Modelo de Reclamação Trabalhista: Nulidade da Justa Causa, Diferença Salarial e Verbas Rescisórias

Publicado em: 16/09/2024 Trabalhista Processo do Trabalho
Modelo de reclamação trabalhista com pedido de nulidade da justa causa, diferenças salariais, pagamento de horas extras, adicional noturno e integração do salário-família, fundamentado na CLT e na Constituição Federal.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SETE LAGOAS/MG

RECLAMANTE: Sebastião _______
RECLAMADA: Sociedade Empresária Alfa Ltda.
Processo nº: _______

VALOR DA CAUSA: R$ 30.000,00

AÇÃO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C PEDIDO DE VERBAS RESCISÓRIAS, ANULAÇÃO DA JUSTA CAUSA, DIFERENÇAS SALARIAIS, HORA EXTRA E INDENIZAÇÃO

O reclamante, Sebastião _______, brasileiro, solteiro, técnico de informática, inscrito no CPF nº _______ e RG nº _______, residente e domiciliado na Rua _______, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de Sociedade Empresária Alfa Ltda., pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº _______, com sede na Rua _______, Sete Lagoas/MG, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.

1. DOS FATOS

O reclamante foi admitido pela reclamada em 20/09/2020, conforme anotação na CTPS, para exercer a função de auxiliar de serviços gerais, porém, na prática, desempenhou a função de técnico de informática, sendo dispensado por justa causa em 18/03/2021, sem que lhe fosse paga qualquer verba rescisória, exceto o saldo de salário do último mês.

Durante o período contratual, o reclamante não recebeu o salário correspondente à função efetivamente exercida, uma vez que, de acordo com a convenção coletiva da categoria, o piso salarial para técnico de informática era de R$ 2.000,00, enquanto o reclamante recebia apenas R$ 1.400,00, valor referente ao piso de auxiliar de serviços gerais.

Além disso, o reclamante trabalhava em regime noturno, de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de apenas 30 minutos para refeição, totalizando 8 horas e 30 minutos diários. O reclamante também utilizava transporte fornecido pela reclamada, gastando 1 hora no trajeto de ida e 1 hora no de volta, sendo que essas horas não foram computadas na sua jornada de trabalho.

Ademais, a reclamada não integrava ao salário para nenhum fim a cota de salário-família que o reclamante recebia. Por fim, a dispensa por justa causa foi injusta e sem fundamentação adequada, uma vez que não houve conduta desabonadora por parte do reclamante.

2. DO DIREITO

2.1. Da Nulidade da Justa Causa

A dispensa por justa causa do reclamante foi anotada em sua CTPS com a alegação de "conduta inadequada", porém, o reclamante desconhece qualquer ato que justifique essa penalidade extrema. A justa causa é a penalidade mais severa aplicável no âmbito trabalhista e exige provas robustas e incontestáveis, nos termos do CCB/2002, art. 482.

Não sendo comprovada a prática de falta grave, requer-se a anulação da justa causa, com o consequente pagamento das verbas rescisórias devidas, como se a dispensa tivesse sido sem justa causa.

2.2. Da Diferença Salarial

Conforme a convenção coletiva da categoria, o piso salarial para a função de técnico de informática era de R$ 2.000,00, enquanto o reclamante recebeu apenas R$ 1.400,00, valor correspondente ao piso de auxiliar de serviços gerais, função para a qual foi formalmente contratado, mas que não desempenhou.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO

Nesta reclamação trabalhista, Sebastião busca a anulação da justa causa que lhe foi aplicada de forma injusta, bem como o pagamento de diferenças salariais e verbas devidas em razão da jornada noturna e tempo de deslocamento. O documento ainda discute a falta de integração do salário-família às demais verbas e a necessidade de se reparar o erro na remuneração, uma vez que Sebastião exerceu função distinta da que foi formalmente registrado.

Os fundamentos jurídicos estão embasados na CLT e na CF/88, que garantem a proteção do trabalhador e a irrenunciabilidade de seus direitos. A peça também trata de temas como horas extras, adicional noturno e a inclusão do tempo de deslocamento na jornada de trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A peça processual apresentada visa resguardar os direitos do trabalhador em face de uma demissão injustificada e pagamento incorreto de verbas salariais. A correta interpretação da legislação aplicável e a reparação dos danos causados ao trabalhador são essenciais para a proteção de seus direitos.

TÍTULO:
MODELO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE NULIDADE DA JUSTA CAUSA, DIFERENÇAS SALARIAIS, PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS, ADICIONAL NOTURNO E INTEGRAÇÃO DO SALÁRIO-FAMÍLIA


1. Introdução

A reclamação trabalhista apresentada visa o reconhecimento da nulidade da justa causa, postulada de maneira indevida, além da condenação ao pagamento de diferenças salariais, horas extras, adicional noturno, e a devida integração do salário-família. Esses pedidos estão fundamentados na CLT e na Constituição Federal, que garantem os direitos fundamentais do trabalhador, especialmente no que se refere à dignidade do trabalho e à justa remuneração.

Legislação:

CLT, art. 482 - Trata das hipóteses de dispensa por justa causa, especificando os atos que justificam a rescisão por parte do empregador.

CF/88, art. 7º, XIII - Prevê o direito à remuneração do trabalho noturno superior à do diurno e à remuneração das horas extras.


2. Justa Causa

O pedido de nulidade da justa causa baseia-se no fato de que a penalidade aplicada foi desproporcional e injustificada, não respeitando os requisitos formais exigidos pela CLT. A justa causa, por ser a forma mais grave de ruptura do contrato de trabalho, exige prova robusta e irrefutável do ato praticado pelo empregado, o que não ocorreu no presente caso.

Legislação:

CLT, art. 482 - Estabelece as condutas que caracterizam a justa causa, sendo necessária a sua comprovação.

