Modelo de Recurso Extraordinário em Contratação de Empréstimo com Analfabeto – Nulidade do Contrato por Falta de Assistência Adequada

Publicado em: 09/10/2024 CivelConstitucionalConsumidor
Modelo de Recurso Extraordinário em caso de contratação de empréstimo por pessoa analfabeta, abordando a nulidade do contrato por ausência de formalidades legais, como assinatura a rogo e presença de testemunhas. Inclui fundamentação constitucional, princípios do direito do consumidor e argumentação sobre a boa-fé objetiva.

Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal

Processo n.º: (incluir número do processo)
Recorrente: (nome do recorrente)
Recorrido: (nome do recorrido)

Assunto: Recurso Extraordinário em Contratação de Empréstimo com Analfabeto
Valor da Causa: R$ (valor da causa)

I – Dos Fatos

  1. O Recorrente, (nome do recorrente), firmou contrato de empréstimo com a instituição financeira (nome da instituição), sem ter pleno conhecimento das cláusulas contratuais, uma vez que é analfabeto. A contratação foi realizada sem a devida assistência, sem a leitura completa e clara dos termos contratuais e sem a presença de testemunhas qualificadas que pudessem garantir a plena compreensão do contrato por parte do Recorrente, conforme determina a legislação vigente.

  2. A instituição financeira, ao proceder com a contratação, não tomou as devidas precauções para assegurar que o Recorrente, sendo analfabeto, tivesse pleno entendimento de todas as cláusulas e obrigações estabelecidas, resultando em uma relação jurídica viciada, com desequilíbrio entre as partes e violação dos direitos do consumidor. A ausência de assistência apropriada e de instrumentos que garantissem a legitimidade da contratação configura nulidade do contrato, pois o consentimento do Recorrente foi viciado pela falta de entendimento.

II – Do Direito

  1. A CF/88, art. 5º, XXXII, estabelece que o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. No presente caso, o Recorrente, sendo analfabeto e vulnerável, deve ter seus direitos resguardados em face da instituição financeira, que possui maior poder econômico e técnico. Tal vulnerabilidade caracteriza uma relação de consumo que deve ser protegida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990, art. 4º, I e III), a fim de garantir a igualdade material entre as partes contratantes.

  2. Além disso, o CCB/2002, art. 166, IV, considera nulo o negócio jurídico quando não revestir a forma exigida por lei. Para a validade de contrato firmado por pessoa analfabeta, é necessário que a assinatura seja a rogo, na presença de duas testemunhas, ou mediante instrumento público, garantindo-se que o contratante compreenda perfeitamente o conteúdo do negócio jurídico. No presente caso, a ausência dessas formalidades impõe a nulidade do contrato, pois não foi garantida a plena compreensão dos termos pelo Recorrente.

  3. O CPC/2015, art. 927, IV, estabelece que os tribunais devem observar a jurisprudência em casos repetitivos, devendo-se garantir a uniformidade e integridade das decisões. No presente caso, é imperioso que o Supremo Tribunal Federal reconheça a nulidade do contrato firmado entre o Recorrente e a instituição financeira, em razão da ausência de assistência adequada ao contratante analfabeto, de forma a assegurar a proteção dos direitos fundamentais e dos direitos do consumidor.

III – Dos Princípios Aplicáveis

  1. Princípio da Dignidade da Pessoa H"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

O Recorrente, sendo analfabeto, firmou contrato de empréstimo com a instituição financeira sem que lhe fosse garantida a assistência adequada para a plena compreensão dos termos do contrato. A ausência de formalidades como a assinatura a rogo e a presença de testemunhas comprometeu a validade do contrato, tornando-o nulo, nos termos do CCB/2002, art. 166, IV. O Recorrente, em situação de vulnerabilidade, não teve garantido o seu direito à informação e à transparência, previstos no Código de Defesa do Consumidor e na Constituição Federal.

