Modelo de Recurso Ordinário Trabalhista - A. G. S. x A. S/A

Publicado em: 14/10/2024 Trabalhista Processo do Trabalho
Modelo de Recurso Ordinário Trabalhista interposto pela trabalhadora A.G.S contra a decisão que julgou improcedente os pedidos de reintegração ao trabalho, indenização por estabilidade gestacional e dano moral, além de outras verbas trabalhistas. A peça processual apresenta os fundamentos constitucionais e legais aplicáveis, as argumentações de defesa e os princípios que regem o instituto jurídico contido na matéria.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA/DF

Processo n.º: [informar]

Reclamante/Recorrente: A. G. S., brasileira, solteira, auxiliar de serviços gerais, inscrita no CPF n.º [informar], RG n.º [informar], residente e domiciliada na Rua da Esperança, nº 123, Brasília/DF, CEP [informar], endereço eletrônico [email]

Reclamada/Recorrida: A. S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n.º [informar], com sede na Rua do Trabalho, nº 456, Brasília/DF, CEP [informar], endereço eletrônico [email]

I - DOS FATOS

A Reclamante foi admitida pela Reclamada em 09 de outubro de 2023, exercendo a função de auxiliar de serviços gerais, com salário mensal de R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais). Sua jornada de trabalho era das 07h00 às 16h00, de segunda a sexta-feira, com uma hora de intervalo.

Em 18 de dezembro de 2023, a Reclamante foi dispensada sem justa causa, enquanto ainda estava em contrato de experiência de 90 dias. Após 20 dias da rescisão, a Reclamante descobriu que estava grávida, com aproximadamente dois meses de gestação, situação que desconhecia na data da rescisão.

Durante o pacto laboral, a Reclamante foi alvo de diversas humilhações perpetradas por seu chefe e colegas de trabalho, tanto pessoalmente quanto por mensagens em grupo de WhatsApp da empresa e redes sociais, em razão de preferências pessoais. Essas ofensas incluíram xingamentos e comentários degradantes, causando intenso sofrimento psicológico à Reclamante, que precisou buscar tratamento especializado.

A Reclamante assinou o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) quinze dias após o seu desligamento. Diante de todos os abusos sofridos e da irregularidade da dispensa, a Reclamante promoveu a reclamação trabalhista, requerendo a reintegração ao emprego ou, alternativamente, indenização referente à estabilidade gestacional, além de danos morais e demais verbas trabalhistas.

II - DA DECISÃO RECORRIDA

Na audiência de julgamento realizada em 05 de fevereiro de 2024, o juiz de primeira instância julgou improcedente a reclamação trabalhista, à exceção do pedido de justiça gratuita. A decisão baseou-se na alegação de que a Reclamante não informou à empresa sobre sua gravidez na data da rescisão e que as mensagens enviadas pelo chefe e colegas eram “apenas brincadeiras”.

III - DO DIREITO

3.1. Da Estabilidade Gestacional

Nos termos da ADCT/88, art. 10, II, "b", a empregada gestante goza de estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. A dispensa da Reclamante ocorreu durante o período de estabilidade gestacional, ainda que desconhecida pela empresa e pela empregada. Conforme a Súmula 244/TST, o direito à estabilidade não está condicionado ao conhecimento da gravidez pelo empregador no momento da dispensa.

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Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO

O presente Recurso Ordinário Trabalhista visa assegurar os direitos de A. G. S., dispensada durante o período de estabilidade gestacional e alvo de assédio moral no ambiente de trabalho. A decisão de primeira instância negou a reintegração e os danos morais, desconsiderando as provas apresentadas e o direito fundamental à estabilidade da empregada gestante. O objetivo é garantir o reconhecimento dos direitos constitucionais e trabalhistas da Reclamante, assegurando-lhe a proteção contra o assédio moral e a estabilidade no emprego.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este modelo de Recurso Ordinário Trabalhista foi elaborado para garantir a proteção dos direitos trabalhistas e constitucionais da Reclamante, especialmente no que se refere à estabilidade gestacional e à indenização por danos morais em razão do assédio sofrido. A peça visa demonstrar a ilegalidade da dispensa e a necessidade de reparação dos danos causados.

