Modelo de Recurso em Sentido Estrito contra Decisão de Prisão Preventiva

Publicado em: 22/10/2024 Direito Penal Processo Penal
Modelo de Recurso em Sentido Estrito interposto contra decisão que decretou a prisão preventiva do recorrente. Inclui fundamentação jurídica sobre a ausência dos requisitos para a decretação da prisão, pedido de revogação da medida e aplicação de medidas cautelares diversas, além de considerações sobre os princípios da ampla defesa, presunção de inocência e proporcionalidade.
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ____ Vara Criminal da Comarca de ____

Processo: [número do processo]
Recorrente: [Nome do Recorrente], estado civil, profissão, inscrição no CPF sob o nº [número], com endereço eletrônico [email do recorrente], residente e domiciliado à [endereço completo].
Recorrido: Ministério Público do Estado de ____

I - Da Tempestividade

Nos termos do CPP, art. 586, o presente Recurso em Sentido Estrito é tempestivo, uma vez que foi interposto dentro do prazo legal de 5 dias, contado a partir da intimação da decisão agravada.

II - Da Decisão Recorrida

O Recorrente insurge-se contra a decisão proferida pelo juízo a quo que [descrever brevemente a decisão, por exemplo: decretou a prisão preventiva do Recorrente, rejeitou a denúncia, pronunciou o acusado, etc.], decisão esta que, na visão do Recorrente, não observou os fundamentos legais e constitucionais aplicáveis ao caso.

III - Dos Fundamentos Jurídicos

A decisão recorrida deve ser reformada, uma vez que se mostra contrária ao direito e à Constituição Federal de 1988, especificamente quanto ao direito à liberdade (CF/88, art. 5º, LXVI) e aos princípios da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) e da proporcionalidade.

O juízo a quo, ao decretar a prisão preventiva do Recorrente, não observou os requisitos do CPP, art. 312, uma vez que não há elementos concretos que demonstrem a necessidade da medida extrema, como risco à ordem pública, à aplicação da lei penal ou à conveniência da instrução criminal. Ressalta-se que medidas cautelares menos gravosas"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO E POSSÍVEIS DEFESAS

Fatos e Direito:
O Recorrente insurge-se contra a decisão que decretou sua prisão preventiva, alegando que tal medida é desnecessária e desproporcional. O Recorrente sustenta que sempre colaborou com o processo, não havendo risco de fuga ou obstrução à justiça, o que torna possível a aplicação de medidas cautelares menos gravosas, conforme o CPP, art. 319. A prisão preventiva deve ser uma medida excepcional, aplicável apenas quando outras medidas não forem suficientes para garantir o bom andamento do processo.

Defesas Possíveis:
O Ministério Público poderá argumentar que a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública, especialmente diante da gravidade dos fatos imputados ao Recorrente. Poderá ainda alegar que as medidas cautelares previstas no CPP, art. 319, seriam insuficientes para assegurar a aplicação da lei penal, em razão de risco de fuga ou reincidência.

Conceitos e Definições:

  • Prisão Preventiva: Medida cautelar de natureza pessoal que visa garantir a ordem pública, a conveniência da instrução criminal ou a aplicação da lei penal, nos termos do CPP, art. 312.

  • Medidas Cautelares Diversas da Prisão: São medidas menos gravosas que podem ser aplicadas pelo juiz, como o comparecimento periódico em juízo, a proibição de contato com determinadas pessoas ou a suspensão do exercício de função pública, conforme CPP, art. 319.

Considerações Finais:
A prisão preventiva deve ser aplicada apenas em situações excepcionais, quando não houver outra medida capaz de garantir a ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal. No presente caso, a prisão do Recorrente mostra-se desproporcional, sendo possível a aplicação de medidas cautelares diversas, que são menos gravosas e igualmente eficazes para resguardar o processo.



TÍTULO:
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO CONTRA A DECRETAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA


1. Introdução

O presente Recurso em Sentido Estrito é interposto contra a decisão que decretou a prisão preventiva do recorrente. A decretação dessa medida é injusta e desproporcional, uma vez que não estão presentes os requisitos exigidos pelo CPP, art. 312 para a sua aplicação. Este recurso visa à revogação da prisão preventiva, com a substituição por medidas cautelares diversas, em respeito aos princípios constitucionais da ampla defesa, presunção de inocência e proporcionalidade.

Legislação:

CPP, art. 312 - Requisitos da prisão preventiva.

CF/88, art. 5º, LVII - Princípio da presunção de inocência.

CF/88, art. 5º, LIV - Princípio da ampla defesa.