O presente Recurso Extraordinário visa garantir a proteção dos direitos do Recorrente, assegurando a igualdade nas relações contratuais e o respeito à dignidade da pessoa humana, princípios fundamentais da ordem constitucional. A instituição financeira, ao não observar as formalidades legais, agiu de forma contrária à boa-fé objetiva e ao princípio da informação, devendo ser responsabilizada pela nulidade do contrato e pela restituição dos valores pagos.

Conceitos e Definições

  • Analfabeto: Pessoa que não possui habilidades de leitura e escrita, cuja contratação de serviços deve observar formalidades legais específicas para garantir a sua compreensão do contrato.

  • Assinatura a Rogo: Assinatura realizada por outra pessoa em nome do contratante, na presença de testemunhas, quando este não pode assinar por si próprio, como no caso de analfabetos.

  • Boa-fé Objetiva: Princípio que exige das partes contratantes comportamento honesto e leal, observando o dever de transparência e cooperação durante toda a relação contratual.

Considerações Finais

O presente Recurso Extraordinário visa corrigir uma injustiça praticada contra o Recorrente, pessoa analfabeta, que foi induzida a assinar um contrato de empréstimo sem as garantias mínimas de compreensão dos termos contratuais. A nulidade do contrato é medida necessária para restabelecer o equilíbrio entre as partes e garantir a proteção dos direitos do consumidor, especialmente em casos de vulnerabilidade. A instituição financeira deve ser responsabilizada pela sua conduta e pelos prejuízos causados ao Recorrente, respeitando-se os princípios constitucionais e legais aplicáveis.



TÍTULO:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMO POR PESSOA ANALFABETA COM ALEGAÇÃO DE NULIDADE CONTRATUAL


1. Introdução

O presente Recurso Extraordinário visa anular a contratação de empréstimo bancário firmado por pessoa analfabeta, argumentando a ausência de formalidades legais imprescindíveis à validade do contrato, como a assinatura a rogo e a presença de testemunhas qualificadas. A alegação central está na nulidade do contrato por violação aos direitos da parte contratante, assegurados pela CF/88 e pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Tais irregularidades apontam para a quebra dos princípios da boa-fé objetiva e da vulnerabilidade do consumidor, ressaltando a necessidade de proteção daqueles em condição de maior fragilidade.


2. Recurso Extraordinário

O Recurso Extraordinário é cabível diante da violação de preceitos constitucionais, conforme previsto no art. 102, III, CF/88, quando a decisão recorrida diverge das garantias fundamentais da dignidade da pessoa humana e do acesso à justiça. No presente caso, a pessoa analfabeta, contratante do empréstimo, não teve seus direitos fundamentais respeitados, o que configura um vício de legalidade no processo contratual.

Legislação:
CF/88, art. 102, III — Competência do STF para julgar questões constitucionais.
CF/88, art. 5º, XXXV — Garantia do acesso à justiça.

Jurisprudência:
Recurso Extraordinário
Contrato Analfabeto
Acesso à Justiça


3. Contrato com Pessoa Analfabeta

A contratação por pessoa analfabeta exige a observância de formalidades especiais, como a assinatura a rogo e a presença de duas testemunhas, conforme estabelecido no CCB/2002, art. 595. Na ausência dessas formalidades, o contrato é considerado nulo, pois não há como assegurar que a parte contratante compreendeu os termos do acordo, o que viola o princípio da transparência e da proteção ao consumidor.

Legislação:
CCB/2002, art. 595 — Requisitos para contratos firmados por pessoa analfabeta.
CDC, art. 46 — O consumidor deve ser informado de maneira clara e adequada sobre o contrato.

Jurisprudência:
Nulidade de Contrato por Analfabetismo
Assinatura a Rogo
Vulnerabilidade do Consumidor


4. Empréstimo Bancário e Nulidade Contratual

O contrato de empréstimo bancário firmado sem as formalidades legais exigidas para a proteção de pessoas analfabetas é considerado nulo. A Súmula 60/STJ dispõe que a falta de testemunhas e assinatura a rogo em contratos firmados por analfabetos resulta em nulidade. O princípio da vulnerabilidade do consumidor, especialmente em contratos bancários, é protegido tanto pela Constituição Federal quanto pelo CDC.

