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Multa por Litigância de Má-Fé e Procrastinação

Publicado em: 16/10/2024 Processo Civil
A aplicação da multa prevista no CPC/2015, art. 1.021, § 4º, em casos de recursos manifestamente improcedentes, visando desestimular a litigância protelatória.

"Se o Agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, o CPC/2015, art. 1.021, § 4.º, prevê a aplicação de multa..."

Súmulas

Súmula 422/TST: Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do Recorrente não impugnam os fundamentos da decisão Recorrida, nos termos em que proferida.

Súmula 231/STF: A questão de ordem na apreciação de recursos repetitivos é sempre discutível.

Legislação:

Legislação:


 

  • Lei 13.467/2017: Modificações nos requisitos de admissibilidade em Recursos de Revista.

  • CPC/2015, art. 1.021, § 4.º: Estabelece penalidades para agravos manifestamente improcedentes.


Informações complementares

TÍTULO:
A APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO CPC/2015, ART. 1.021, § 4º, EM CASOS DE RECURSOS MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTES



  1. Introdução
    A multa processual prevista no CPC/2015, art. 1.021, § 4º, tem como objetivo coibir a prática de recursos manifestamente improcedentes que visam apenas protelar o desfecho de uma lide. A utilização de recursos infundados ou com propósito exclusivamente procrastinatório é considerada um abuso do direito de recorrer e caracteriza litigância de má-fé, sujeitando a parte recorrente à sanção pecuniária. Este dispositivo reflete a preocupação do legislador em promover a celeridade e eficiência processual, desestimulando práticas que possam comprometer o bom andamento da justiça.

Legislação:



CPC/2015, art. 1.021, § 4º - Previsão de multa para recursos manifestamente improcedentes.

CF/88, art. 5º, LXXVIII - Garantia da razoável duração do processo e celeridade na tramitação.

CPC/2015, art. 80 - Disposições sobre litigância de má-fé e as condutas que a configuram.

Jurisprudência:



Multa Recursos Improcedentes CPC

Litigância Má-Fé Recursos

Multa CPC Litigância Protelatória


  1. Multa Processual
    A multa processual disposta no CPC/2015, art. 1.021, § 4º, serve como um mecanismo de desestímulo ao uso de recursos que não apresentam fundamento jurídico sólido e têm como único propósito retardar a conclusão do processo. A imposição dessa multa é automática e ocorre quando o tribunal constata que o recurso interposto não possui fundamentos razoáveis e se destina apenas à procrastinação do processo. Este instrumento é importante para assegurar a efetividade do sistema processual e evitar que recursos meramente protelatórios comprometam a justiça.

Legislação:



CPC/2015, art. 1.026, § 2º - Previsão de multa para embargos de declaração protelatórios.

CPC/2015, art. 77, IV - Disposições sobre deveres das partes e as consequências do descumprimento.

Lei 13.105/2015, art. 1.021, § 4º - Multa específica para recursos manifestamente improcedentes.

Jurisprudência:



Multa Processual Protelatória

Multa CPC 2015 Recursos

Procrastinação Processual Multa


  1. Litigância de Má-Fé
    A litigância de má-fé ocorre quando uma das partes abusa de seus direitos processuais, utilizando-se de recursos e manobras que têm por finalidade atrasar o andamento do processo, obstruir a justiça ou causar prejuízos à outra parte. A multa processual prevista no CPC/2015 é um dos instrumentos que busca desestimular essa prática. A aplicação da multa por litigância de má-fé visa responsabilizar a parte que age de forma dolosa, assegurando que o processo seja conduzido de maneira justa e célere.

Legislação:



CPC/2015, art. 81 - Estabelece sanções para quem litigar de má-fé.

CPC/2015, art. 80, III - Define condutas que configuram litigância de má-fé, incluindo a interposição de recursos protelatórios.

Lei 13.105/2015, art. 5º - Disposições sobre os princípios da boa-fé e lealdade processual.

Jurisprudência:



Litigância Má-Fé Multa CPC

Litigância Má-Fé Recursos Improcedentes

Litigância Processual Abuso Direito


  1. Procrastinação
    A procrastinação processual é uma prática condenada pelo ordenamento jurídico brasileiro, pois afeta diretamente a celeridade e a eficiência do sistema de justiça. Recursos que são interpostos com a finalidade de retardar o cumprimento de uma decisão já consolidada violam o princípio da razoável duração do processo, assegurado pela CF/88, art. 5º, LXXVIII. O CPC/2015 trouxe mecanismos para coibir essa prática, como a aplicação de multas para recursos infundados e a definição de critérios rígidos para a admissão de recursos, assegurando que o direito de recorrer seja exercido de forma responsável.

Legislação:



CF/88, art. 5º, LXXVIII - Assegura a todos a razoável duração do processo.

CPC/2015, art. 1.021, § 4º - Prevê a aplicação de multa para recursos protelatórios.

CPC/2015, art. 77, VI - Imposição de deveres processuais às partes, inclusive o de não praticar atos meramente protelatórios.

Jurisprudência:



Procrastinação Processual Multa CPC

Recursos Protelatórios Multa

Procrastinação Recursos Infundados


  1. CPC/2015
    O CPC/2015 introduziu diversos mecanismos para melhorar a eficiência do processo judicial brasileiro, incluindo a previsão de multas para recursos manifestamente improcedentes. A finalidade é clara: evitar que o direito ao recurso seja utilizado de forma abusiva, para procrastinar o cumprimento de uma decisão ou obter vantagem indevida. A sistematização dessas sanções busca garantir que o processo judicial seja uma ferramenta de efetiva prestação jurisdicional e não um meio de manobras processuais desleais.

Legislação:



CPC/2015, art. 1.021, § 4º - Disposição específica sobre a imposição de multa em recursos infundados.

CPC/2015, art. 85, § 11 - Previsão de honorários recursais como forma de evitar recursos protelatórios.

CPC/2015, art. 10 - Princípio da boa-fé processual e vedação ao abuso de direito processual.

Jurisprudência:



Multa Recursos Manifestamente Improcedentes

CPC 2015 Multas Recursos

Multa CPC Eficiência Processual


  1. Considerações Finais
    A aplicação de multas processuais para recursos infundados é um mecanismo essencial para assegurar a eficiência e a celeridade da justiça brasileira. O CPC/2015 trouxe uma série de dispositivos que buscam penalizar a litigância de má-fé e a procrastinação processual, reforçando o compromisso do judiciário com a entrega célere e justa da prestação jurisdicional. Assim, a correta aplicação dessas sanções é crucial para garantir que o direito ao recurso não se torne um meio de abuso, mas uma ferramenta legítima de defesa dos direitos das partes envolvidas.



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