Modelo de Recurso Administrativo contra Auto de Infração de Trânsito por Suposta Ameaça a Pedestres – Alegação de Ausência de Abordagem e Falta de Provas

Publicado em: 15/04/2025 AdministrativoConstitucional Trânsito
Modelo de Recurso Administrativo dirigido à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI), interposto por condutor autuado com base no CTB, art. 170 por supostamente dirigir ameaçando pedestres ou veículos. O documento sustenta a nulidade do auto de infração por ausência de abordagem, falta de elementos probatórios e violação aos princípios constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa. Apresenta fundamentação jurídica, jurisprudência atualizada e requer, alternativamente, a conversão da penalidade em advertência por escrito.

RECURSO ADMINISTRATIVO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO

1. ENDEREÇAMENTO

À JUNTA ADMINISTRATIVA DE RECURSOS DE INFRAÇÕES – JARI
[Inserir o nome do órgão autuador, ex.: Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/UF ou Prefeitura Municipal de ...]

2. QUALIFICAÇÃO DO RECORRENTE

R. M. de A. S., brasileiro, solteiro, motorista profissional, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portador da CNH nº XXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, CEP XXXXX-XXX, Município de XXXXX/UF, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, interpor o presente:

RECURSO ADMINISTRATIVO

com fundamento no CTB, art. 285 e seguintes, contra o Auto de Infração nº XXXXXXX, lavrado com base no CTB, art. 170, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

3. EXPOSIÇÃO DOS FATOS

O Recorrente foi surpreendido com a notificação de autuação referente ao Auto de Infração nº XXXXXXX, supostamente por infringir o CTB, art. 170, que tipifica a conduta de dirigir ameaçando os pedestres ou os demais veículos, ainda que sem causar dano material ou lesão física.

Contudo, em momento algum houve abordagem por autoridade de trânsito, tampouco foi realizada qualquer sinalização ostensiva de parada. O Recorrente não foi parado, advertido ou orientado por agente de trânsito, o que impossibilitou o exercício imediato do contraditório e da ampla defesa.

Ademais, a autuação não apresenta elementos mínimos de prova que demonstrem a conduta infracional, limitando-se à descrição genérica da infração, sem qualquer justificativa para a ausência de abordagem, contrariando os princípios constitucionais do devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV) e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV).

4. DO DIREITO

Nos termos do CTB, art. 170, comete infração gravíssima o condutor que dirige ameaçando os pedestres ou os demais veículos. No entanto, para que tal infração seja validamente imputada, é imprescindível que haja elementos objetivos que demonstrem a conduta dolosa ou, ao menos, imprudente do condutor, o que não se verifica no presente caso.

A ausência de abordagem, sem qualquer justificativa plausível, compromete a legalidade do auto de infração. O CTB, art. 280, II e III, exige que constem do auto de infração os dados necessários à correta identificação da infração e do condutor, o que não foi observado.

A lavratura de auto de infração sem abordagem, sem imagens, testemunhas ou qualquer outro meio de prova, viola o princípio da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII), além de afrontar o devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV) e o direito à ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV).

A doutrina é pacífica ao afirmar que os atos administrativos devem observar os princípios da legalidade, motivação, razoabilidade e proporcionalidade. A ausência de motivação quanto à não abordagem do condutor compromete a validade do ato administrativo, tornando-o nulo.

Conforme o CTB, art. 281, parágrafo único, II, o auto de infração deve ser arquivado e seu registro julg"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I – Relatório

Trata-se de recurso administrativo interposto por R. M. de A. S. contra o Auto de Infração nº XXXXXXX, lavrado com fundamento no CTB, art. 170, sob a acusação de dirigir ameaçando pedestres ou demais veículos, mesmo sem causar dano material ou lesão física.

O Recorrente alega, em síntese, que não houve abordagem no momento da suposta infração, tampouco apresentação de provas materiais ou testemunhais que comprovem o cometimento da conduta infracional. Sustenta, ainda, que foram violados os princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa, devido processo legal e presunção de inocência.

II – Fundamentação

2.1 – Do conhecimento do recurso

O recurso administrativo é tempestivo e preenche os requisitos legais do CTB, art. 285 e seguintes. Assim, conheço do recurso.

2.2 – Do mérito

Nos termos do CTB, art. 170, é infração gravíssima dirigir ameaçando os pedestres ou demais veículos. Todavia, como preceitua o CTB, art. 280, II e III, o auto de infração deve conter dados que permitam a fiel identificação do condutor e da infração.

No presente caso, verifica-se que não houve abordagem do condutor no momento da suposta infração, tampouco foram produzidas provas mínimas da conduta infracional, como imagens, testemunhos ou quaisquer outros elementos objetivos. A descrição constante no auto é genérica, não sendo suficiente para comprovar a materialidade da infração.

A ausência de abordagem ou de justificativa plausível para a não realização desta afronta os princípios da legalidade, motivação e razoabilidade, os quais regem a Administração Pública, conforme a CF/88, art. 37, caput.

Ademais, o CTB, art. 281, parágrafo único, inciso II determina o arquivamento do auto de infração quando este apresentar irregularidade ou ausência de notificação no prazo legal. Tais vícios encontram-se presentes nos autos, configurando nulidade insanável.

No campo constitucional, observa-se violação a CF/88, art. 5º, incisos LIV e LV, que garantem o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa, bem como a CF/88, art. 5º, inciso LVII, que consagra a presunção de inocência.

A CF/88, art. 93, inciso IX orienta que todas as decisões do Poder Judiciário devem ser fundamentadas, o que se aplica, por analogia, aos julgamentos administrativos, exigindo fundamentação clara e coerente, o que não se observa no auto impugnado.

A jurisprudência pátria também tem se posicionado no sentido da necessidade de motivação dos atos administrativos e da observância ao devido processo legal, como demonstram os seguintes julgados:

TJSP – Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Claudia Sarmento Monteleone, julgado em 08/03/2024, que reconhece a nulidade de autos de infração lavrados sem comprovação da notificação e sem observância aos princípios do contraditório e ampla defesa.

TJSP – Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Patrícia Martins Conceição, julgado em 31/07/2023, que ressalta a presunção de legitimidade dos atos administrativos, mas condicionada à existência de elementos probatórios mínimos, o que não se verifica no presente caso.

III – Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, no CTB, art. 281, parágrafo único, II e demais dispositivos legais mencionados, dou provimento ao recurso administrativo interposto por R. M. de A. S., para o fim de declarar a nulidade do Auto de Infração nº XXXXXXX, com a consequente anulação da penalidade imposta, por ausência de elementos probatórios mínimos, ausência de abordagem e ausência de motivação suficiente do ato administrativo.

É como voto.

IV – Conclusão

Ante o exposto, voto pelo conhecimento e provimento do recurso administrativo, nos termos acima fundamentados.

[Município/UF], [Data].

Juiz Simulador de Direito Administrativo
Magistrado – Simulação Acadêmica
(Baseado na CF/88, art. 93, IX)


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