Modelo de Ação judicial de concessão de pensão por morte previdenciária contra INSS pelo dependente único, com pedido de efeitos financeiros desde o óbito e honorários advocatícios, fundamentada na Lei 8.213/91

Publicado em: 23/04/2025
Petição inicial proposta pelo esposo e dependente único da segurada falecida contra o INSS, pleiteando a concessão do benefício de pensão por morte com efeitos financeiros retroativos à data do óbito, pagamento de parcelas vencidas e vincendas, honorários advocatícios, justiça gratuita e produção de provas, com base na legislação previdenciária (Lei 8.213/1991) e jurisprudência consolidada.

PETIÇÃO INICIAL DE PENSÃO POR MORTE (PREVIDENCIÁRIA)

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal Previdenciária da Subseção Judiciária de [CIDADE/UF].

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, casado, profissão [especificar], portador do CPF nº [informar], RG nº [informar], endereço eletrônico [informar], residente e domiciliado à [endereço completo], por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 00.000.000/0000-00, com endereço eletrônico [informar], sede na Rua [informar], nº [informar], Bairro [informar], CEP [informar], Cidade/UF, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor era casado com a Sra. M. F. de S. L., falecida em [data do óbito], conforme certidão de óbito anexa. O relacionamento conjugal perdurou por [número] anos, sendo público, notório e contínuo, conforme comprovam os documentos anexos (certidão de casamento, comprovantes de residência, fotografias e demais provas documentais).

A falecida era segurada do Regime Geral de Previdência Social, tendo contribuído regularmente para o INSS até a data do óbito, conforme extrato do CNIS e histórico de contribuições anexos. O Autor, na qualidade de esposo, é o dependente único da segurada, não havendo outros dependentes habilitados ou habilitáveis.

Após o falecimento, o Autor requereu administrativamente a concessão do benefício de pensão por morte junto ao INSS, protocolo nº [informar], em [data do requerimento]. Contudo, o pedido foi indeferido sob a alegação de [motivo do indeferimento, se houver], o que não se sustenta diante da documentação apresentada e do direito líquido e certo do Autor.

Ressalta-se que o Autor dependia economicamente da falecida, sendo esta a principal provedora do lar, situação comprovada por meio de documentos bancários, declaração de imposto de renda e demais provas anexas.

Diante da negativa administrativa, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecido seu direito ao benefício previdenciário de pensão por morte, com efeitos financeiros desde a data do óbito da segurada, nos termos da legislação vigente.

Resumo: O Autor, esposo e dependente único da segurada falecida, preenche todos os requisitos legais para a concessão da pensão por morte, sendo indevida a negativa administrativa do INSS.

4. DO DIREITO

4.1. DO DIREITO À PENSÃO POR MORTE

A pensão por morte é benefício previdenciário previsto na legislação brasileira, destinado aos dependentes do segurado falecido, conforme disposto na Lei 8.213/1991, art. 74. O benefício visa garantir a subsistência dos dependentes, em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e à proteção social do trabalhador e de sua família (CF/88, art. 201, I).

A Lei 8.213/1991, art. 16, I, estabelece que o cônjuge é dependente previdenciário do segurado, sendo a dependência econômica presumida. No presente caso, o Autor era casado com a segurada falecida, não havendo necessidade de comprovação adicional de dependência econômica, conforme entendimento consolidado nos tribunais.

A Lei 8.213/1991, art. 74, II, prevê que, requerido o benefício em até 90 dias do óbito, o termo inicial da pensão por morte será a data do falecimento do segurado. O Autor protocolou o pedido administrativo dentro do prazo legal, fazendo jus ao recebimento do benefício desde a data do óbito.

4.2. DOS REQUISITOS LEGAIS PARA CONCESSÃO

Para a concessão da pensão por morte, exige-se:

  • a) Qualidade de segurado do instituidor na data do óbito (Lei 8.213/1991, art. 15);
  • b) Comprovação do óbito;
  • c) Qualidade de dependente do "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

1. Relatório

Trata-se de ação previdenciária proposta por A. J. dos S. em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, objetivando a concessão do benefício de pensão por morte em decorrência do falecimento de sua esposa M. F. de S. L., segurada do Regime Geral de Previdência Social.

