Modelo de Petição Inicial: Ação de Repetição de Indébito com Indenização por Danos Morais contra Associação Clube de Benefícios por Descontos Indevidos no Benefício Previdenciário

Publicado em: 08/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidor Direito Previdenciário
Petição inicial ajuizada por aposentado contra a AASAP - Associação Clube de Benefícios, visando a declaração de inexistência de relação jurídica, a devolução em dobro dos valores indevidamente descontados de seu benefício previdenciário (R$ 934,32) e a indenização por danos morais (R$ 5.000,00). Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor (art. 42), na boa-fé objetiva e na dignidade da pessoa humana, a ação argumenta que os descontos não autorizados comprometeram a subsistência do autor e causaram angústia e sofrimento, configurando prática abusiva e ilícita. Pedidos incluem citação da ré, condenação à repetição de indébito, indenização, custas processuais e designação de audiência de conciliação conforme o CPC/2015.

PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [INSERIR COMARCA]

[Nome completo do autor], brasileiro(a), aposentado(a), portador(a) do CPF nº [inserir], RG nº [inserir], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], endereço eletrônico [inserir e-mail], por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [endereço completo do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de AASAP - ASSOCIAÇÃO CLUBE DE BENEFÍCIOS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [inserir], com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

O presente feito visa à declaração de inexistência de relação jurídica entre as partes, à repetição em dobro dos valores indevidamente descontados do benefício previdenciário do autor e à condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais, em razão de descontos não autorizados realizados no benefício de aposentadoria do autor.

DOS FATOS

O autor, aposentado pelo INSS, percebe um benefício previdenciário que constitui sua única fonte de renda. No entanto, a partir do mês de julho de 2024, passou a constatar descontos indevidos em seu benefício, no valor mensal de R$ 77,86, realizados pela ré, sob a rubrica de "associação/clube de benefícios".

Os descontos indevidos perduraram até o mês de dezembro de 2024, totalizando o montante de R$ 467,16. O autor jamais autorizou ou firmou qualquer contrato com a ré que justificasse tais descontos, sendo evidente a ausência de relação jurídica entre as partes.

Tal conduta abusiva e ilícita da ré causou ao autor angústia e insegurança, agravadas pela redução de sua já escassa renda mensal, configurando, assim, o dano moral passível de reparação.

DO DIREITO

Os descontos realizados pela ré no benefício previdenciário do autor carecem de qualquer respaldo jurídico, configurando-se como prática abusiva e ilícita, nos termos do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Conforme o CDC, art. 42, o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais.

Ademais, a inexistência de relação jurídica entre as partes caracteriza a conduta da ré como arbitrária e abusiva, violando os princípios da boa-fé objetiva e da dignidade da pessoa humana, consagrados na CF/88, art. 1º, III, e art. 5º, XXXII.

O dano moral, por sua vez, decorre da angústia e do sofrimento causados ao autor, que teve sua renda reduzida de forma indevida, comprometendo sua subsistência. A jurisprudência pátria tem reconhecido a ocorrência de dano moral em casos análogos, fixando indenizações compatíveis com a extensão do dano.

DO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

A conduta da ré afronta o princípio da boa-fé objetiva, que deve nortear as relações contratuais e consumeristas (CCB/2002, art. 422). Além disso, a redução indevida da renda do autor compromete sua dignidade, violando o princípio fundamental da CF/88, art. 1º, III.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Repetição de Indébito c/c Indenização por Danos Morais, movida por [Nome completo do autor] em face de AASAP - Associação Clube de Benefícios, alegando a inexistência de relação jurídica entre as partes e descontos indevidos realizados no benefício previdenciário do autor, que totalizaram R$ 467,16 no período de julho a dezembro de 2024. O autor requer a devolução em dobro dos valores descontados, no montante de R$ 934,32, além de indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00.

Fundamentação

1. Do Conhecimento da Ação

A presente ação preenche os requisitos legais de admissibilidade, nos termos do CPC/2015, art. 319, estando adequada à apreciação do mérito. Conheço, pois, da ação e passo à análise do mérito.

2. Análise Hermenêutica dos Fatos e do Direito

Os fatos narrados pelo autor são corroborados pela documentação acostada aos autos, que demonstra os descontos realizados no benefício previdenciário do autor sob a rubrica de "associação/clube de benefícios". Não há nos autos qualquer comprovação de autorização ou contrato firmado entre as partes que justifique tais descontos.

Nos termos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), art. 42, o consumidor tem direito à repetição do indébito em dobro, acrescida de correção monetária e juros legais, quando cobrado de quantia indevida. A conduta da ré caracteriza prática abusiva e ilícita, violando os princípios da boa-fé objetiva e da dignidade da pessoa humana, conforme previsto na CF/88, art. 1º, III, e art. 5º, XXXII.

Além disso, os danos morais são evidentes, considerando a redução indevida da já escassa renda do autor, que compromete sua subsistência e gera angústia e sofrimento, configurando violação ao princípio fundamental da dignidade da pessoa humana.

3. Jurisprudências Aplicáveis

A jurisprudência pátria é pacífica no reconhecimento do direito à devolução em dobro de descontos indevidos e à indenização por danos morais em casos similares. Exemplos incluem:

  • TJSP (10ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Limeira: "Dano moral caracterizado - Angústia e insegurança ocasionadas em razão da realização de descontos nos já escassos rendimentos previdenciários".
  • TJSP (10ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Presidente Prudente: "Devolução dos valores debitados que deve ocorrer em dobro - Hipótese prevista no CDC, art. 42".

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, julgo procedente a presente ação para:

  1. Declarar a inexistência de relação jurídica entre as partes;
  2. Condenar a ré à devolução em dobro dos valores indevidamente descontados, no montante de R$ 934,32, acrescido de correção monetária e juros legais, nos termos do CDC, art. 42;
  3. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00, corrigidos monetariamente a partir desta decisão e acrescidos de juros legais a partir da citação;
  4. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85, §2º.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data]

[Nome do Magistrado]

Juiz de Direito


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