Modelo de Alegações Finais em Memoriais no Crime de Estupro de Vulnerável - Negação de Autoria
Publicado em: 21/08/2024 Direito Penal Processo PenalExcelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___
[Nome do Acusado], nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº ___ e no RG nº ___, residente e domiciliado à [endereço completo], por meio de seu advogado infra-assinado, com escritório profissional à [endereço do advogado], onde recebe notificações e intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS EM MEMORIAIS
nos autos do processo criminal nº [número do processo], que lhe move o Ministério Público, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
1. Dos Fatos
1.1. O Acusado foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas do CP, art. 217-A, pela prática do crime de estupro de vulnerável, supostamente cometido contra [nome da vítima], menor de idade.
1.2. A denúncia se baseia em depoimentos e relatos que atribuem ao Acusado a autoria do crime, sem, no entanto, apresentar provas materiais ou testemunhais que corroborem de forma incontestável tais acusações.
1.3. O Acusado, desde o início do processo, nega veementemente a prática do delito, afirmando não ter tido qualquer contato ou relação com a vítima que possa justificar a acusação que lhe é imputada.
2. Do Direito
2.1. Presunção de Inocência
2.1.1. A Constituição Federal assegura, em seu CF/88, art. 5º, LVII, o princípio da presunção de inocência, segundo o qual "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Esse princípio é um dos pilares do Estado Democrático de Direito e deve ser rigorosamente observado em todos os processos criminais.
2.1.2. No presente caso, a ausência de provas robustas e conclusivas que possam vincular o Acusado à prática do crime de estupro de vulnerável impõe o reconhecimento da sua inocência. A condenação penal exige certeza, que não pode ser obtida a partir de meras suposições ou indícios frágeis.
2.2. Princípio do In Dubio Pro Reo
2.2.1. O princípio do In Dubio Pro Reo, consagrado no CPP, art. 386, VII, estabelece que, na dúvida sobre a autoria ou a materialidade do crime, deve-se optar pela absolvição do acusado. Tal princípio visa evitar que uma pessoa seja injustamente condenada por um crime que não cometeu, protegendo assim o direito fundamental à liberdade.
2.2.2. Diante da inexistência de provas incontestáveis e da fragilidade dos elementos "'>...