Jurisprudência:
Recurso em Sentido Estrito - Prisão Preventiva

Revogação da Prisão Preventiva

Medidas Cautelares - Prisão Preventiva


2. Recurso em Sentido Estrito

O Recurso em Sentido Estrito é o meio processual adequado para atacar decisões que decretem a prisão preventiva, conforme prevê o CPP, art. 581, V. No presente caso, o recorrente requer a revogação da prisão preventiva, alegando que não estão presentes os requisitos da necessidade da custódia cautelar. O decreto prisional é desnecessário e desproporcional, especialmente porque o recorrente possui residência fixa, ocupação lícita e não há evidências de que a sua liberdade prejudicaria o andamento processual.

Legislação:

CPP, art. 581, V - Recurso cabível contra decretação de prisão preventiva.

CPP, art. 312 - Requisitos da prisão preventiva.

CF/88, art. 5º, LXI - Garantias contra a prisão arbitrária.

Jurisprudência:
Recurso Sentido Estrito - Prisão Preventiva

Revogação de Prisão - Requisitos

Recurso - Prisão Preventiva - Ampla Defesa


3. Prisão Preventiva

A prisão preventiva é uma medida excepcional que só pode ser decretada quando presentes os requisitos do CPP, art. 312, tais como indícios de autoria e materialidade, e quando houver risco concreto à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal. No caso em questão, esses requisitos não estão demonstrados, de modo que a prisão preventiva deve ser revogada. A prisão preventiva não pode ser utilizada como forma de antecipação de pena.

Legislação:

CPP, art. 312 - Requisitos da prisão preventiva.

CF/88, art. 5º, LXVI - Liberdade provisória nos casos em que a prisão não seja necessária.

CPP, art. 310, § 1º - Possibilidade de substituição da prisão preventiva por outra medida cautelar.

Jurisprudência:
Prisão Preventiva - Requisitos

Revogação da Prisão Preventiva

Prisão Preventiva - Excepcionalidade


4. Medidas Cautelares

O CPP, art. 319 prevê a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, que são menos gravosas e suficientes para garantir a ordem pública e a continuidade da instrução processual. No presente caso, as medidas cautelares, como o comparecimento periódico em juízo e a proibição de ausentar-se da comarca, seriam mais adequadas e proporcionais à gravidade do fato, resguardando o andamento processual e a presunção de inocência do recorrente.

Legislação:

CPP, art. 319 - Medidas cautelares diversas da prisão.

CF/88, art. 5º, LXVI - Garantia da liberdade provisória.

CPP, art. 282, §6º - Proporcionalidade na aplicação de medidas cautelares.

Jurisprudência:
Medidas Cautelares Diversas da Prisão

Medidas Cautelares - Proporcionalidade

Medidas Cautelares - Comparecimento Periódico


5. Ampla Defesa e Presunção de Inocência

O princípio da ampla defesa, garantido pela CF/88, art. 5º, LV, assegura ao acusado o direito de recorrer de decisões que impliquem restrição de sua liberdade. No mesmo sentido, a presunção de inocência, consagrada no CF/88, art. 5º, LVII, impede que alguém seja considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A manutenção da prisão preventiva do recorrente viola tais garantias, já que não há elementos que justifiquem sua privação de liberdade enquanto não houver condenação definitiva.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LV - Princípio da ampla defesa.

CF/88, art. 5º, LVII - Princípio da presunção de inocência.

CPP, art. 282 - Necessidade e adequação das medidas cautelares.

Jurisprudência:
Ampla Defesa - Prisão Preventiva

Presunção de Inocência - Prisão Preventiva

Ampla Defesa - Recurso de Prisão


6. Proporcionalidade

O princípio da proporcionalidade exige que as medidas restritivas de direitos sejam aplicadas de maneira proporcional ao risco ou dano que se busca evitar. A prisão preventiva é uma medida extrema e deve ser decretada apenas em casos onde medidas menos gravosas não sejam suficientes. No caso do recorrente, medidas cautelares, como a proibição de contato com testemunhas ou o monitoramento eletrônico, seriam suficientes para garantir os fins do processo sem a necessidade da prisão.

Legislação:

CPP, art. 282 - Princípio da proporcionalidade nas medidas cautelares.

CF/88, art. 5º, LIV - Princípio da proporcionalidade.

CPP, art. 319 - Medidas cautelares diversas da prisão.

Jurisprudência:
Proporcionalidade - Prisão

Medidas Cautelares - Proporcionalidade

Proporcionalidade - Cautelares e Prisão


7. Considerações Finais

Diante do exposto, requer-se a revogação da prisão preventiva decretada em face do recorrente, com a aplicação de medidas cautelares diversas, conforme previsto no CPP, art. 319. A decretação da prisão se mostra desproporcional e sem fundamentação concreta que justifique a restrição de liberdade. A revogação da prisão, além de resguardar os princípios constitucionais da ampla defesa, presunção de inocência e proporcionalidade, garante a continuidade do processo sem comprometer os direitos fundamentais do recorrente.



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