O Autor afirma que vivia em união estável formalizada pelo casamento com a falecida e que era seu dependente econômico, sendo o único habilitado ao benefício. O pedido administrativo foi protocolado tempestivamente, mas indeferido pelo INSS sob alegação de [motivo do indeferimento, se houver]. Comprovados os requisitos legais, busca a tutela jurisdicional para obter a concessão do benefício, com efeitos financeiros desde a data do óbito.

2. Fundamentação

2.1. Da Fundamentação Constitucional e Legal

Inicialmente, cumpre registrar que a presente decisão é fundamentada nos termos da CF/88, art. 93, IX, o qual exige que todas as decisões do Poder Judiciário sejam públicas e fundamentadas, sob pena de nulidade.

O benefício de pensão por morte está previsto na CF/88, art. 201, I, e regulamentado pela Lei 8.213/1991, art. 16 e Lei 8.213/1991, art. 74. Conforme dispõe a Lei 8.213/1991, art. 16, I, da referida lei, o cônjuge é dependente presumido do segurado falecido, prescindindo de comprovação de dependência econômica.

A Lei 8.213/1991, art. 74, II, estabelece que, se o benefício for requerido em até 90 dias do óbito, o termo inicial será a data do falecimento. No caso concreto, o Autor protocolou o requerimento administrativo dentro do prazo legal.

2.2. Dos Requisitos para a Concessão da Pensão por Morte

A concessão da pensão por morte exige a demonstração dos seguintes requisitos:

  • a) Qualidade de segurado do instituidor na data do óbito ( Lei 8.213/1991, art. 15);
  • b) Comprovação do óbito;
  • c) Qualidade de dependente do requerente ( Lei 8.213/1991, art. 16, I).

Da análise dos autos, verifica-se que todos os requisitos encontram-se devidamente comprovados. Os documentos juntados (certidão de óbito, certidão de casamento, CNIS, comprovantes de residência, entre outros) atestam o vínculo conjugal, o óbito da segurada e sua qualidade de segurada à época do falecimento.

Não há notícia de outros dependentes habilitados ou habilitáveis, conforme declaração e certidões anexas.

2.3. Dos Princípios Constitucionais Aplicáveis

Ressalta-se a proteção social aos dependentes do trabalhador, em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), à solidariedade social e à efetividade da prestação jurisdicional (CF/88, art. 5º, XXXV).

O indeferimento administrativo, diante da documentação apresentada, afronta o princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II) e o direito fundamental à previdência social.

2.4. Da Jurisprudência

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que, comprovado o direito ao benefício, os efeitos financeiros devem retroagir à data do óbito, quando o requerimento administrativo é tempestivo (REsp. Acórdão/STJ).

No mesmo sentido, o Supremo Tribunal Federal, no RE Acórdão/STF, reconheceu o dever de observância ao princípio da proteção social e da dignidade da pessoa humana na concessão de benefícios previdenciários.

3. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por A. J. dos S. para:

  1. Condenar o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS a conceder ao Autor o benefício de pensão por morte, na qualidade de dependente único da segurada falecida, com efeitos financeiros desde a data do óbito, nos termos da Lei 8.213/1991, art. 74, II.
  2. Determinar o pagamento das parcelas vencidas e vincendas, atualizadas monetariamente e acrescidas de juros de mora conforme legislação vigente (Lei 8.213/1991, art. 41-A; Emenda Constitucional 113/2021, art. 3º).
  3. Condenar o INSS ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85.
  4. Conceder ao Autor os benefícios da justiça gratuita, se comprovada a hipossuficiência, nos termos da Lei 1.060/1950 e CPC/2015, art. 98.

Sem custas, nos termos da legislação aplicável.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

[Cidade], [data].

[Nome do(a) Magistrado(a)]
Juiz(a) Federal


Nota Explicativa

Este voto simulado busca, com base na hermenêutica constitucional e infraconstitucional, analisar os fatos e o direito, fundamentando-se na CF/88, art. 93, IX, na legislação previdenciária e em jurisprudência consolidada, para garantir a efetividade da prestação jurisdicional e a proteção social do dependente do segurado falecido.


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