Modelo de Ação de Obrigação de Fazer Cumulada com Indenização contra Seguradora por Bloqueio Indevido de Motorista

Publicado em: 03/10/2024 Civel Comercial
Modelo de petição inicial de ação contra seguradora de risco que impediu motorista autônomo de realizar transporte de mercadorias, alegando divergência no perfil de segurança. A ação busca a liberação imediata para o exercício da atividade, além de indenização por danos materiais e morais. Contém fundamentação legal e pedido de tutela de urgência.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da [Vara] Cível da Comarca de [Cidade]

[Nome do Autor], brasileiro(a), estado civil, profissão (motorista), inscrito(a) no CPF/MF sob o nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

em face de [Nome da Empresa Seguradora de Riscos Bu9nny], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº [número], com sede à [endereço completo], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

I – Dos Fatos

O autor é motorista autônomo, regularmente registrado para realizar transporte de cargas, prestando serviços para diversas empresas e agências de logística. No dia [data], ao tentar realizar o transporte de mercadorias para a empresa [nome da contratante], foi impedido de prosseguir com o serviço devido à negativa da ré, Seguradora de Riscos Bu9nny, que alegou que o perfil do autor era divergente e não atendia aos requisitos de segurança estabelecidos pela ré.

A alegação da seguradora de risco não encontra respaldo, uma vez que o autor sempre cumpriu todas as exigências legais e contratuais para a realização de suas atividades, possuindo todos os documentos e certificações necessárias, incluindo seguro obrigatório, cursos de transporte de cargas perigosas (quando aplicável), e licenças exigidas para atuar como motorista de cargas.

Tal recusa, infundada e arbitrária, prejudicou o autor, que, por conta da negativa da ré, não conseguiu realizar o transporte contratado, resultando na perda de receita e causando-lhe danos materiais e morais, pela humilhação e frustração sofridas ao ser impedido de exercer sua profissão de maneira injusta.

II – Do Direito

A) Da Obrigação de Fazer

O autor está regularmente habilitado para realizar o transporte de mercadorias e cumpre todas as exigências legais e contratuais. A recusa arbitrária da ré em autorizar o transporte contratado constitui abuso de direito, conforme preconizado pelo CCB/2002, art. 187, uma vez que a negativa carece de justificativa legítima.

A CF/88, art. 5º, XIII, assegura o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações profissionais exigidas. No presente caso, o autor cumpre todas as exigências e está apto a realizar a atividade de transporte de cargas, razão pela qual a negativa da ré é ilegal.

A recusa indevida também viola o princípio da função social dos contratos, previsto no CCB/2002, art. 421, pois a atuação da seguradora, ao impedir o exercício da profissão do autor sem motivo justo, compromete a finalidade e a viabilidade de sua atividade econômica.

Diante disso, requer-se a imediata liberação do autor para continuar realizando o transporte de mercadorias, sob p"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito, Conceitos e Definições

A ação contra seguradora de risco visa garantir que o autor, motorista autônomo, possa exercer sua atividade de transporte de mercadorias, impedido injustamente pela seguradora ré, que alegou divergências no perfil de segurança. A negativa arbitrária e sem justificativa técnica plausível impediu o autor de realizar o transporte contratado, causando-lhe prejuízos materiais e morais.

A negativa de autorização pela ré configura abuso de direito, conforme o CCB/2002, art. 187, e viola o princípio da função social do contrato, previsto no CCB/2002, art. 421. Além disso, a reparação dos danos causados pela negativa deve ser garantida, conforme o CCB/2002, art. 927, que impõe a obrigação de indenizar aquele que causa dano.

Considerações Finais

A presente ação tem por objetivo garantir o direito do autor de exercer sua profissão sem ser impedido arbitrariamente, além de buscar a reparação pelos prejuízos materiais e morais causados pela negativa indevida da ré. A atuação da seguradora viola o direito constitucional ao trabalho e compromete a subsistência do autor.