Legislação:
CF/88, art. 170, V — Defesa do consumidor como princípio da ordem econômica.
CDC, art. 6º, I — Direito à proteção da vida, saúde e segurança do consumidor.

Jurisprudência:
Empréstimo Nulidade Analfabeto
Contrato Bancário e Vulnerabilidade
Contratação com Vícios Formais


5. Direito do Consumidor e Boa-fé Objetiva

A contratação de serviços por pessoa analfabeta exige maior atenção das instituições financeiras, pois a boa-fé objetiva deve ser aplicada para assegurar que o consumidor tenha pleno conhecimento do que está contratando. A violação dessa boa-fé ocorre quando a instituição financeira não cumpre as formalidades legais, aproveitando-se da vulnerabilidade do contratante.

O CDC, art. 4º estabelece que a política nacional de relações de consumo deve observar a boa-fé e o equilíbrio nas relações contratuais, especialmente quando há desvantagem de uma das partes. No caso em questão, a parte analfabeta não recebeu a devida assistência para compreender os termos do contrato, configurando contratação viciada.

Legislação:
CDC, art. 4º, III — Princípio da boa-fé nas relações de consumo.
CCB/2002, art. 422 — Boa-fé e probidade nas relações contratuais.

Jurisprudência:
Boa-fé Objetiva nas Relações de Consumo
Vulnerabilidade do Consumidor Analfabeto
Contrato Viciado Analfabeto


6. Assistência Adequada e Direitos Fundamentais

A pessoa analfabeta, em qualquer contrato, deve receber assistência adequada para que possa entender plenamente as obrigações assumidas. A ausência dessa assistência, prevista no CCB/2002, art. 595, viola direitos fundamentais garantidos pela CF/88, como o direito à igualdade e o princípio da dignidade da pessoa humana. O STJ tem reiterado que, sem a devida assistência, os contratos firmados por analfabetos são nulos de pleno direito, pois o princípio da vulnerabilidade é desrespeitado.

Legislação:
CF/88, art. 5º, caput — Igualdade de todos perante a lei.
CCB/2002, art. 595 — Formalidades para contratos com pessoas analfabetas.

Jurisprudência:
Assistência a Analfabetos em Contratos
Dignidade da Pessoa Humana Consumidor Analfabeto
Direitos Fundamentais de Analfabetos


7. Contratação Viciada e Vulnerabilidade do Consumidor

A vulnerabilidade do consumidor é um dos princípios basilares do Direito do Consumidor, especialmente quando há evidente assimetria de informação e entendimento entre as partes contratantes. No caso de um contrato firmado com pessoa analfabeta, a ausência das formalidades legais cria um vício insanável, o que justifica a nulidade contratual.

Além disso, o princípio da boa-fé objetiva impõe que as empresas prestadoras de serviço, como as instituições financeiras, garantam que o consumidor tenha compreendido os termos da contratação. Não se pode admitir que uma parte vulnerável seja prejudicada por uma contratação sem as devidas formalidades.

Legislação:
CDC, art. 6º, I — Princípio da vulnerabilidade do consumidor.
CCB/2002, art. 422 — Boa-fé e probidade nas relações contratuais.

Jurisprudência:
Contratação Viciada
Vulnerabilidade do Consumidor
Boa-fé na Relação de Consumo


8. Considerações Finais

Diante do exposto, resta claro que a contratação realizada pelo recorrente, pessoa analfabeta, não seguiu as formalidades legais exigidas pelo Código Civil e pelo Código de Defesa do Consumidor, resultando na sua nulidade. A falta de assinatura a rogo, ausência de testemunhas qualificadas e a ausência de assistência adequada configuram uma clara violação dos princípios da boa-fé objetiva e da vulnerabilidade do consumidor.

Dessa forma, requer-se que o presente Recurso Extraordinário seja acolhido, reconhecendo-se a nulidade do contrato firmado e restabelecendo os direitos do recorrente, em conformidade com a legislação vigente.


 


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