 



TÍTULO:
MODELO DE RECURSO ORDINÁRIO TRABALHISTA INTERPOSTO PELA TRABALHADORA A.G.S CONTRA DECISÃO DE IMPROCEDÊNCIA DE REINTEGRAÇÃO, INDENIZAÇÃO POR ESTABILIDADE GESTACIONAL E DANOS MORAIS


 

1. Introdução

O presente Recurso Ordinário Trabalhista visa reformar a decisão que julgou improcedente os pedidos formulados pela trabalhadora A.G.S., relativos à reintegração ao trabalho, indenização pela estabilidade gestacional, dano moral e outras verbas trabalhistas. A decisão recorrida não observou devidamente os princípios constitucionais e legais aplicáveis, principalmente no que tange à proteção da maternidade e à vedação do desrespeito aos direitos fundamentais da gestante.

Legislação:

CF/88, art. 7º, XVIII – Direito à estabilidade da gestante no emprego.

ADCT/88, art. 10, II, b – Estabilidade da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

Jurisprudência:

Estabilidade Gestacional

Recurso Ordinário Trabalhista

Reintegração ao Trabalho

 


 

2. Recurso Ordinário Trabalhista

O Recurso Ordinário Trabalhista é o meio processual adequado para atacar decisões de primeira instância que não observam os direitos fundamentais dos trabalhadores. No caso em análise, a improcedência dos pedidos relacionados à reintegração da trabalhadora gestante e ao dano moral fere não apenas os direitos específicos da gestante, mas também o princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado na CF/88, art. 1º, III.

Legislação:

CPC/2015, art. 1.013 – Princípio da devolutividade do recurso.

CLT, art. 895, I – Recurso ordinário no âmbito da Justiça do Trabalho.

Jurisprudência:

Recurso Ordinário

Decisão Improcedente

Proteção da Trabalhadora Gestante

 


 

3. Estabilidade Gestacional

A estabilidade gestacional é um direito garantido constitucionalmente e pela legislação trabalhista, sendo assegurada desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, independentemente do conhecimento do empregador acerca da gravidez. A negativa de indenização por estabilidade fere a jurisprudência consolidada, que reconhece que mesmo a rescisão contratual durante a gestação deve gerar o direito à reintegração ou à indenização substitutiva.

Legislação:

CF/88, art. 7º, XVIII – Proteção à maternidade.

ADCT/88, art. 10, II, b – Estabilidade da gestante no emprego.

Jurisprudência:

Indenização por Estabilidade Gestacional

Estabilidade Gestacional

Despedida de Gestante

 


 

4. Assédio Moral

A trabalhadora A.G.S. sofreu assédio moral durante o período gestacional, com reiteradas ameaças de dispensa e situações vexatórias no ambiente de trabalho, violando sua dignidade e gerando sofrimento emocional, o que configura o direito à indenização por dano moral. O assédio moral caracteriza-se por comportamentos humilhantes e constrangedores praticados de forma repetitiva, degradando o ambiente de trabalho.

Legislação:

CF/88, art. 5º, X – Direito à indenização por dano moral.

CLT, art. 483 – Rescisão indireta por atos lesivos à honra e à boa fama do empregado.

Jurisprudência:

Assédio Moral

Dano Moral

Trabalho Digno

 


 

5. Danos Morais

O dano moral é uma consequência direta da conduta ilícita do empregador, que impôs à trabalhadora gestante situações de humilhação e constrangimento, violando sua honra e dignidade. A compensação por danos morais, no presente caso, tem o objetivo de reparar o sofrimento causado e de dissuadir o empregador de futuras condutas lesivas aos direitos de seus empregados, principalmente em situações que envolvem a gestação.

