Modelo de Contestação em Ação de Extinção de União Estável com Pedido de Tutela de Urgência de Alimentos e Reconvenção

Publicado em: 12/10/2024 Civel Familia
Modelo de contestação em ação de extinção de união estável, onde a ré pleiteia alimentos em caráter de urgência, devido à situação de vulnerabilidade econômica, e apresenta reconvenção para a partilha dos bens adquiridos durante a convivência. A peça processual fundamenta-se nos princípios da dignidade da pessoa humana, da solidariedade familiar e da igualdade entre companheiros.

AO JUÍZO DA ___ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE ___

PROCESSO Nº: ___________
AUTOR: ___________
RÉ: ___________

[NOME DA RÉ], já qualificada nos autos da ação de extinção de união estável proposta por [NOME DO AUTOR], por intermédio de seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua CONTESTAÇÃO, com PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE ALIMENTOS e RECONVENÇÃO, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

I. DOS FATOS

A parte autora ajuizou a presente demanda visando à extinção da união estável mantida entre as partes por aproximadamente [número de anos] anos. Durante o relacionamento, as partes construíram uma vida em comum, constituíram patrimônio e a requerida, em razão da convivência e dos compromissos assumidos, abdicou de sua vida profissional para se dedicar à família e ao cuidado da residência do casal.

Com o rompimento da união, a ré se encontra em situação de vulnerabilidade econômica, sem condições de prover seu próprio sustento, razão pela qual pleiteia a concessão de alimentos em caráter de urgência.

II. DO DIREITO

II.I. DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE ALIMENTOS

A ré, diante da situação de vulnerabilidade em que se encontra, requer a concessão de alimentos em caráter de urgência, nos termos do CPC/2015, art. 300, a fim de garantir o mínimo necessário à sua subsistência. O binômio necessidade-possibilidade deve ser considerado, visto que a requerida atualmente não possui renda própria e o autor possui condições financeiras para prestar os alimentos pleiteados.

O direito a alimentos é assegurado pelo CCB/2002, art. 1.694, §1º, que prevê que os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades de quem os pleiteia e dos recursos da pessoa obrigada. Ademais, a CF/88, art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, garantindo a proteção dos direitos dos conviventes.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DOS FATOS E DO DIREITO

Trata-se de contestação em ação de extinção de união estável, cumulada com pedido de tutela de urgência de alimentos e reconvenção. A parte autora propõe ação buscando o rompimento da relação de união estável, enquanto a ré pleiteia alimentos provisórios, por estar em situação de vulnerabilidade econômica, e a partilha dos bens adquiridos ao longo da convivência.

A tutela de urgência para fixação dos alimentos é baseada no CPC/2015, art. 300, e no CCB/2002, art. 1.694, §1º, que asseguram o direito a alimentos conforme as necessidades do alimentando e as possibilidades do alimentante. Já o pedido de reconvenção para a partilha dos bens se fundamenta no regime da comunhão parcial de bens, aplicável às uniões estáveis, conforme o CCB/2002, art. 1.725.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente modelo de contestação tem como objetivo garantir à ré seus direitos decorrentes da união estável, assegurando a prestação de alimentos para sua subsistência e a partilha justa dos bens adquiridos durante a convivência. Além disso, visa assegurar a efetividade dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da solidariedade familiar e da igualdade entre os companheiros, fundamentais para a proteção dos direitos de quem depende economicamente do outro após o rompimento da relação.



TÍTULO:
CONTESTAÇÃO EM AÇÃO DE EXTINÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PEDIDO DE ALIMENTOS E RECONVENÇÃO PARA PARTILHA DE BENS


1. Introdução

A contestação em ação de extinção de união estável deve observar, além da defesa contra os pedidos da parte autora, o direito da ré de pleitear alimentos em caráter de urgência e a partilha dos bens adquiridos ao longo da convivência. A ré, neste caso, invoca os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), da solidariedade familiar (CF/88, art. 226), e da igualdade entre companheiros (CCB/2002, art. 1.725), buscando garantir sua sobrevivência e seus direitos patrimoniais após o término da relação.

Esta peça processual articula uma reconvenção para que a partilha de bens seja incluída no processo, dado o direito da companheira de ver reconhecida sua cota-parte dos bens adquiridos onerosamente durante a união, independentemente de quem figure como proprietário formal.

Legislação:
CF/88, art. 1º, III — Dignidade da pessoa humana.
CF/88, art. 226 — Solidariedade familiar e união estável.
CCB/2002, art. 1.725 — Comunhão parcial de bens.

Jurisprudência:
União estável e alimentos
Partilha de bens na convivência
Reconvenção e partilha de bens


2. Contestação

Na contestação, a ré deverá demonstrar que a relação de união estável preencheu todos os requisitos previstos na legislação, como a convivência pública, contínua e duradoura e o objetivo de constituição de família (CF/88, art. 226). Além disso, deve ser comprovada a vulnerabilidade econômica da ré, justificando o pedido de alimentos.

