Modelo de Habeas Corpus com Pedido de Liminar para Revogação de Prisão Preventiva Relacionada a Estelionato Eletrônico
Publicado em: 25/03/2025 Direito Penal Processo PenalHABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator da ___ Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de ___
Impetrante: Nome do Advogado (OAB/UF nº ___) Paciente: A. N. V. Autoridade Coatora: Juízo da ___ Vara Criminal da Comarca de ___
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Desembargador,
O advogado que esta subscreve, devidamente qualificado, vem, com fundamento a CF/88, art. 5º, incisos LXVIII e LIV e no CPP, art. 647 e CPP, art. 648, impetrar o presente HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR em favor de A. N. V., atualmente preso preventivamente por decisão do Juízo da ___ Vara Criminal da Comarca de ___, apontando como autoridade coatora o referido magistrado, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
O Paciente foi preso preventivamente sob a acusação de suposta prática do crime de estelionato eletrônico, conforme consta no processo nº 5215619-30.2025.8.09.0152. A defesa apresentou pedido de liberdade provisória, argumentando que o Paciente é primário, possui residência fixa e emprego regular, além de não haver provas robustas de sua participação direta no delito.
Contudo, o Juízo de primeiro grau indeferiu o pedido, justificando a manutenção da prisão preventiva com base no CPP, art. 312 e CPP, art. 313, considerando a gravidade concreta do crime, o risco à ordem pública e a possibilidade de reiteração delitiva. A decisão destacou o modus operandi do Paciente, que utilizava redes sociais e contatos telefônicos para a prática do delito, e concluiu que a conduta indicava prática habitual e organizada.
Entretanto, a prisão preventiva, medida excepcional, não se justifica no caso concreto, conforme será demonstrado a seguir.
DO DIREITO
A prisão preventiva é medida de natureza excepcional, devendo ser utilizada apenas quando estritamente necessária, conforme preceituam o CPP, art. 312 e CPP, art. 313. Para sua decretação, é imprescindível a demonstração de elementos concretos que evidenciem a necessidade da medida, como o perigo à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.
No caso em tela, o Paciente é primário, possui bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita, características que afastam o risco de fuga ou de obstrução à instrução criminal. Ademais, não há elementos concretos que indiquem que sua liberdade colocaria em risco a ordem pública ou a aplicação da lei penal.
O princípio da homogeneidade, amplamente reconhecido pela jurisprudência, estabelece que a prisão cautelar não pode ser mais gravosa do que a pena que eventualmente venha a ser aplicada ao final do proces"'>...