Modelo de Ação de Adjudicação Compulsória para Transferência de Imóvel por Instrumento Particular de Compra e Venda Quitado

Publicado em: 01/04/2025 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário
Trata-se de uma petição inicial de Ação de Adjudicação Compulsória, proposta por M. F. de S. L. contra S. J. N. H., visando à transferência da propriedade de um imóvel localizado em São Paulo das Missões/RS. A autora fundamenta o pedido no CCB/2002, art. 1.418 do Código Civil e CPC/2015, art. 319 do Código de Processo Civil, alegando que adquiriu o imóvel por meio de contrato particular de compra e venda, com pagamento integral, mas o réu não outorgou a escritura pública. Requer a expedição de mandado de transcrição no registro de imóveis, a citação do réu por edital, devido ao paradeiro desconhecido, e a condenação ao pagamento de honorários e custas processuais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO DAS MISSÕES/RS

Distribuição por dependência

AUTORA: M. F. de S. L., brasileira, estado civil, profissão, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e RG nº XX.XXX.XXX-X, residente e domiciliada na Rua __________, nº ____, Bairro ________, CEP ________, Cidade ________, Estado ________, endereço eletrônico ________;

RÉU: S. J. N. H., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado em local incerto e não sabido.

PREÂMBULO

A autora, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº ____, Bairro ________, CEP ________, Cidade ________, Estado ________, endereço eletrônico ________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CCB/2002, art. 1.418, no CPC/2015, art. 319 e demais dispositivos aplicáveis, propor a presente:

AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA

Em face de S. J. N. H., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

No ano de 2012, a autora adquiriu do réu, Sr. S. J. N. H., um terreno com área superficial de 450 m² (quatrocentos e cinquenta metros quadrados), contendo uma casa de moradia de construção mista com área de 150 m² (cento e cinquenta metros quadrados), localizado na esquina formada pelas ruas José Bonifácio e Presidente Castelo Branco, conforme descrito na Matrícula 0.634 e R.4/0634 e Av.5/634, do Ofício de Registro Público de São Paulo das Missões/RS.

O contrato de compra e venda foi celebrado por instrumento particular, com o valor total de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), devidamente quitado pela autora no ato da celebração, conforme previsto na cláusula terceira do contrato.

Apesar de o pagamento ter sido integralmente realizado, o réu não cumpriu sua obrigação de outorgar a escritura pública do imóvel, conforme pactuado. Desde a celebração do contrato, a autora ocupa o imóvel de forma mansa, pacífica e ininterrupta, como se sua fosse, por mais de 10 (dez) anos.

A autora tentou localizar o réu para formalizar a transferência do imóvel, mas não obteve sucesso, sendo necessário recorrer ao Poder Judiciário para obter a adjudicação compulsória do bem.

DO DIREITO

A presente ação encontra fundamento no CCB/2002, art. 1.418, que assegura ao promitente comprador, titular de direito real, o direito de exigir do promitente vendedor a outorga da escritura definitiva de compra e venda, ou, em caso de recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.

O contrato de compra e venda celebrado entre as partes constitui título hábil para a adjudicação compulsória, uma vez que:

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Informações complementares

Segue abaixo uma simulação de voto do magistrado, elaborada em formato HTML, com base no documento jurídico fornecido. O voto está estruturado com análise hermenêutica, interpretação dos fatos e fundamentos constitucionais e legais:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de adjudicação compulsória ajuizada por M. F. de S. L. em face de S. J. N. H., com fundamento no Código Civil de 2002, CCB/2002, art. 1.418, e no Código de Processo Civil de 2015, CPC/2015, art. 319, requerendo a outorga da escritura pública de um imóvel adquirido por meio de contrato de compra e venda, devidamente quitado, sob pena de expedição de mandado judicial para adjudicação do referido bem.

Alega a autora que, embora tenha cumprido integralmente com sua obrigação de pagamento, o réu não procedeu à transferência definitiva do imóvel, sendo necessário recorrer ao Poder Judiciário para assegurar seu direito.

O réu encontra-se em local incerto e não sabido, motivo pelo qual foi citado por edital, conforme os autos. Não houve manifestação do réu, configurando-se, portanto, sua revelia.

Fundamentação

Conforme dispõe a CF/88, art. 93, IX, \\\"todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade\\\". Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados.

1. Do Direito à Adjudicação Compulsória

O CCB/2002, art. 1.418 assegura ao promitente comprador o direito de exigir do promitente vendedor a outorga da escritura definitiva de compra e venda, ou, na sua recusa, requerer judicialmente a adjudicação do imóvel. Tal dispositivo protege o direito real do promitente comprador, garantindo-lhe a segurança jurídica na aquisição do bem.

No presente caso, restou demonstrado que a autora quitou integralmente o preço do imóvel, conforme estipulado no contrato de compra e venda. O imóvel está devidamente identificado na matrícula 0.634, e a posse é exercida de forma mansa, pacífica e contínua pela autora por mais de 10 anos.

2. Princípios Aplicáveis

Este juízo entende que o princípio do pacta sunt servanda, previsto no CCB/2002, art. 421 do Código Civil, reforça a obrigatoriedade do cumprimento das obrigações livremente pactuadas pelas partes. O réu, ao deixar de outorgar a escritura pública, descumpriu o contrato e violou o ordenamento jurídico.

Ademais, o princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422 do Código Civil, exige que as partes contratantes adotem condutas éticas e leais. A omissão do réu ao não formalizar a transferência do imóvel prejudica a autora, que já cumpriu sua obrigação contratual.

3. Jurisprudência

A jurisprudência é pacífica quanto à possibilidade de adjudicação compulsória quando preenchidos os requisitos legais. Nesse sentido:

\\\"A adjudicação compulsória é o meio eficaz de que a parte dispõe para obter a escritura definitiva de propriedade de imóvel adquirida mediante contrato de compra e venda, quando o promitente vendedor não cumpre sua obrigação.\\\" (TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ)

Assim, conclui-se que a pretensão da autora encontra respaldo tanto na legislação quanto na jurisprudência consolidada.

4. Da Revelia

O réu, citado por edital, não apresentou contestação no prazo legal. Dessa forma, aplicam-se os efeitos da revelia, nos termos do CPC/2015, art. 344 do Código de Processo Civil, presumindo-se verdadeiros os fatos narrados pela autora.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, da, CCB/2002, art. 1.418 do Código Civil e CPC/2015, art. 319 do Código de Processo Civil de 2015, julgo procedente o pedido inicial para:

  1. Determinar a adjudicação compulsória do imóvel descrito na matrícula 0.634, com a expedição de mandado judicial para a devida transcrição no Ofício de Registro de Imóveis de São Paulo das Missões/RS;
  2. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do CPC/2015, art. 85, §2º, do Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Após o trânsito em julgado, expeça-se o mandado judicial.

São Paulo das Missões/RS, ___ de __________ de 2023.

___________________________________________
Juiz de Direito


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