A peça processual se apoia nos princípios constitucionais e do direito de família, reafirmando a necessidade de preservação do sustento da ré enquanto se desenrola o processo de extinção. Esse pedido de alimentos tem como base a necessidade da ré e a possibilidade econômica do autor, como estabelece o CCB/2002, art. 1.694.

Legislação:
CF/88, art. 226 — Reconhecimento da união estável.
CCB/2002, art. 1.694 — Direito de pleitear alimentos.
CF/88, art. 5º, I — Igualdade entre homens e mulheres.

Jurisprudência:
Extinção de união estável
Alimentos em união estável
Vulnerabilidade econômica


3. Extinção de União Estável

A extinção da união estável desencadeia a discussão sobre a partilha de bens e a responsabilidade de prover alimentos à parte vulnerável. A legislação atual prevê que, em caso de ruptura, seja feita a divisão dos bens adquiridos onerosamente durante a convivência, nos moldes do regime de comunhão parcial de bens (CCB/2002, art. 1.725).

Além disso, a convivência de longa duração (no caso, de vários anos) enseja o direito da ré de pleitear alimentos, dado o desequilíbrio econômico entre as partes. A peça processual argumenta que, diante da situação de vulnerabilidade, os alimentos são imprescindíveis para garantir a sobrevivência digna da ré até que a partilha de bens seja realizada.

Legislação:
CCB/2002, art. 1.725 — Regime de comunhão parcial de bens.
CF/88, art. 1º, III — Dignidade da pessoa humana.
CCB/2002, art. 1.694 — Alimentos entre companheiros.

Jurisprudência:
Extinção de união estável e partilha de bens
União estável e comunhão parcial de bens
Alimentos em virtude de união estável


4. Alimentos

O pedido de alimentos em caráter de urgência baseia-se na situação de vulnerabilidade econômica da ré, que depende do auxílio financeiro do autor para manter seu sustento até a finalização do processo. Os alimentos são requeridos conforme o princípio da solidariedade familiar, sendo que a relação de união estável, reconhecida pela CF/88, art. 226, gera responsabilidades mútuas entre os companheiros.

A urgência é fundamentada na necessidade imediata da ré, que não possui outra fonte de renda e depende do auxílio econômico do autor. Nesse sentido, o pedido de alimentos de caráter urgente busca garantir a subsistência digna até que se conclua a partilha dos bens.

Legislação:
CF/88, art. 226 — União estável e solidariedade familiar.
CCB/2002, art. 1.694 — Pedido de alimentos em caráter de urgência.
CF/88, art. 1º, III — Dignidade da pessoa humana.

Jurisprudência:
Alimentos de urgência
Solidariedade familiar e alimentos
Dignidade e alimentos


5. Tutela de Urgência

A tutela de urgência é requerida para garantir a concessão imediata dos alimentos. Diante da situação de risco e necessidade da ré, a urgência justifica-se para evitar prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação. A base legal para a concessão da tutela de urgência encontra-se no CPC/2015, art. 300, que dispõe sobre os requisitos para o deferimento de medidas provisórias em caráter emergencial.

Essa medida visa garantir que a parte vulnerável tenha os meios necessários para subsistir até a solução definitiva do litígio, preservando os direitos fundamentais.

Legislação:
CPC/2015, art. 300 — Requisitos da tutela de urgência.
CF/88, art. 5º — Direito à vida e à subsistência digna.
CCB/2002, art. 1.694 — Alimentos urgentes entre companheiros.

Jurisprudência:
Tutela de urgência e alimentos
Tutela de urgência e vulnerabilidade econômica
Concessão de alimentos


6. Reconvenção

A reconvenção apresentada na mesma peça processual tem como objetivo pleitear a partilha dos bens adquiridos durante a união estável. O regime de comunhão parcial de bens garante à ré o direito de metade de todos os bens adquiridos onerosamente ao longo da convivência, conforme estabelecido no CCB/2002, art. 1.725.

A reconvenção se faz necessária para incluir a questão patrimonial no mesmo processo, evitando litígios posteriores e assegurando que a ré receba sua justa cota de bens, uma vez que contribuiu para o esforço comum.

Legislação:
CCB/2002, art. 1.725 — Comunhão parcial de bens.
CF/88, art. 5º, XXXV — Acesso à justiça e garantia de direitos.
CPC/2015, art. 343 — Reconvenção.

Jurisprudência:
Reconversão e partilha de bens
União estável e partilha de bens
Partilha de bens na convivência


7. Considerações Finais

O processo de extinção de união estável não deve comprometer a dignidade da pessoa humana, e a solidariedade familiar deve ser respeitada na concessão de alimentos urgentes e na partilha de bens. A ré, ao apresentar a contestação e a reconvenção, busca a preservação de seus direitos patrimoniais e de sustento, garantidos pela legislação vigente.

A reconvenção evita novos litígios, permitindo que a resolução patrimonial seja realizada no mesmo processo, otimizando o andamento processual e garantindo a efetividade dos direitos.


 


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