Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva em Contexto de Violência Doméstica com Fundamentação no CPP e na Constituição Federal

Publicado em: 05/02/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
Requerimento de revogação de prisão preventiva apresentado por A. J. dos S., acusado de crimes previstos no CP, art. 129, §3º, CP, art. 147, §3º e CP, art. 215-A do Código Penal, em contexto de violência doméstica regido pela Lei Maria da Penha. A defesa argumenta pela ausência de requisitos legais para a manutenção da prisão preventiva, fundamentando-se no CPP, art. 312, CPP, art. 313 e CPP, art. 319, bem como no CF/88, art. 5º, LXVIII, e solicita a aplicação de medidas cautelares diversas. O pedido é embasado em doutrina, jurisprudência recente e na primariedade do acusado, que possui residência fixa e ocupação lícita.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___

Processo nº: _____________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº _______ e CPF nº ________, residente e domiciliado na Rua ________, nº ___, Bairro ________, Cidade ________, Estado ________, CEP ________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua ________, nº ___, Bairro ________, Cidade ________, Estado ________, CEP ________, endereço eletrônico ________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 316, requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, nos termos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente foi preso em flagrante no dia ___/___/____, sob a acusação de prática dos crimes previstos nos CP, art. 129, §3º, CP, art. 147, §3º e CP, art. 215-A, em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, regido pela Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). Posteriormente, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, sob o fundamento de garantia da ordem pública e proteção da vítima.

Contudo, a prisão preventiva não encontra respaldo nos requisitos legais exigidos pelo CPP, art. 312, tampouco se mostra necessária, considerando as circunstâncias do caso concreto e a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, previstas no CPP, art. 319.

DO DIREITO

A prisão preventiva é medida excepcional, conforme preceitua o CPP, art. 312, e somente deve ser decretada quando presentes os requisitos legais, quais sejam: garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal. Ademais, o CPP, art. 313, III, exige que a prisão preventiva seja cabível em casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessária para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.

No caso em tela, o Requerente é primário, possui residência fixa e ocupação lícita, não havendo elementos concretos que demonstrem risco à ordem pública ou à integridade da vítima, especialmente porque não houve descumprimento de medidas protetivas anteriormente impostas. Assim, a prisão preventiva se mostra desproporcional e desnecessária, sendo suficiente a aplicação de medidas cautelares diversas, confo"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de pedido de revogação da prisão preventiva formulado por A. J. dos S., com fundamento no CPP, art. 316 do Código de Processo Penal. O requerente aponta que a prisão preventiva não atende aos requisitos legais previstos no CPP, art. 312, e que medidas cautelares diversas da prisão, previstas no CPP, art. 319, seriam suficientes para resguardar os fins do processo.

Fundamentação

A CF/88, art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, exige que toda decisão judicial seja devidamente fundamentada. Assim, passo a analisar os fatos e o direito aplicável ao caso.

Dos Fatos

O requerente foi preso em flagrante sob a acusação de prática dos crimes previstos no CP, art. 129, §3º, CP, art. 147, §3º e CP, art. 215-A do Código Penal, em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, regido pela Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). Posteriormente, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, com fundamento na garantia da ordem pública e na proteção da vítima.

Ressalta-se que o requerente é primário, possui residência fixa e ocupação lícita. Não há nos autos elementos concretos que demonstrem descumprimento de medidas protetivas ou risco à integridade da vítima, o que poderia justificar a excepcionalidade da prisão preventiva.

Do Direito

A prisão preventiva é medida excepcional, aplicável apenas quando presentes os requisitos previstos no CPP, art. 312: garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal. No caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, o artigo 313, III, do CPP estabelece que a prisão preventiva será cabível apenas quando necessária para garantir a execução de medidas protetivas de urgência.

No presente caso, verifica-se que o requerente não descumpriu medidas protetivas anteriormente impostas e que as medidas cautelares previstas no CPP, art. 319 são suficientes para resguardar a integridade da vítima e os fins do processo penal. A manutenção da prisão preventiva, sem a devida fundamentação em elementos concretos, configura violação ao princípio da proporcionalidade e a CF/88, art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal, que assegura o direito ao habeas corpus contra coação ilegal.

Jurisprudência

A jurisprudência brasileira é clara ao priorizar a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, quando estas forem suficientes para garantir os fins do processo penal. Destaco os seguintes precedentes:

  • STJ, HC Acórdão/STJ: \\\\\\\"A prisão preventiva deve ser fundamentada em elementos concretos. A aplicação de medidas cautelares diversas deve ser priorizada, desde que adequada ao caso concreto.\\\\\\\"
  • TJSP, Habeas Corpus Criminal Acórdão/TJSP: \\\\\\\"Ausência de preenchimento dos requisitos legais para prisão preventiva. Possibilidade de aplicação de medidas cautelares sem risco à integridade da vítima.\\\\\\\"

Decisão

Ante o exposto, com fundamento no CPP, art. 312, CPP, art. 319 e CPP, art. 316 do Código de Processo Penal, bem como nos princípios constitucionais previstos na CF/88, art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal, voto por conhecer do pedido e dar-lhe provimento, para revogar a prisão preventiva do requerente, determinando a aplicação das seguintes medidas cautelares diversas, previstas no CPP, art. 319:

  1. Comparecimento periódico em juízo para informar e justificar suas atividades (CPP, art. 319, I);
  2. Proibição de se aproximar ou manter contato com a vítima, seus familiares e testemunhas, mantendo distância mínima de 200 metros (CPP, art. 319, III);
  3. Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga (CPP, art. 319, V).

Determino, ainda, a expedição de alvará de soltura clausulado, condicionando a liberdade do requerente ao cumprimento das medidas acima descritas. Oficie-se o Ministério Público para ciência e providências cabíveis.

Conclusão

Diante do exposto, julgo procedente o pedido de revogação da prisão preventiva, com a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

Local e data.

___________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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