CF/88, art. 5º, LV - Garante o direito ao contraditório e à ampla defesa.


3. Reclamação Trabalhista

A reclamação trabalhista visa restabelecer os direitos violados do trabalhador, exigindo que o empregador cumpra com suas obrigações legais e contratuais. Além de buscar a nulidade da justa causa, o reclamante pede a recomposição das verbas salariais que deixaram de ser pagas durante o período laborado, inclusive as verbas rescisórias devidas.

Legislação:

CLT, art. 840 - Dispõe sobre a forma de apresentação da reclamação trabalhista.

CF/88, art. 7º, I - Garante a proteção contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa.


4. Diferença Salarial

A diferença salarial é devida ao reclamante, que durante o vínculo empregatício não recebeu o salário corretamente ajustado, incluindo os reajustes e acordos coletivos que previam aumentos periódicos. A falta de pagamento correto das verbas salariais prejudicou o trabalhador, o que justifica o pedido de recomposição.

Legislação:

CLT, art. 457 - Dispõe sobre o conceito de salário e as verbas que o compõem.

CF/88, art. 7º, X - Garante a correção monetária dos salários com base na periodicidade de ajustes previstos em convenção coletiva.


5. Horas Extras

O reclamante pleiteia o pagamento de horas extras, uma vez que, de forma habitual, laborava além da jornada normal de trabalho sem receber a devida contraprestação. Conforme a CLT, as horas excedentes à jornada legal devem ser pagas com um adicional de no mínimo 50%.

Legislação:

CLT, art. 59 - Dispõe sobre a jornada de trabalho e o pagamento de horas extras com adicional de 50%.

CF/88, art. 7º, XVI - Garante a remuneração do serviço extraordinário com acréscimo de, no mínimo, 50%.


6. Adicional Noturno

O pedido de pagamento do adicional noturno está embasado na jornada noturna exercida pelo reclamante, sem a devida contraprestação salarial majorada. A CLT garante ao trabalhador noturno uma remuneração diferenciada, o que não foi respeitado pela empresa.

Legislação:

CLT, art. 73 - Trata da remuneração do trabalho noturno e seu respectivo adicional.

CF/88, art. 7º, IX - Estabelece o direito ao adicional de remuneração para o trabalho noturno superior ao diurno.


7. Salário-Família

O salário-família é uma parcela devida ao empregado que tem dependentes, sendo um direito garantido pela CLT e pela legislação previdenciária. No presente caso, o reclamante teve o benefício suprimido indevidamente, sendo devida a sua recomposição com a devida integração ao salário.

Legislação:

CLT, art. 81 - Trata das condições para a concessão do salário-família ao trabalhador.

CF/88, art. 7º, XII - Prevê o direito ao salário-família para trabalhadores de baixa renda.


8. Verbas Rescisórias

As verbas rescisórias devidas ao reclamante, como férias proporcionais, 13º salário proporcional, e aviso prévio indenizado, não foram corretamente quitadas em razão da alegação indevida de justa causa. Com a nulidade da justa causa, faz-se necessária a quitação integral dessas verbas.

Legislação:

CLT, art. 477 - Dispõe sobre a quitação das verbas rescisórias no prazo legal e as penalidades pelo descumprimento.

CF/88, art. 7º, VIII - Garante o direito ao décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.


9. Dispensa Injusta

A dispensa injusta gera ao trabalhador o direito ao recebimento de todas as verbas rescisórias, além da possibilidade de postular a reparação pelos danos sofridos em razão da tentativa de caracterização de justa causa sem os devidos elementos de prova. A empresa deve ser responsabilizada pela injustiça praticada, com a condenação ao pagamento dos direitos suprimidos.

Legislação:

CLT, art. 489 - Dispõe sobre a conversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada.

CF/88, art. 5º, X - Garante o direito à reparação pelos danos morais e materiais.


10. Considerações Finais

A presente reclamação trabalhista busca o reconhecimento dos direitos do reclamante, que foi indevidamente dispensado por justa causa, sem comprovação suficiente para justificar tal penalidade. Além da nulidade da justa causa, o pedido abrange a recomposição das verbas devidas, como diferenças salariais, horas extras, adicional noturno, e integração do salário-família, assegurando ao trabalhador o que é de direito segundo a CLT e a Constituição Federal.

Legislação:

CLT, art. 477 - Estabelece o prazo e a forma de pagamento das verbas rescisórias.

CF/88, art. 7º - Garante os direitos fundamentais do trabalhador, incluindo a proteção contra a dispensa arbitrária e a justa remuneração.


 


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Publicado em: 20/12/2024 Trabalhista Processo do Trabalho

Petição inicial de Reclamação Trabalhista apresentada pelo Reclamante contra a Reclamada, requerendo a nulidade de demissão por justa causa e sua conversão para dispensa sem justa causa, com o pagamento de verbas rescisórias. Pleiteia ainda a equiparação salarial com colega de trabalho em razão de funções idênticas e remuneração desigual, bem como indenização por danos morais decorrentes de demissão injusta e vexatória. Fundamentado na CLT, art. 482 e art. 461, e na CF/88, art. 5º, X, o documento solicita a realização de audiência de conciliação, produção de provas e o benefício da justiça gratuita. Valor da causa estimado em R$ 14.582,95.

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Petição inicial apresentada perante a Vara do Trabalho, na qual o Reclamante pleiteia o pagamento de verbas rescisórias incontroversas em face de sua antiga empregadora, fundamentada nos artigos 477 e 7º da CLT e da Constituição Federal. O documento aborda a inadimplência da Reclamada, a aplicação de multa por atraso, o princípio da dignidade humana, e requer concessão de justiça gratuita, honorários advocatícios e realização de audiência de conciliação.

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