Modelo de Defesa de Laudo Social com Pedido de Guarda Compartilhada de Menor com Residência Materna

Publicado em: 05/02/2025 Civel Familia
Petição apresentada por genitora em processo de regulamentação de guarda compartilhada na 2ª Vara de Família da Comarca de Imperatriz/MA. A peça jurídica expõe a defesa de laudo social que comprova as condições adequadas do ambiente materno e fundamenta o pedido de guarda compartilhada, com fixação da residência do menor no lar materno. Baseia-se no CCB/2002, art. 1.583 do Código Civil, na CF/88, art. 227 da Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, ressaltando o melhor interesse da criança e a convivência equilibrada entre os genitores. Inclui jurisprudências relevantes e requerimentos específicos, como a produção de provas e a garantia de direitos de convivência familiar.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE IMPERATRIZ/MA

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

PREÂMBULO

SARA B. C. F., brasileira, autônoma, portadora do RG nº [INSERIR], inscrita no CPF sob o nº [INSERIR], residente e domiciliada na Rua [INSERIR ENDEREÇO COMPLETO], por sua advogada, conforme instrumento de procuração anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua DEFESA DE LAUDO SOCIAL nos autos do processo de regulamentação de guarda compartilhada, nos termos do CCB/2002, art. 1.583 do Código Civil, com fundamento nos fatos e argumentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A presente demanda versa sobre a regulamentação da guarda do menor [NOME DO MENOR], portador de diabetes tipo 1, que atualmente encontra-se sob um acordo verbal entre os genitores. A autora, mãe do menor, busca a formalização da guarda compartilhada, uma vez que o pai tem dificultado sua convivência com o filho, mesmo ela participando ativamente de sua vida desde o nascimento.

A autora trabalha como autônoma, o que lhe permite flexibilidade para acompanhar de perto os cuidados necessários à saúde do menor, que exige atenção constante devido à sua condição médica. Atualmente, reside com familiares, em um ambiente adequado e equipado com um quarto exclusivo para o filho, contendo todos os seus pertences pessoais.

O genitor, por sua vez, alega que arca com todas as despesas do menor e que a mãe não possui condições de cuidar da criança. Contudo, tal alegação não condiz com a realidade, conforme demonstrado nos autos, onde restou comprovado que a autora sempre esteve presente na vida do filho, zelando por sua saúde, educação e bem-estar.

DO DIREITO

A regulamentação da guarda compartilhada encontra amparo no CCB/2002, art. 1.583 do Código Civil, que estabelece que esse regime deve ser priorizado sempre que possível, visando ao melhor interesse da criança. No caso em tela, a convivência equilibrada com ambos os genitores é essencial para o desenvolvimento saudável do menor.

A CF/88, art. 227, caput, dispõe que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar. Assim, a guarda compartilhada é o modelo que melhor atende a esse princípio, promovendo a participação ativa de ambos os pais na criação e educação do filho.

Ademais, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu ECA, art. 19, reforça que toda criança tem o dire"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Preâmbulo

Trata-se de processo de regulamentação de guarda compartilhada do menor [NOME DO MENOR], portador de diabetes tipo 1, em que a genitora, SARA B. C. F., busca a formalização da guarda compartilhada, considerando o melhor interesse da criança e a convivência equilibrada com ambos os genitores, conforme disposto na legislação pátria.

Dos Fatos

A genitora, autora da presente ação, trabalha como autônoma, possuindo flexibilidade para acompanhar o cuidado necessário ao menor, que apresenta uma condição médica delicada. Por outro lado, o genitor alega que a mãe não possui condições de cuidar da criança, mas tal alegação não encontra respaldo nos autos, já que se verifica a constante presença e dedicação da autora na vida do menor.

O contexto apresentado evidencia a necessidade de formalização da guarda compartilhada para garantir o equilíbrio na convivência do menor com ambos os pais, assegurando seu pleno desenvolvimento e o atendimento de suas necessidades especiais.

Do Direito

A CF/88, art. 227, estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar, ao desenvolvimento físico, emocional e social. Nesse sentido, a guarda compartilhada é o regime que melhor atende aos princípios constitucionais, promovendo a corresponsabilidade dos genitores na criação do filho.

O CCB/2002, art. 1.583 do Código Civil determina que a guarda compartilhada deve ser priorizada, sempre que possível, considerando o melhor interesse da criança, salvo situações excepcionais, inexistentes no caso em análise. O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu ECA, art. 19, reforça o direito da criança de ser criada no seio de sua família natural, sendo vedada a exclusão de um dos genitores por questões meramente econômicas, conforme dispõe o ECA, art. 23.

Assim, não há qualquer impedimento legal ou fático para a aplicação do regime de guarda compartilhada no presente caso, sendo este o modelo mais adequado às necessidades do menor.

Jurisprudências

A jurisprudência nacional tem reiterado a importância da guarda compartilhada como modelo ideal para atender ao princípio do melhor interesse da criança. Destacam-se:

  • STJ (3ª T.) - RECURSO ESPECIAL 2.140.879 - SC: \"O regime de guarda compartilhada é apontado pela mais recente doutrina como um modelo ideal de convivência do menor com os seus genitores e de fato, seus ideais se mostram direcionados para um maior desenvolvimento da criança.\" (Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, J. em 18/06/2024)
  • TJSP (5ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: \"No concreto, há apenas que se formalizar a situação fática, deferindo-se, provisoriamente, a guarda compartilhada do menor, com residência no lar materno.\" (Rel. Des. Moreira Viegas, J. em 02/03/2023)
  • STJ - HC Acórdão/STJ: \"A lei de regência, em seu ECA, art. 23, atenta à preservação da família natural, é expressa em preceituar que a falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.\"

Voto do Magistrado

Com base nos fatos apresentados, nos fundamentos constitucionais e legais, e à luz da jurisprudência consolidada, voto pelo acolhimento do pedido da autora. Restou comprovado nos autos que a guarda compartilhada é a medida que melhor atende ao princípio do melhor interesse do menor, garantindo a convivência equilibrada com ambos os genitores e o pleno desenvolvimento da criança.

Assim, JULGO PROCEDENTE o pedido para:

  1. Formalizar a guarda compartilhada do menor [NOME DO MENOR], fixando sua residência no lar materno;
  2. Garantir a convivência equilibrada entre o menor e ambos os genitores;
  3. Determinar que as partes cumpram as obrigações decorrentes da guarda compartilhada, em benefício do menor.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Conclusão

Com base na CF/88, art. 93, IX, e nos fundamentos apresentados, conheço do pedido e voto pela procedência da demanda, nos termos acima expostos.

Imperatriz/MA, [DATA].

___________________________
[NOME DO MAGISTRADO/A]
Juiz de Direito


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