Modelo de Revogação de Prisão Preventiva – Homicídio Tentado Qualificado

Publicado em: 16/09/2024 Processo Civil Direito Penal Processo Penal
Modelo de petição para revogação de prisão preventiva em caso de homicídio tentado qualificado, alegando a ausência de revisão periódica conforme o art. 316, parágrafo único, do CPP, com pedido de substituição por medidas cautelares.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara do Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Processo n.º [número do processo]

Requerente: [Nome do Acusado], nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº [número], RG nº [número], atualmente recolhido no Presídio [nome do presídio].
Requerido: Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

[Nome do Advogado], advogado constituído do Requerente, conforme instrumento procuratório em anexo, inscrito na OAB/UF sob o nº [número], com endereço profissional à [endereço do escritório], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos CF/88, art. 5º, LIV e LXVI, CPP, art. 312 e CPP, art. 316, e demais disposições legais, requerer a

REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

I. Dos Fatos

O Requerente foi preso preventivamente em 06 de setembro de 2023, sob a acusação de homicídio tentado triplamente qualificado, conforme os autos da ação penal n.º [número do processo]. A prisão foi mantida na decisão de pronúncia, fundamentada no binômio fumus comissi delicti e periculum libertatis, com base na garantia da ordem pública.

Após a interposição de recurso em sentido estrito, a defesa, por equívoco, não requereu a liberdade provisória do acusado. O recurso foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais em 16 de abril de 2024. No entanto, por erro da secretaria da Vara de origem, a ação penal continuou tramitando normalmente, sem que houvesse qualquer revisão da prisão preventiva.

Somente em 15 de setembro de 2024, após transcorridos 150 dias do envio do recurso ao TJMG, a ação penal foi finalmente encaminhada ao Tribunal, mas nesse período não houve a revisão periódica da prisão preventiva, conforme prevê o CPP, art. 316, parágrafo único, que estabelece a necessidade de revisão da prisão preventiva a cada 90 dias, sob pena de ilegalidade da prisão.

II. Do Direito

A manutenção da prisão preventiva por um período superior a 90 dias, sem a devida revisão, configura flagrante ilegalidade, conforme o disposto no CPP, art. 316, parágrafo único, que estabelece:

"Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão, de ofício, proceder à revisão da necessidade de sua manutenção a cada 90 dias, mediante decisão fundamentada, sob pena de tornar a prisão ilegal."

A ausência de revisão periódica da prisão preventiva viola o direito fundamental do acusado à liberdade e ao devido processo legal, garantido pelo CF/88, art. 5º, LIV e CF/88, art. 5º, LXVI, que preveem que ninguém será privado de sua liberdade sem o devido processo legal, e que a prisão preventiva não poderá ser mantida quando cessare"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

O Requerente foi preso preventivamente em 06 de setembro de 2023, acusado de homicídio tentado triplamente qualificado. A prisão foi mantida na pronúncia, mas, após interposição de recurso, não houve a necessária revisão da prisão preventiva dentro do prazo de 90 dias, conforme o CPP, art. 316, parágrafo único. Diante da omissão, a defesa pleiteia a revogação da prisão, com base no princípio da legalidade e no atestado de conduta carcerária favorável, propondo medidas cautelares diversas da prisão.


Conceitos e Definições

  1. Prisão Preventiva: Medida cautelar decretada para garantir a ordem pública, a instrução processual ou a aplicação da lei penal, conforme CPP, art. 312.

  2. Revisão de Prisão Preventiva: Obrigação de revisar a manutenção da prisão preventiva a cada 90 dias, conforme CPP, art. 316, parágrafo único, sob pena de ilegalidade da prisão.

  3. Medidas Cautelares Diversas da Prisão: Alternativas à prisão preventiva, previstas no CPP, art. 319, que visam garantir o cumprimento do processo sem a privação de liberdade.


Considerações Finais

A presente petição tem como objetivo demonstrar a ilegalidade da manutenção da prisão preventiva do Requerente, em razão da ausência de revisão periódica conforme exige o CPP, art. 316, parágrafo único. Diante disso, a defesa pleiteia a revogação da prisão e a aplicação de medidas cautelares, de modo a garantir o cumprimento do processo sem violação dos direitos fundamentais do acusado.

TÍTULO:
MODELO DE PETIÇÃO PARA REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA EM CASO DE HOMICÍDIO TENTADO QUALIFICADO


1. Introdução

Nesta petição de revogação de prisão preventiva, busca-se demonstrar a ausência de revisão periódica, conforme previsto no art. 316, parágrafo único, do CPP, solicitando a substituição da medida cautelar extrema por medidas cautelares diversas, tendo em vista o princípio da proporcionalidade e a presunção de inocência. O réu está preso preventivamente há período superior a 90 dias sem que tenha havido reavaliação judicial da medida.

Legislação:

CPP, art. 316 - Necessidade de revisão periódica da prisão preventiva.

CF/88, art. 5º, LVII - Princípio da presunção de inocência.