TÍTULO:
AÇÃO CONTRA SEGURADORA POR BLOQUEIO INDEVIDO DE MOTORISTA AUTÔNOMO E INDENIZAÇÃO POR DANOS


1. Introdução

A presente ação tem por objetivo a liberação imediata do autor, motorista autônomo, para continuar suas atividades de transporte de mercadorias, após a seguradora de risco ter bloqueado o exercício de sua função sob alegação de divergências no perfil de segurança. Além disso, busca-se a condenação da seguradora ao pagamento de indenização por danos materiais e morais, tendo em vista o prejuízo causado ao autor, que foi impossibilitado de exercer seu trabalho. Para garantir o direito ao trabalho, é pleiteada também a concessão de tutela de urgência.

Legislação:

CCB/2002, art. 927 - Determina que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
CF/88, art. 5º, XIII - Estabelece o direito ao livre exercício de qualquer trabalho, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Jurisprudência:
Dano Material por Bloqueio de Seguradora
Indenização por Dano Moral e Bloqueio


2. Ação contra Seguradora

A ação contra a seguradora baseia-se na prática de ato ilícito, com fundamento no CCB/2002, art. 927, que determina a reparação de danos causados. A seguradora, ao bloquear o autor com base em alegações não justificadas, impediu-o de exercer sua profissão, violando direitos constitucionais e legais. O autor, motorista autônomo, depende do exercício de sua atividade para seu sustento, sendo, portanto, inadmissível a conduta da seguradora.

Legislação:

CCB/2002, art. 927 - Obriga a reparação de danos decorrentes de ato ilícito.
CF/88, art. 5º, XIII - Garante o direito ao trabalho.

Jurisprudência:
Ação contra Seguradora e Indenização
Bloqueio de Motorista Autônomo por Seguradora


3. Bloqueio de Motorista

O bloqueio de um motorista autônomo sem justificativa adequada configura uma violação direta ao direito ao trabalho, garantido pela CF/88, art. 5º, XIII. O autor teve sua capacidade de gerar renda obstruída pela seguradora, que, de forma arbitrária, o impediu de exercer sua atividade profissional. Esta situação causou prejuízos financeiros ao autor, que deixou de auferir seus rendimentos habituais, além de danos à sua reputação e moral.

Legislação:

CF/88, art. 5º, XIII - Direito ao livre exercício do trabalho.
CCB/2002, art. 927 - Responsabilidade civil por ato ilícito.

Jurisprudência:
Bloqueio Indevido de Motorista
Direito ao Trabalho de Motorista Autônomo


4. Indenização por Danos Morais

O bloqueio do autor gerou danos morais, pois, além de ser impedido de trabalhar, sua imagem profissional foi prejudicada perante seus clientes e contratantes. A frustração, a angústia e o abalo psicológico causado pela impossibilidade de exercer sua profissão constituem fundamento para o pedido de indenização por danos morais, em conformidade com o CCB/2002, art. 186, que obriga à reparação por atos que causem danos à personalidade e à dignidade do indivíduo.

Legislação:

CCB/2002, art. 186 - Estabelece o dever de indenizar por danos morais.
CCB/2002, art. 927 - Determina a reparação por atos ilícitos.

Jurisprudência:
Indenização por Dano Moral de Motorista
Responsabilidade da Seguradora por Dano Moral


5. Indenização por Danos Materiais

Além dos danos morais, o autor pleiteia a indenização por danos materiais, referentes ao lucro cessante, ou seja, os valores que o autor deixou de ganhar em decorrência do bloqueio de sua atividade. A seguradora, ao impedi-lo de atuar, causou prejuízos econômicos que devem ser ressarcidos com base no CCB/2002, art. 402, que prevê a reparação integral dos prejuízos, tanto emergentes quanto os lucros cessantes.

Legislação:

CCB/2002, art. 402 - Responsabilidade por indenização de lucros cessantes e danos emergentes.
CCB/2002, art. 927 - Regras gerais sobre reparação de danos materiais.

