Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva com Fundamentação no CPP e Constituição Federal

Publicado em: 12/06/2023 Direito Penal
Requerimento judicial para a revogação de prisão preventiva, fundamentado nos artigos 312, 315 e 316 do Código de Processo Penal e no artigo 5º, inciso LXI da Constituição Federal. O documento apresenta argumentos jurídicos baseados na ausência de fundamentação concreta e na possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas, além de citar jurisprudências relevantes e destacar as condições pessoais favoráveis do requerente, como residência fixa, ocupação lícita e bons antecedentes.

PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ____________.

Requerente: [Nome completo do requerente, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência].
Requerido: Ministério Público do Estado de ____________.

Valor da causa: R$ ____________.

[Nome do requerente], já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 316, requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O requerente encontra-se preso preventivamente desde o dia ___/___/____, em razão de decisão proferida por este juízo, que entendeu presentes os requisitos previstos no CPP, art. 312. Todavia, a manutenção da prisão preventiva não se justifica, seja pela ausência de fundamentação concreta, seja pela inexistência de elementos que demonstrem a necessidade da medida extrema.

O requerente é pai de uma criança de ___ anos, que depende de seus cuidados, e possui residência fixa, ocupação lícita e bons antecedentes, o que evidencia que medidas cautelares diversas da prisão seriam suficientes para garantir a ordem pública e o regular andamento do processo.

DO DIREITO

A prisão preventiva é medida de exceção, devendo ser decretada apenas quando presentes os requisitos legais previstos no CPP, art. 312, quais sejam: garantia da ordem pública, da ordem econômica, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. Além disso, a decisão que decreta a prisão preventiva deve ser devidamente fundamentada, conforme exige o CPP, art. 315.

No caso em tela, não há elementos concretos que demonstrem a necessidade da prisão preventiva. O requerente possui condições pessoais favoráveis, como residência fixa, ocupação lícita e ausência de antecedentes criminais, o que afasta o risco à ordem pública e a necessidade de sua custódia"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Introdução

A narrativa a seguir busca explicar de forma clara e objetiva o pedido formulado pelo requerente para revogação de sua prisão preventiva, com base no Código de Processo Penal (CPP), art. 316. A análise inclui os fatos principais e os fundamentos legais apresentados nos autos, além de destacar os argumentos jurídicos e as jurisprudências relevantes.

Dos Fatos

O requerente encontra-se preso preventivamente desde o dia ___/___/____, por decisão judicial fundamentada no CPP, art. 312. A decisão indicou a presença de requisitos legais para justificar a medida extrema, como a garantia da ordem pública e a conveniência da instrução criminal.

No entanto, o requerente argumenta que a manutenção da prisão preventiva não se sustenta, pois não há fundamentação concreta que demonstre sua necessidade. Ele é pai de uma criança de ___ anos, possui residência fixa, ocupação lícita e não possui antecedentes criminais, o que evidencia ser desnecessária a medida cautelar extrema. Em vista disso, o requerente defende que medidas cautelares diversas da prisão seriam suficientes e adequadas para assegurar o andamento do processo.

Do Direito

A prisão preventiva, conforme o CPP, art. 312, deve ser decretada apenas quando indispensável para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, para a conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. Ademais, o CPP, art. 315 exige que a decisão que decreta a prisão preventiva seja fundamentada de forma concreta, apresentando elementos que justifiquem a medida.

No caso em questão, o requerente alega que não há elementos concretos que justifiquem sua prisão preventiva. Ele possui condições pessoais favoráveis, incluindo residência fixa, ocupação lícita e bons antecedentes, o que reduz o risco à ordem pública e demonstra a possibilidade de sua substituição por medidas cautelares previstas no CPP, art. 319.

Além disso, a Constituição Federal, no art. 5º, LXI, prevê que a prisão de qualquer pessoa somente pode ocorrer mediante flagrante delito ou ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente. A ausência de fundamentação concreta na decisão que manteve a prisão preventiva caracteriza constrangimento ilegal, passível de correção pelo juízo competente.

Jurisprudências

A jurisprudência brasileira reforça a necessidade de fundamentação concreta para a decretação de prisão preventiva, além de reconhecer a possibilidade de substituição da prisão por medidas cautelares diversas. Foram citados os seguintes precedentes:

  • TJSP (9ª Câmara de Direito Criminal) - Habeas Corpus Criminal Acórdão/TJSP: Decisão que reconheceu a ausência de requisitos justificadores da custódia cautelar e concedeu liberdade provisória ao paciente.
  • TJSP (7ª Câmara de Direito Criminal) - Habeas Corpus Criminal Acórdão/TJSP: Decisão que destacou a necessidade de fundamentação concreta e proporcionalidade da medida, embora tenha mantido a prisão preventiva com base em indícios de autoria e materialidade.

Conclusão

Com base nos fatos narrados, nos fundamentos legais e nos precedentes jurisprudenciais, o requerente solicita a revogação de sua prisão preventiva por ausência de fundamentação concreta e pela possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas, nos termos do CPP, art. 319.

Subsidiariamente, caso não seja possível a revogação, requer a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares que garantam a ordem pública e o andamento do processo de maneira proporcional e adequada à sua situação pessoal.


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