Jurisprudência:

Revogação de Prisão Preventiva

Medidas Cautelares na Prisão Preventiva


2. Revogação de Prisão Preventiva

A prisão preventiva é medida excepcional que exige fundamentos concretos para sua manutenção. Diante da falta de revisão da prisão preventiva no prazo de 90 dias, conforme determina o CPP, art. 316, parágrafo único, requer-se sua revogação, uma vez que tal omissão implica a ilegalidade da manutenção do réu em cárcere. Além disso, a substituição por medidas cautelares menos gravosas deve ser considerada, preservando-se os princípios constitucionais da liberdade e da dignidade humana.

Legislação:

CPP, art. 282 - Princípio da adequação e necessidade nas medidas cautelares.

CPP, art. 316, parágrafo único - Revisão periódica da prisão preventiva.

Jurisprudência:

Revogação de Prisão no Caso de Homicídio Tentado

Revogação de Prisão CPP, art. 316


3. Revisão de Prisão

O CPP, art. 316, parágrafo único, estabelece a obrigatoriedade da revisão periódica da prisão preventiva, a fim de avaliar a sua necessidade e proporcionalidade. A ausência desta revisão acarreta a ilegalidade da prisão, justificando-se plenamente a sua revogação. O Estado não pode impor ao réu uma medida tão gravosa sem cumprir os requisitos de sua reavaliação.

Legislação:

CPP, art. 316 - Revisão da necessidade da prisão preventiva a cada 90 dias.

CF/88, art. 5º, LXV - Prisão sem fundamentação.

Jurisprudência:

Revogação por Falta de Revisão de Prisão

CPP, art. 316 Revisão de Prisão


4. Homicídio Tentado

O crime de homicídio tentado qualificado apresenta gravidade incontestável, mas o réu deve ser tratado conforme o princípio da presunção de inocência. A medida preventiva não deve ser confundida com antecipação de pena. A revogação da prisão preventiva, ou sua substituição por medidas cautelares, respeita o direito do réu a responder ao processo em liberdade, desde que não haja evidências de risco à ordem pública ou de fuga.

Legislação:

CP, art. 121 - Homicídio tentado.

CPP, art. 312 - Requisitos para decretação da prisão preventiva.

Jurisprudência:

Prisão em Homicídio Tentado

Medidas Cautelares no Homicídio Tentado


5. Medidas Cautelares

Como alternativa à prisão preventiva, propõe-se a aplicação de medidas cautelares menos gravosas, previstas no CPP, art. 319, tais como monitoramento eletrônico, recolhimento domiciliar ou comparecimento periódico em juízo. Tais medidas garantem o cumprimento do processo sem necessidade de restrição total à liberdade do réu, preservando seus direitos fundamentais.

Legislação:

CPP, art. 319 - Medidas cautelares diversas da prisão.

CPP, art. 282, §6º - Proporcionalidade das medidas cautelares.

Jurisprudência:

Medidas Cautelares na Revogação de Prisão

CPP, art. 319 e Medidas Cautelares


6. CPP Art. 316

O CPP, art. 316 impõe que o juiz realize a revisão da prisão preventiva a cada 90 dias, sob pena de ilegalidade. A ausência desta revisão periódica resulta na nulidade da medida, o que torna imprescindível a sua revogação, conforme os princípios constitucionais da legalidade e da ampla defesa. A não observância dessa regra processual coloca o réu em situação de prisão ilegal.

Legislação:

CPP, art. 316 - Revisão da prisão preventiva.

CF/88, art. 5º, LIV - Princípio da legalidade processual.

Jurisprudência:

CPP, art. 316 Revisão de Prisão Preventiva

Revogação de Prisão por Falta de Revisão de 90 Dias


7. Prisão Preventiva

A prisão preventiva, sendo medida excepcional, deve ser revista regularmente para garantir que ainda sejam atendidos os requisitos legais para sua manutenção. No caso presente, a falta de revisão periódica inviabiliza a continuidade da prisão preventiva, devendo ser substituída por medidas cautelares que preservem a ordem pública e o andamento do processo, sem privação total de liberdade.

Legislação:

CPP, art. 312 - Fundamentos para a decretação da prisão preventiva.

CF/88, art. 5º, LXV - Direito à liberdade antes de condenação.

Jurisprudência:

Prisão Preventiva e Revogação

Revogação de Prisão e Medidas Cautelares


8. Considerações Finais

Diante da ausência de revisão periódica da prisão preventiva, conforme exige o CPP, art. 316, parágrafo único, e levando-se em conta que o réu preenche os requisitos para o cumprimento de medidas cautelares diversas, requer-se a revogação da prisão preventiva, ou sua substituição por medidas cautelares adequadas e proporcionais ao caso concreto. A manutenção da prisão sem a devida reavaliação constitui violação dos direitos do réu e do devido processo legal.

Legislação:

CPP, art. 316 - Revisão da prisão preventiva a cada 90 dias.

CPP, art. 319 - Medidas cautelares diversas da prisão.

Jurisprudência:

Revogação de Prisão por Falta de Revisão

Medidas Cautelares e Revogação de Prisão


 


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