Modelo de Pedido de Lavratura de Escritura Pública de União Estável com Cláusulas de Proteção Patrimonial

Publicado em: 26/11/2024 Familia
Documento legal que apresenta requerimento formal ao Tabelião do Cartório de Notas para lavratura de Escritura Pública de União Estável entre dois conviventes. O pedido fundamenta-se no art. 1.723 do Código Civil Brasileiro e destaca a autonomia privada dos requerentes para incluir cláusulas de proteção patrimonial e adotar o regime de separação de bens, conforme disposto no art. 1.687 do CCB/2002. Contém análise jurídica, doutrinária e jurisprudencial relevante, além de pedidos específicos para formalização da união estável e emissão de certidão.

PEÇA PROCESSUAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Tabelião do Cartório de Notas da Comarca de [INSIRA A COMARCA], [NOME COMPLETO DO REQUERENTE], [qualificação completa: estado civil, profissão, CPF, RG, endereço eletrônico, domicílio e residência], e [NOME COMPLETO DO REQUERIDO], [qualificação completa: estado civil, profissão, CPF, RG, endereço eletrônico, domicílio e residência], vêm, respeitosamente, requerer a lavratura de Escritura Pública de União Estável com Cláusulas de Proteção Patrimonial, nos termos do art. 1.723 do Código Civil Brasileiro, conforme os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Os requerentes convivem em união estável desde [DATA], conforme se comprova pelos documentos anexos, caracterizando um relacionamento público, contínuo e duradouro, com objetivo de constituição de família, nos termos do CCB/2002, art. 1.723.

Em razão da autonomia privada e do interesse de resguardar o patrimônio individual de cada convivente, os requerentes decidiram formalizar a presente união estável por meio de escritura pública, estabelecendo cláusulas específicas para proteção patrimonial, de modo a evitar a comunicação de bens adquiridos individualmente durante a convivência.

DO DIREITO

A união estável é reconhecida como entidade familiar pela Constituição Federal de 1988 (CF/88, art. 226, §3º) e regulamentada pelo Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 1.723). Trata-se de uma relação jurídica que confere aos conviventes direitos e deveres recíprocos, inclusive no âmbito patrimonial.

O Código Civil Brasileiro permite que os conviventes, no exercício de sua autonomia privada, estipulem regras específicas para reger o patrimônio da união estável, conforme o disposto no CCB/2002, art. 1.725. Assim, é plenamente possível a inclusão de cláusulas de proteção patrimonial na escritura pública, desde que respeitados os limites legais e os princípios de boa-fé e equidade.

Nesse sentido, os requerentes, de comum acordo, optam por adotar o regime de separação de bens, conforme previsto no CCB/2002, art. 1.687, com cláusulas adicionais que garantam a proteção patrimonial de ambos durante a convivência e em eventual dissolução da união estável.

DO EMBASAMENTO DOUTRINÁRIO

A doutrina jurídica reconhece a autonomia privada como um princípio fundamental para a regulação das relações patrimoniais na união estável. Segundo"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de requerimento para lavratura de Escritura Pública de União Estável com Cláusulas de Proteção Patrimonial, nos termos do art. 1.723 do Código Civil Brasileiro, apresentado pelos requerentes [NOME COMPLETO DO REQUERENTE] e [NOME COMPLETO DO REQUERIDO], devidamente qualificados nos autos, que convivem em união estável desde [DATA].

Os requerentes pleiteiam o reconhecimento formal de sua união e a adoção do regime de separação de bens, com a inclusão de cláusulas específicas de proteção patrimonial, conforme o disposto no CCB/2002, arts. 1.687 e 1.725.

Fundamentação

Dos Fatos

Os requerentes convivem de forma pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família, caracterizando uma união estável conforme os requisitos legais previstos no art. 1.723 do Código Civil Brasileiro.

Em razão da autonomia privada e do interesse de resguardar seus patrimônios individuais, decidiram formalizar sua relação por meio de escritura pública, com cláusulas de proteção patrimonial, evitando a comunicação de bens adquiridos individualmente.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988 reconhece a união estável como entidade familiar (CF/88, art. 226, §3º), regulamentada pelo Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 1.723). O art. 1.725 do CCB assegura aos conviventes a possibilidade de estipular, por contrato, o regime de bens aplicável à união estável, no exercício de sua autonomia privada.

Os princípios da boa-fé e da equidade, aliados à liberdade contratual, permitem que as partes ajustem suas relações patrimoniais de maneira que resguardem seus interesses, desde que respeitadas as disposições legais, como o disposto no art. 1.687 do CCB, que prevê o regime de separação de bens por convenção entre as partes.

Do Entendimento Jurisprudencial

A jurisprudência pátria tem reconhecido a validade de cláusulas de proteção patrimonial em contratos de convivência. A título exemplificativo:

  • STJ (4ª T.) - REsp Acórdão/STJ: O Superior Tribunal de Justiça reafirmou a possibilidade de estipulação de cláusulas específicas para proteger o patrimônio individual, quando demonstrado o interesse claro das partes.
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: O Tribunal de Justiça de São Paulo destacou a importância da autonomia privada na regulação patrimonial e da comprovação de convivência pública e duradoura.

Da Hermenêutica Constitucional

O art. 93, IX, da Constituição Federal estabelece que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. O presente caso apresenta embasamento legal e doutrinário suficiente para atender aos requisitos constitucionais de fundamentação. A autonomia privada, garantida pela ordem jurídica brasileira, assegura aos requerentes o direito de estipular cláusulas protetivas ao patrimônio, respeitando os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da segurança jurídica.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento na Constituição Federal de 1988, art. 93, IX, no Código Civil Brasileiro, arts. 1.723, 1.725 e 1.687, e considerando os fatos e fundamentos apresentados, voto:

Por conhecer do pedido e julgá-lo procedente, para determinar a lavratura da Escritura Pública de União Estável, com inclusão das cláusulas de proteção patrimonial e adoção do regime de separação de bens, conforme os termos apresentados pelos requerentes.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data].

___________________________
Magistrado(a)


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