Legislação:

CF/88, art. 5º, X – Garantia do direito à indenização por dano moral.

CCB/2002, art. 186 – Ato ilícito e responsabilidade civil por danos morais.

Jurisprudência:

Indenização por Dano Moral

Dignidade da Pessoa Humana

Reparação de Danos

 


 

6. Direito do Trabalho

O direito do trabalho brasileiro é fortemente influenciado pelos princípios da proteção ao trabalhador e da função social do trabalho, sendo essencial que os empregadores respeitem os direitos fundamentais dos trabalhadores, especialmente em situações de vulnerabilidade como a gestação. A dispensa de uma trabalhadora gestante sem a observância dos seus direitos à estabilidade e à proteção contra atos abusivos configura uma violação grave aos preceitos legais e constitucionais.

Legislação:

CF/88, art. 7º, I – Proteção ao emprego contra a dispensa arbitrária.

ADCT/88, art. 10, II, b – Estabilidade gestacional.

Jurisprudência:

Proteção ao Trabalho

Estabilidade no Emprego

Dispensa Arbitrária

 


 

7. Modelo de Recurso

O modelo de recurso ordinário deve conter, além da exposição dos fatos e das provas, uma fundamentação robusta com base nos princípios constitucionais e nas normas trabalhistas que protegem a gestante e garantem seus direitos à reintegração ou à indenização por estabilidade. A peça processual precisa demonstrar o erro da decisão de primeiro grau e o direito líquido e certo da trabalhadora em face das violações cometidas pelo empregador.

Legislação:

CPC/2015, art. 1.013 – Extensão do efeito devolutivo do recurso ordinário.

CLT, art. 482 – Justa causa para rescisão do contrato de trabalho.

Jurisprudência:

Modelo de Recurso Ordinário

Eficácia do Recurso

Proteção da Gestante

 


 

8. Reintegração ao Trabalho

A reintegração ao trabalho é o desdobramento natural do direito à estabilidade gestacional, quando a trabalhadora é demitida durante o período de garantia de emprego. Caso não seja possível a reintegração, a jurisprudência majoritária determina a concessão de uma indenização substitutiva. A não concessão desses direitos caracteriza ofensa direta às garantias constitucionais da trabalhadora gestante.

Legislação:

CLT, art. 489 – Obrigação de reintegração no caso de dispensa indevida.

CF/88, art. 7º, XVIII – Estabilidade provisória no emprego para gestantes.

Jurisprudência:

Reintegração ao Trabalho

Indenização Substitutiva

Estabilidade Provisória

 


 

9. Verbas Rescisórias

As verbas rescisórias devidas à trabalhadora gestante incluem o pagamento de salários até o término da estabilidade, além das férias proporcionais, 13º salário proporcional, aviso prévio indenizado e FGTS com multa de 40%. A negativa dessas verbas por parte do empregador configura ato ilícito, devendo ser corrigido mediante a interposição de recurso ordinário para assegurar a aplicação correta das normas trabalhistas.

Legislação:

CLT, art. 477 – Pagamento das verbas rescisórias.

CF/88, art. 7º, I – Proteção ao emprego e direitos trabalhistas.

Jurisprudência:

Verbas Rescisórias

Pagamento na Rescisão

Multas de FGTS

 


 

10. Considerações Finais

Em face dos argumentos apresentados e das provas documentais anexadas, o presente Recurso Ordinário Trabalhista deve ser provido, com a reforma da decisão de primeiro grau, assegurando-se a reintegração da trabalhadora ou, subsidiariamente, a indenização por estabilidade gestacional, além da condenação do empregador ao pagamento das verbas rescisórias e indenização por danos morais. O recurso encontra respaldo na legislação trabalhista e na jurisprudência consolidada dos tribunais superiores, o que confere robustez à pretensão da recorrente.

 


 

 


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