Jurisprudência:
Danos Materiais e Bloqueio por Seguradora
Indenização por Lucro Cessante de Motorista


6. Obrigação de Fazer

Além da indenização, o autor requer a tutela de urgência para que seja determinado à seguradora que libere, imediatamente, o perfil de segurança do autor, de forma a permitir que ele retome suas atividades de transporte. Esta obrigação de fazer é necessária para cessar os danos contínuos sofridos pelo autor, garantindo-lhe o direito de trabalhar. A medida urgente é amparada pelo CPC/2015, art. 300, que prevê a concessão de tutela antecipada quando houver elementos que evidenciem o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Legislação:

CPC/2015, art. 300 - Concessão de tutela de urgência.
CCB/2002, art. 927 - Reparação por ato ilícito.

Jurisprudência:
Tutela de Urgência e Obrigação de Fazer
Liberação de Atividade de Motorista por Seguradora


7. Direito ao Trabalho

O bloqueio do perfil do autor pela seguradora violou o direito ao trabalho, um direito fundamental protegido pela CF/88, art. 5º, XIII. A imposição de barreiras ao exercício de sua atividade profissional sem base legal é uma conduta abusiva, e a liberação imediata deve ser garantida pelo Poder Judiciário, para que o autor não continue sofrendo os prejuízos decorrentes dessa violação.

Legislação:

CF/88, art. 5º, XIII - Direito ao trabalho.
CCB/2002, art. 927 - Obrigação de reparar o dano.

Jurisprudência:
Direito ao Trabalho de Motorista Autônomo
Bloqueio e Direito ao Trabalho


8. Seguradora de Risco

A seguradora tem a responsabilidade de garantir que seus atos estejam em conformidade com os princípios da boa-fé e do equilíbrio contratual, assegurados pelo CDC, art. 4º. Ao agir de forma unilateral e abusiva, bloqueando o autor sem fundamento adequado, a seguradora cometeu um ato ilícito, que deve ser reparado, seja pela liberação da atividade, seja pela indenização pelos danos causados.

Legislação:

CDC, art. 4º - Princípios da boa-fé e do equilíbrio nas relações contratuais.
CCB/2002, art. 927 - Obrigação de reparar danos.

Jurisprudência:
Responsabilidade da Seguradora por Bloqueio
Seguradora de Risco e Bloqueio de Atividade


9. Responsabilidade Civil

A conduta da seguradora enquadra-se na responsabilidade civil por ato ilícito, conforme estabelecido pelo CCB/2002, art. 927. A seguradora deverá arcar com as consequências de seus atos, restituindo o autor pelos prejuízos materiais e morais sofridos, além de liberar imediatamente o perfil de segurança, possibilitando o retorno de suas atividades profissionais. O presente pedido visa garantir a reparação plena dos danos.

Legislação:

CCB/2002, art. 927 - Responsabilidade por ato ilícito e dever de reparação.

Jurisprudência:
Responsabilidade Civil da Seguradora
Reparação de Danos por Ato Ilícito da Seguradora


10. Recurso

Caso não haja atendimento integral ao pleito de liberação imediata da atividade do autor e à indenização por danos materiais e morais, a parte reclamante poderá recorrer da decisão judicial. A tutela recursal é necessária para garantir que os direitos do autor sejam resguardados e que ele possa voltar a exercer suas atividades sem impedimentos, além de obter a reparação pelos danos sofridos.

Legislação:

CPC/2015, art. 300 - Tutela de urgência.
CCB/2002, art. 927 - Reparação por ato ilícito.

Jurisprudência:
Recurso em Ação contra Seguradora
Tutela Recursal contra Seguradora


Considerações Finais

Diante do exposto, requer-se que a seguradora seja condenada a liberar imediatamente o perfil de segurança do autor, possibilitando o retorno ao exercício de sua atividade de transporte de mercadorias, além do pagamento de indenização por danos materiais e morais decorrentes do bloqueio indevido. Solicita-se, ainda, a concessão da tutela de urgência para que o autor não continue sofrendo prejuízos.


 


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