualquer responsabilidade pela dívida trabalhista em execução.

7. Ademais, o CPC/2015, art. 790, IV, estabelece que a execução pode recair sobre bens de terceiros apenas em hipóteses excepcionais, o que não se verifica no caso em tela. A utilização da maquininha de cartão Stone no bar do ex-marido do Embargante não transfere a responsabilidade pela dívida trabalhista à titular da maquininha.

8. A constrição realizada também afronta o princípio da impenho"'>...

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RELATÓRIO

Trata-se de embargos de terceiro interpostos por [NOME COMPLETO DO EMBARGANTE], visando à desconstituição de penhora realizada em valores e contas bancárias de sua titularidade, nos bancos Nubank, Itaú, PagBank, Stone e Banco do Brasil, no curso de processo trabalhista em que figura como executada a empresa da qual o ex-marido do embargante é sócio.

O embargante alega que a penhora de seus bens ocorreu de forma indevida, uma vez que não é parte no processo trabalhista e não possui qualquer responsabilidade pela dívida em execução, argumentando ainda que as contas e valores bloqueados são de sua titularidade exclusiva.

Com base nos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, o embargante requer a nulidade da penhora, bem como a liberação imediata dos valores bloqueados.

FUNDAMENTAÇÃO

Nos termos da CF/88, art. 93, inciso IX, a decisão deve ser fundamentada, demonstrando a análise dos fatos e do direito aplicável ao caso concreto.

Da Legitimidade do Embargante

Nos termos do CPC/2015, art. 674, os embargos de terceiro são cabíveis para proteger bens de quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição judicial indevida. O embargante, na condição de terceiro, possui legitimidade ativa para a propositura da presente medida, considerando que os valores bloqueados são de sua titularidade exclusiva, conforme demonstrado nos autos.

Da Ilegalidade da Penhora

A constrição realizada nos valores e contas bancárias do embargante viola os limites da coisa julgada, conforme disposto no CPC/2015, art. 502, uma vez que o título executivo judicial não abrange o embargante. A responsabilidade pela dívida trabalhista recai exclusivamente sobre a empresa executada, não havendo fundamento legal para a extensão da penhora a bens de terceiro que não é parte na relação processual.

Além disso, o CPC/2015, art. 790, inciso IV, estabelece que a execução pode recair sobre bens de terceiros apenas em hipóteses excepcionais, as quais não se verificam no caso em tela. A utilização da maquininha de cartão Stone no bar de propriedade do ex-marido do embargante não transfere a responsabilidade pela dívida trabalhista ao titular da maquininha.

Do Princípio da Impenhorabilidade de Bens de Terceiros

O CPC/2015, art. 833 assegura a impenhorabilidade de bens de terceiros, protegendo aqueles que não são partes na execução. No caso em análise, o bloqueio de contas bancárias de titularidade exclusiva do embargante configura violação a esse princípio, sendo necessária a desconstituição da penhora para garantir a legalidade do procedimento judicial.

Jurisprudência

A jurisprudência tem reiteradamente reconhecido a ilegalidade da penhora de bens de terceiros nos casos em que não há vínculo direto com a dívida em execução. Destaco os seguintes precedentes:

Apelação Cível Acórdão/TJSP: \\\"EMBARGOS DE TERCEIRO - Penhora on line - Bloqueio de valor existente em conta-corrente de terceiro. Comprovação da titularidade exclusiva dos valores. Nulidade da penhora. Recurso parcialmente provido.\\\" [TJSP, Rel. Des. Vicentini Barroso, julgado em 03/09/2024].
Apelação Cível Acórdão/TJSP: \\\"Embargante que é casado com a executada, tendo sido bloqueados valores em conta corrente conjunta. Presunção do rateio em partes iguais do numerário. Sentença parcialmente reformada para manter bloqueio de apenas 50% dos valores.\\\" [TJSP, Rel. Des. Claudia Carneiro Calbucci Renaux, julgado em 23/09/2024].

DISPOSITIVO

Diante do exposto, com fundamento no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, e no CPC/2015, art. 674, CPC/2015, art. 502, CPC/2015, art. 790, inciso IV, e CPC/2015, art. 833, voto pela procedência dos presentes embargos de terceiro, para reconhecer a nulidade da penhora realizada sobre os bens e valores de titularidade exclusiva do embargante.

Determino o imediato desbloqueio dos valores e contas bancárias do embargante nos bancos Nubank, Itaú, PagBank, Stone e Banco do Brasil, com a intimação das instituições financeiras para o cumprimento da presente decisão.

Condeno o embargado ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do CPC/2015, art. 85.

É como voto.

[Cidade/UF], [data].

[Nome do Magistrado]

Juiz de Direito


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